Refletindo o amor

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Amor. Sentimento universal, mas subjetivo

Amar é o processo de eu levá-lo de volta a você mesmo”. com Antoine de Saint Exupéry

Vamos iniciar este tema partindo da afirmação de Lya Luft A infância é o chão sobre o qual encaminharemos o resto de nossos dias”.  Para tal, vou ter como base teórica a abordagem sistêmica, que entende o indivíduo a partir das suas interações, principalmente primárias. O recém nascido é dependente. Seu referencial será aqueles que lhe cuidarem. Assim sendo, é através da interação com os diversos membros familiares que o indivíduo forma sua autoestima, aprende a se relacionar e a amar, ter  a  visão de si e do mundo.

“O amor é uma expressão ativa do que se sente”. Dimas Calligaris. Tudo que se sente é subjetivo. É na infância que ficam registrados os elementos positivos, ou seja, aqueles que são aceitos pelos sentimentos e crenças familiares são recompensados e serão agregados ao comportamento da criança. Esses elementos constituem o modelo que se recebe de amor. Portanto, cada homem aprendeu e continua amando de uma forma particular, neste sentido  reconhecer o amor do outro e se sentir amado não é muito fácil.

Sob a luz do apaixonamento, mostra-se o melhor de si, uma ilusão, mas em seguida há o desencanto; surgem frustrações do desejo de ser amado.

Neste sentido, o amor não acontece. É uma interação que envolve a responsabilidade; implica num compromisso com seu próprio crescimento e com o do outro, oportunidade  de se autoconhecer, desenvolver sua individualidade e compartilhá-la. No amor o equilíbrio entre o dar e o receber é vital.

Na contemporaneidade, a relação mais íntima com o outro traz um impasse, uma vez que o outro como espelho não mostra mais o ideal, o que se gostaria de ser, e  a lógica do  individuo narcísico (individualista) vai contra esta corrente. Assim, observamos relações fluidas  (Zygmunt Bauman)  e  muitas separações dos casais com pouco tempo de união.

Como fica então o eterno desejo de ser amado ?

Grata por sua visita

Norma Emiliano

Comments

  • chica
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    O amor não pode ser complicado…Simplificar tudo, ser amigos, amantes, cúmplices, parceiros de vida faz com que o amor dure e seja eterno! Se começarmos a idealizar muito, complica…beijos, lindo fds! chica

  • Ailime
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    Boa tarde Norma,
    A infância é uma etapa muito importante na vida de todos os seres humanos e se não houver amor isso vai dificultar o futuro e suas relações amorosas.
    Um tema lindo, mas bastante complexo e cada vez mais as pessoas se separaram por tudo e por nada.
    No amor tem que haver bases bastante sólidas ou então uma vontade férrea de acertar.
    Beijinhos e bom fim de semana.
    Feliz Dia dos Enamorados.
    Ailime

  • Fê blue bird
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    “No amor o equilíbrio entre o dar e o receber é vital.”

    O amor é equilíbrio e ponderação. Aceitar e respeitar o outro, para sermos amados e respeitados igualmente, e tem que haver muita compreensão.
    Atualmente a vida é uma correria , os casais mais novos, sentem grande pressão, em casa, no trabalho e isso faz com que as relações se deteriorem.
    Não está a ser fácil hoje em dia ter relacionamentos duradouros.

    Um beijinho

  • Ane
    Responder

    Hoje em dia tem tanta criança mal educada…digo porque vejo as que moram aqui no prédio. Acho que os tempos mudaram e as pessoas também, os pais e os namorados parecem sem paciência e sem dedicação com o outro…acho que vc explicou muito bem no post.

  • Rosélia Bezerra
    Responder

    Boa noite de sábado, querida amiga Norma!
    “No amor o equilíbrio entre o dar e o receber é vital.”
    A reciprocidade alimenta dia pós dia o Amor.
    Há mais alegria em dar do que em receber.
    Se doamos nosso tudo, vamos receber muito automaticamente. O problema é não se doar inteiramente e querer só na mordomia do venha a nós.
    Excelente o post!
    Tenha um domingo abençoado!
    Beijinhos fraternos de paz e bem

  • toninhobira
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    Um bom fim de feliz dia dos enamorados Norma.
    Bonito e profundo texto em reflexão, a base como infância, as relações pela vida e os desencantos e desencontros que se sucedem e faz este estado de coisa frustrante que se vê.
    Que o amor volte e seja a base das relações.
    Um bom domingo de feliz semana mais leve.
    Beijo e paz amiga.

  • Calu
    Responder

    Sentimento tão decantado e tão confundido na maioria das vezes. Em nossa sociedade do espetáculo vê-se uma superficialidade tremenda sendo denominada como Amor. A maioria usa o termo como estampa de camiseta e julga portar o que a palavra designa.
    Não sou entendida, mas no diploma que a vida me concedeu encabeça o título:” è uma interação que envolve responsabilidade[…] no amor o equilíbrio entre o dar e o receber é vital”.
    Que o real Amor seja encontrado e vivido!

    Muito bem explanado, Norma.
    Bjinhos,
    Carmen

  • rudynalva
    Responder

    Norma!
    A meu ver o amor tem de ser incondicional, caso contrário, não é amor verdadeiro.
    Tem de haver cumplicidade, respeito e carinho.
    cheirinhos
    Rudy

  • Fá menor
    Responder

    Gostei muito de ler este seu texto.

    Concordo tanto com essa afirmação de Lya Luft “A infância é o chão sobre o qual encaminharemos o resto de nossos dias”!

    E, como bem diz, “No amor o equilíbrio entre o dar e o receber é vital”, quando não há esse equilíbrio, por muito que se ame, acabará por haver saturação.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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