Tempo das costuras
Embarco numa viagem do tempo, onde o som das pedalas da máquina de costura me levam ao chão do quarto dos fundos da minha casa amarela da infância. Local em que minha avó Maria passava algumas tardes usando sua máquina de costuras a reunir tecidos, rendas, linhas, botões para criar belas caipiras ou fantasias para os dias de festas juninas e carnavalescas.
Vejo-me sentada no chão, com alguns tecidos, fitas e tesoura infantil, próxima a cadeira que minha avó usava em frente a sua máquina. As roupinhas eram feitas com buracos para braços, pescoço e fitinhas para amarrar na cintura das bonecas. Ali eu ficava enquanto ela costurava; percurso que me leva a saborear um abraço na alma.
O gosto por esta arte não se manifestou, o que permanece é o meu prazer de tecer palavra, afetos e enlaçar pessoas que me aconchegam.
E você tem algum objeto que traz acalento?
Grata por sua visita e comentários sempre bem-vindos.
Comments
Roselia Bezerra
Bom.dia de Paz, querida amiga Norma!
Tenho sim um objeto que tem mais de 70 anos que é uma máquina de moer carne. Era usado para moer sobras de carne assada que ficava uma delícia. Também para moer amendoim pata fazer cajuzinhos.
Antigamente não tinha as modernas e nem tinha pronto moído para comprar e fazer sem tanto trabalho.
Objetos assim são memórias afetivas.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos
chica
Creio todos nós temos esses barulhinhos das pedaladas nas lembranças boas e saudosas. Ainda que sem exercer esse dom, tu teces, costuras e bordas poesias…
beijos, linda zemana,chica
toninhobira
Bom dia Norma. Lindo este costurar das lembranças e coser uma saudade de um tempo de feliz inocencia. Costurar a saudade de pessoas que fizeram uma linda passagem em nossas vidas com bordados em alto relevo.
Sim temos sons, cheiros e objetos, que nos embalam belas saudades Norma.
As maquinas eu usava como um caminhão pedalando e sendo repreendido, rsrs
Linda semana amiga.
Bjs
Edite
Olá. Belo texto que remete a infância trazendo recordações. Podes não costurar tecidosas tece muito bem as palavras. Abcs
Olinda Melo
Olá, Norma
Hoje consegui entrar no seu blog e aproveitei logo para ler este belo post dedicado às lembranças da infância, mais precisamente às costuras da avó.
Tenho também belas lembranças da minha e das coisas que ela fazia, do seu arroz doce, a marmelada que procuro replicar sempre que tenho oportunidade.
De costura lembro-me da minha irmã mais velha que tinha e tem umas mãos de fada.
Tudo de bom, amiga.
Beijinhos
Olinda
Jaime Portela
A minha avó tinha um tear, no qual fazia passadeiras lindíssimas com trapos que não davam para nada. Também havia em casa uma máquina de costura Singer (ainda me lembro da marca), mas o meu fascínio era ver os tapetes a nascer no tear.
Boa semana querida amiga Norma.
beijo.
PS: hoje consegui entrar…
Antonio Pereira Apon
No filme da memória, um sem número de objétos e momentos, rememoram sentimentos.
Um abraço, dias bons.
Cassia Zanini Giansante
Também tenho Singer aqui. Hoje usada como um pequeno armário. Ela me lembra o tempo em que minha avó costurava para mim, coloridas e floridas calcinhas altas (para fazer/marcar a cintura). Hoje, ainda tenho cintura levemente marcada…sorte a minha, que não sou mais magrinha. Minha mãe costurava vestidos de noiva para vender e alugar. E o meu vestido também foi feito por ela. Veja, Norma querida, o que suas lembranças teceram em mim…
Maria Luiza Saes de Rezende
Que delicia foi ler suas tão lindas lembranças porque minha mãe me criou e me formou professora, realizando o sonho do meu pai que faleceu quando eu ainda era praticamente bebê e fomos morar na casa de minha avó. Eu tenho exatamente os pés de ferro com uma tampa de vidro , que fica na minha varanda e uma antiga Vigoreli, linda demais que fica no quarto de hóspedes, servindo de escrivaninha! Que alegria! Me fez um grande bem! Enorme abraço!
Verena.
Me lembro com saudades da máquina de costura de mamãe.
Era exímia costureira.
Tinha uma loja de chapéus.
Pena, pois sou uma negação em trabalhos manuais…rs
Gostei de ler o seu texto, querida Norma.
Um beijinho carinhoso
Verena.
Majo Dutra
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Mamãe costurava lindos e vaporosos vestidinhos quando éramos crianças.
Tudo terminou quando começou a trabalhar nos Serviços de Educação…
Ficaram as saudades…
Abraços
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