Ponto de Encontro – 6 Toninho

 

Olá, aqui estamos tranquilamente acomodados no nosso encontro semanal. Toninho, amigo sempre presente, traz um tema atualíssimo que envolve nossa qualidade de vida.

 

 

 

Então, vamos rumo ao ….

 

 

STRESS

 

De repente fomos envolvidos num turbilhão de inovações e informações com novas tecnologias, porém com todos os confortos proporcionados caiu em nosso colo uma terrível bomba que chamamos de “STRESS” alimentado por roncos de motores, emissão de poluentes e poluição sonora. Nos lares a febre das facilidades com automatização remota e o uso crescente da internet, que hoje fazem parte de nossas vidas. Ficamos dependentes delas e a perda delas nos leva próximos da loucura. Você já acorda condicionado a acionar um controle remoto, que nem sempre está onde deveria, e você começa reclamar ao invés de ligar manualmente. É o instante que aciona o controle do seu estresse, com dorzinhas características. Atrasado você grita pela casa, perde-se o dialogo. Uma criança acorda e chora e isto lhe aborrece, você já está próximo de um péssimo dia.

Os efeitos da Vida moderna podem levar ao abismo aos que não exercitam o relaxamento, o “ficar frio” como diriam os mais jovens. Para você o elevador sempre demora quando o aciona, porque algum idiota apertou todos os 20 andares e você está no segundo andar. Então uma voz misteriosa lhe convida, a ir pelas escadas uma vez que são apenas dois andares. Mas apressado desce as escadas saltando degraus, esbarra no balde esquecido pela faxineira. Isto lhe estressa e com chave na mão aciona as portas do carro, tudo perfeito, carro liberado, monóxidos de carbono para todos os pulmões. O carro é sua trincheira motorizada, enerva-se com pedestres desatentos, transito lento, semáforos lerdos, buzinas de todos os tons, você faz parte da corrida maluca para o nada, é o inferno do cotidiano nas grandes cidades cada um armado com seu tridente de fogo.

Liga o radio uma emissora orienta as melhores vias e você está na pior delas, nervoso aperta o controle do radio, muda para musica, mas um cantor chato lhe enerva e novo clique cai numa emissora sensacionalista que fala dos estragos das chuvas. Triste e impotente você busca assoviar a canção “Onde Deus Possa me ouvir”. Esta música lhe recompõe a paz, você cantarola e aperta outro botão, para diminuir o ar condicionado, que quebrado lhe arrasta para o mau humor, então olha pela janela e percebe que todos parecem zangados solitários e estressados. Seu celular toca e era engano.

Agora já no estacionamento da empresa a procura de uma vaga, olha o relógio que o vigia e condena. O estresse está no seu ponto alto, sequer pode parar na cantina para tradicional cafezinho do bate-papo. Encontra apenas uma vaga, aquela que ninguém quisera, distante e com lama, você reclama, aperta o controle para trancar, confirma, sai correndo debaixo da chuva. Assim como um homem bomba na correria desta vida moderna começa o trabalho de uma pessoa comum transformada em maquina,como será sua relação como os companheiros só Deus sabe.

E você já vivenciou semelhante situação ou foi vitima dela?

Como se sente neste jogo de engrenagem?

 

 Toninhobira.

Vamos às questões que o amigo nos instiga,  nesse compartilhar.

Norma

Comments

  • Yasmine Lemos
    Responder

    Deixa eu sentar um pouco…Odeio essa modernidade que nos maltrata,adoro a internet que nos “liga” em elos do bem.Viver nesta onda de agonia só acelera as doenças,ninguém se percebe.
    Vamos nos mudar todos juntos?
    ” Eu quero uma casa no campo,onde eu possa plantar meus amigos,meus livros e discos e nada mais..”

    Bom dia ,Toninho seu texto foi massa!
    beijo Norma!

  • chica
    Responder

    Que maravilha ler Toninho e seus stress por aqui…

    Tive que rir pois há dias emque tudo, tudinho mesmo ,parece conspirar contra…

    E é quando nosso grau de stress é testado.Ou explodimos, ou levamos a coisa numa “nice”,rs…

    Saber viver sem nos deixar dominar por tanta coisinha chata, não é fácil, mas, pela nossa saúde física e mental, temos que aprender…Senão, nem te digo!,rsss.

    Adorei a trama e ouvir tudo isso sentada nesse cantinho, desestressa….

    Abração ao Toninho e pra ti, parabéns por sempre agregar amigos queridos!! beijos,chica

  • Majoli
    Responder

    Bom dia Norma!

    O texto de Toninho, moderno e real.
    Já vivi alguns pedacinhos por ele citado, mas como moro numa cidadezinha do interior, meu stress é um pouco menor quando o assunto é trânsito.
    Porém confesso que muitas vezes passei um stress danado na correria da manhã e coitado dos filhos, que nem culpa tinham no cartório, ouviam o que nem precisava.
    Sim, é o stress do compromisso, do horário, de cumprir todos os “dez mandamentos” do começo do dia.
    E dessa forma já saia de casa para o trabalho com o nível de stress nas alturas.
    Parabéns ao Toninho pela abordagem.

    Tenha um ótimo dia Norma.
    Meu carinho.

  • Norma Emiliano
    Responder

    A vida tem nos levado, muitas vezes, a não distinguir o que podemos evitar ou controlar.
    O truque, talvez, seja aprender a distinguir a corrigir as percepções equivocadas e desenvolver um melhor senso de controle sobre as nossas atividades.
    As doenças coronárias têm aumentado e outros transtornos têm ocorrido em função deste nosso contexto.

  • Vera Lúcia Duarte.
    Responder

    Bom dia Norma,

    O texto do Toninho é fantástico. Me vi dentro dele em várias circunstâncias.
    Esta correria para o nada transforma-se, na verdade, numa redução do nosso prazo de validade. Já me estressei tanto em razão da minha vida profissional que o stress parece ter se incorporado aos meus dias. Ainda procuro por meu equilíbrio, que se desfaz diante de qualquer imprevisto. Mas eu chego lá (rsrs).

    Beijo aos dois.

  • Valéria
    Responder

    Oi Norma!
    Oi Toninho!
    Uma crônica perfeita e bem caracterizada de um dia de cão. Todos com seus semblantes descaracterizados e ansiosos a dissecar as suas angústias. É, é o nosso mundo moderno, uma via de mão dupla. Geralmente não me estresso com fatores externos, as minhas neuras internas é que abalam o meu equilíbrio. É preciso eu já estar assim para me descontrolar com esses contratempos que estão aí parece que só para nos testar.rsss
    Beijinhos!

  • Anne Lieri
    Responder

    Norma,muito pertinente a cronica do Toninho!Confesso que ando vivendo um momento de grande stress aqui em casa,com obras do metro…estou no meio de um canteiro de obras!Não é facil!…rss…bjs e meu carinho,

  • Élys
    Responder

    Uma crônica do Toninho bem moderna.
    Nos dias atuais precisamos estar sempre atentos ao que nos ocorre para evitar o Stress.
    Um beijo Norma.
    Toninho, um abraço.

  • Socorro Melo
    Responder

    Oi, Norma! Oi, Toninho!

    Sim, já vivi situação parecida, que me presenteou com uma senhora estafa. É horrível! É qualidade de vida zero.
    Serviu-me de lição, para mudar alguns hábitos, porém, é quase impossível eliminarmos todo o stress no tempo em que vivemos. A modernidade nos impõe isso. Só nos tornando eremitas, e fugindo da balbúrdia das cidades, e buscando a solidão, é que talvez conseguíssemos viver em paz…

    Ótima reflexão, Toninho. Valeu, Norma, pela oportunidade do encontro.

    Grande abraço
    Socorro Melo

  • Manuel Marques
    Responder

    Parabéns Toninho ,fantástico texto .
    Beijo.

  • Leninha Brandao
    Responder

    Oi Norma!
    Oi Toninho!!!

    Gostei demais da crônica do Toninho, descrevendo com propriedade um dia de um cidadão nas grandes e médias cidades de nosso país( aliás, do nosso Planeta).
    Já passei por isto, mas atualmente, feliz aposentada, não me estresso mais…a não ser com os estresses alheios, rsrsrsrs.
    Mas, tem que haver um mas em todas as histórias, me estresso com meu filho dirigindo, com minha irmã reclamando da vida, com minha cachorrinha que late e acorda os vizinhos…coisinhas pequenas, eu sei, mas que perturbam bastante! Ah…e com meu notebook, quando resolve travar, como ontem, não me permitindo visitar os amigos…

    Bjssssssss,
    Leninha

  • Irene Alves
    Responder

    Um prazer estar no seu blogue lendo seus posts.
    Stress…coisa terrível que milhões de pessoas conhecem!!!

    Beijos…coisa boa…que eu adoro.

    Perde-se a conta a quantos beijos se deu ao longo
    da vida.

    Beijinhos

  • Patrícia Pinna
    Responder

    Boa tarde, Norma. Muito bom conhecer o seu blog e ler esse texto maravilhoso do amigo Toninho, que muito bem relatou as situações de estresse.
    Uma coisa pequena gera outra, que toma para si um peso absurdo, que nem precisaria, mas fazemos isso acontecer.
    Vivemos numa falta de tranquilidade imensa, mas sei que não adianta culpar a vida moderna.
    Acredito que devemos procurar o equilíbrio dentro de nós, o que definitivamente não é fácil, mas muito necessário!
    Parabéns, amigo!
    Parabéns, Norma pela escolha do Toninho!
    Beijos na alma dos dois!

  • Norma Emiliano
    Responder

    Engrenagem que aprisiona, fazendo com que os pequenos detalhes da beleza que a natureza nos oferece fiquem ofuscados.
    Um correr sempre atrás do tempo, às vezes, sem saber porque e para que.
    Será que estamos nos condicionando como robos?

  • Toninho
    Responder

    Boa noite Norma, vejo que os amigos captaram bem minha mensagem alerta para estes atropelos do cotidiano a que estamos sujeitos. Ter um pessimo dia é fruto de nossa desatenção às pequenas coisas, que não valorizamos em nossa correria. Ainda há tempo para desligar esta maquina e buscar uma vida mais leve. A ordem é estar atento para os primeiros sintomas que soam como avisos da catastrofe.Grato a todos os amigos pelas interessantes interações e o carinho aplicado.
    Meu terno abraço Norma.
    Grato pelo espaço e atenção;
    Beijo amiga.

  • Calu
    Responder

    Totalmente atual esse já conhecido mal do século.O Toninho apontou todos os níveis deste dragão moderno.De um lado, nos vemos seduzidos por confortos tecnológicos, por outro estamos cada vez mais dependentes deles, mas pior que tudo isto, é o ritmo de vida a que nos vemos submetidos na lida das grandes cidades.
    O jeito é aproveitar o passeio, e usar de todos os recursos que desestressem os incômodos do dia-a-dia nas grandes cidades…aí vou cantar junto com Yasmine:”eu quero uma casa no campo[…]”
    Esta foi mais uma gostosa conversa por aqui, Norma.
    Abraços aos dois.
    Calu

  • Beth Q.
    Responder

    Boa noite amigo Toninho, Norma e demais colegas!
    Eu também me incluo em dias assim, daqueles que chamamos ‘dias negros’, cheios de percalços que a própria tecnologia tanto ajuda, quanto atrapalha.
    Já me imagino num banco, tentando fazer alguma operação e o sistema sai do ar, depois o tráfego complicado e pesado, a procura de um estacionamento, as horas passando, de repente uma chuvarada e a preocupação de enchentes, coisa comum em quem mora nas grandes capitais desse nosso imenso país.
    Sim, vivemos muitas situações de estresse, às vezes várias numa só semana.
    Então eu me lembro da filosofia budista que é a mais acalentadora e faço com os olhos fechados e os dois dedinhos juntos ‘OM’ repetindo, como um sininho reverberante, tento sair de mim, recomponho-me e sigo em frente, porque sei que isto vai acontecer outras vezes e eu não vou deixar que me abale. Temos que ter este controle, senão, como diria minha santa mãezinha, “a vaca vai pro brejo”, rsss
    Adorei o texto do Toninho que nos permitiu muitos comentários e saber que tantos de nós está envolvido neste mesmo esquema.
    um super abraço, carioca

  • Celêdian
    Responder

    Olá Norma, que fantástico texto nos apresentou o nosso amigo Toninho, com um tema tão atual de uma situação que afeta a todos, sem poupar a ninguém, uns menos, outros mais, mas certamente é o preço que pagamos pelo progresso e suas vertentes.
    É contraditório pensar em tempos modernos onde a ambição do homem pelo conforto material, que lhe trouxe toda a gama de utilidades, de recursos, de aparatos tecnológicos, também lhe trouxe de malefícios, uma vez que, a cada momento a sua própria ambição lhe determina novas necessidades. O que seria para facilitar-lhe, para diminuir-lhe a carga de trabalho, trouxe em seu bojo a necessidade de produzir sempre mais. O resultado não poderia ser outro senão uma carga enorme de estresse, imposta ao homem moderno em sua busca desenfreada pelo “ter” em detrimento do “ser”. Esta inversão de valores implica indubitavelmente na má qualidade de vida e o homem se torna refém de suas próprias escolhas. Não há muito o que fazer para melhorar o meio em que vivemos, movido pelo desacerbado progresso que nos rodeia, senão cultivarmos a paz interior, a calma, paciência e a serena confiança de que podemos lidar com o exterior, sem que ele nos afete tão brutalmente.
    Parabéns Toninho pela excelente abordagem, um grande abraço para você e para Norma. Obrigada pelo lembrete e convite para vir aqui desfrutar de uma boa prosa.
    Celêdian

  • Roselia Bezerra
    Responder

    Olá,, amigo Toninho
    Esse post veio bem a calhar porque cheguei hoje do Norte do Brasil e da fronteira boliviana…
    Vida de muita paz vivi neste último mês, sem net (abandonei-a para despoluir) e sem cel (não funcionava sempre)… andar de chinelo ou descalça… pelas matas, inúmeros encantamentos que vou postando no blog em breve…
    Livre de qualquer estress me encontro até o momento…
    Nas capitais onde passei PV, Brasília e RJ ontem nos aeroportos… vi aquela fumaça preta entorpecente saindo de um automóvel e vi a nítida diferença de tudo… caí na real de novo… mas não vou me estressar até porque estou partindo pro ES na quarta e tenho que me preparar o coração para novas emoções que sempre vêm…
    Lindo post de reflexão!!! Com sempre são os seus…
    Bjs fraternos de paz interior

  • Roselia Bezerra
    Responder

    Um super bj, Norma querida pela brilhante interação… Saudade

  • Marilene
    Responder

    Meu amigo, como somos impacientes! Muitas vezes um pequeno desvio seria suficiente para jogar fora o estresse, possibilitando-nos relaxar. Mas insistimos, mesmo carregando a irritação que dele vem e que faz mal, não só a nós, mas a todos com quem convivemos. Bjs.

  • Denise
    Responder

    Nosso dia a dia remete à essa reflexão que expressa as escolhas que fazemos, incluindo a forma como vivemos a rotina e de que maneira lidamos com o inesperado, como tendemos a controlar tudo e acabamos atropelando a nós mesmos…
    Fico encantada com a sensibilidade do Toninho, da escolha do tema à abordagem tão ampla e profunda…um convite à reflexão, certamente, e aqui ampliando o seu compartilhar pela generosa abertura oferecida pela nossa amiga Norma.
    Um grande abraço para ambos!

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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