Construção

Recebi de uma amiga e compartilho.

Um convite à reflexão.

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Imagem google

O Céu e o inferno íntimos



” Conta-se que um dia um samurai, grande e forte, conhecido pela sua índole violenta, foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas.

 

– Monge, disse o samurai com desejo sincero de aprender, ensina-me sobre o céu e o inferno.

O monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e, simulando desprezo, lhe disse:

– Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiro é insuportável.

– Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a sua classe.

O samurai ficou enfurecido. O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguiu dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva.

Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.

– “Aí começa o inferno”, disse-lhe o sábio mansamente.

O samurai ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara. Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno.

O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento.

O velho sábio continuou em silencio.

Passado algum tempo o samurai, já com a intimidade pacificada, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz.

Percebendo que seu pedido era sincero, o monge lhe falou:

– “Aí começa o céu”.

Para nós, resta a importante lição sobre o céu e o inferno que podemos construir na própria intimidade.

Tanto o céu quanto o inferno, são estados de alma que nós próprios elegemos no nosso dia-a-dia.

A cada instante somos convidados a tomar decisões que definirão o início do céu ou o começo do inferno.

É como se todos fôssemos portadores de uma caixa invisível, onde houvesse ferramentas e materiais de primeiros socorros.

Diante de uma situação inesperada, podemos abri-la e lançar mão de qualquer objeto do seu interior.

Assim, quando alguém nos ofende, podemos erguer o martelo da ira ou usar o bálsamo da tolerância.

Visitados pela calúnia, podemos usar o machado do revide ou a gaze da autoconfiança.

Quando injúria bater em nossa porta, podemos usar o aguilhão da vingança ou o óleo do perdão.

Diante da enfermidade inesperada, podemos lançar mão do ácido dissolvente da revolta ou empunhar o escudo da confiança.

Ante a partida de um ente caro, nos braços da morte inevitável, podemos optar pelo punhal do desespero ou pela chave da resignação.

Enfim, surpreendidos pelas mais diversas e infelizes situações, poderemos sempre optar por abrir abismos de incompreensão ou

estender a ponte do diálogo que nos possibilite uma solução feliz.

A decisão depende sempre de nós mesmos.

Somente da nossa vontade dependerá o nosso estado íntimo.

Portanto, criar céus ou infernos portas à dentro da nossa alma, é algo que ninguém poderá fazer por nós.

Pense nisso!

Sua vontade é soberana.

Sua intimidade é um santuário do qual só você possui a chave.

Preservá-la das investidas das sombras e abri-la para que o sol possa iluminá-la só depende de você.

Pense nisso!

Desconheço a autoria

Comments

  • Yasmine Lemos
    Responder

    Equilíbrio pleno. ô coisa difícil rs
    meu beijo
    bom dia

  • Valéria
    Responder

    Oi Norma!
    Que bela reflexão! Nosso íntimo se debate em conflito e só nós poderemos o elevar aos céus ou levá-lo ao inferno e só precisamos de segundos para isso. Quanto controle e bom senso para optar pela melhor opção!
    Beijinhos!

  • Adao Braga
    Responder

    Aprendi mais um conceito sobre céu e inferno. Interessante!

  • Maria Luiza
    Responder

    Olá Norma.
    Faz tempo que lhe visitei e passei agora para deixar um abraço. O que encontrei é o que precisava ouvir no momento. Já conhecia o texto, mas não lembrava. obrigado pelo post.
    Beijos
    Maria Luiza (Lulú)

  • Norma Emiliano
    Responder

    Oi Maria Luiza.
    Vc é muito bem vinda e as sincronicidade nos aproximam.
    bjs,

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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