Minha Idéia é meu pincel

Edgar Degas – Les Danseuses Bleues

Esta é minha participação na quarta semana da Blogagem coletiva proposta pela amiga Glorinha do blog cafecombolo,   Minha Idéia é meu pincel.

Dançemos

 

Gosto muito do azul e dos movimentos da dança,  no entanto o que me chama atenção na tela Les Danseuses Bleues é  a forma como cada uma das dançarinas isola – se em seu próprio gesto. Metaforicamente, considero  a busca do seu próprio eu.

Olhos fechados, gestos cuidadosamente executados, languidez, rodopios sincronizados em busca da arte do viver, do encontro de si mesmo e  da auto estima  para  poder alçar voos em direção ao outro.

Estar próximo e distante a tal ponto que possa sentir os movimentos das demais e  ao mesmos fazer os seus próprios, no equilíbrio dos passos.  Movimentos de libertação e transformação. “É incrível o que podemos fazer quando não sabemos do que somos capazes.” Garfield.

Segundo a mitologia Hindu,  Shiva, o senhor da dança, possui dois aspectos: destruidor e criador.  Shiva ao dançar executa este ritual,  revolve toda a neve sob seus pés e a sua volta,  destrói o universo. Porém a neve remexida pela dança se derrete e forma um pequeno filete de água que ao  descer as montanhas forma  pequenos veios que mais abaixo se transformam  numa volumosa fonte de vida que é o Rio Ganga.

Shiva é o mestre tecelão do espaço e do tempo. (fonte)

Assim, faço desta menção à tela o convite  para  DANÇAR.

 

 

 

 

Comments

  • Alexandre Mauj Imamura
    Responder

    Que interpretação interessante! Vc notou isolamento das bailarinas! Olhei com atenção agora e captei esse sentimento.

    Achei muito criativa sua análise falando de Shiva. Da dualidade do aspecto da dança, que encanta e mata. Foi a postagem que mais gostei no dia de hj!
    bjs

  • Thayla
    Responder

    Oi Norma!
    Toda vez que apareço por aqui eu aprendo muito! Não conheço nada sobre a mitologia hindu, vou já pesquisar pra saber mais. Gostei muito da idéia de que ao destruirmos podemos ao mesmo tempo estar criando algo.
    E essa frase de Garfield tem tudo a ver. Muitas pessoas gostam de criar limites sem ao menos ter tentado.
    Bjos

  • chica
    Responder

    Lindo o teu olhar sobre as bailarinas e suas danças… Interessante ver a diversidade!beijos,chica

  • Heloisa
    Responder

    Norma,
    Muito interessante sua interpretação sobre a tela Les Danseuses Bleues de Degas.

    Também estou por aqui para agradecer seus cumprimentos pelo meu aniversário. Gostei muito.
    Beijos.

  • orvalho
    Responder

    Oi, estimada amiga Norma
    Hoje estou indisposta demais e vc levantou-me o ânimo com o que nos dirigiu em palavras tecidas com suavidade em seu texto/bailado de hoje… Muito obrigado de coração.
    Sabe, gosto muito de dançar justamente porque expressa leveza de alma… o corpo obedece ao ritmo interior… Vc descreveu isso tão lindamente!!!
    Deus envia portadores do bem, como vc, para nos aliviar a alma, corpo e coração, legal demais isso!!!
    Abraços fraternos com votos de saúde e paz.

  • marli borges
    Responder

    Olá Norma!
    Bem interessante sua interpretação!
    Bjs

  • Isadora
    Responder

    Norma, lendo a sua participação e voltando a tela me deparei com algo que não reparei: o isolamento de cada uma, que você se refere. É verdade parece que cada uma nesse momento está voltada para si mesma. E isso é muito nítido, agora, que você citou.
    Um beijo

  • Lianara
    Responder

    Oi Norma!

    Muito interessante a sua analise da tela. O isolamento a que se refere, a nossa identidade, a nossa vida única e solitária vida!

    Parabéns! Adorei!

    Beijos
    Lia
    Blog Reticências…

  • Elaine
    Responder

    Norma amei sua participação, para mim até agora foi uma das melhores, pois vc enxergou o interior e ainda fez uma relação com Shiva, Fantástica!
    Adoro sempre tb sua visita e seus comentários, obrigada! Bjos!!

  • Socorro Melo
    Responder

    Olá, Norma!

    E eu aceito o seu convite, dançemos!
    Achei interessante a sua interpretação: a busca do eu para uma melhor interação com o nós.
    A arte, a dança, nos fazem refletir, comparar, mas, acima de tudo, valorizar a vida, e nos valorizarmos, e descobrirmos o potencial desconhecido que nos permite apreciar e usufruir de tantas coisas boas e belas, e nos dão força para superarmos o que não é tão bom.

    Um grande abraço
    Socorro Melo

  • António Rosa
    Responder

    Gostei muito da sua participação e a delicadeza da referência a Shiva. Muito obrigado. :))

  • Manuela Freitas
    Responder

    Muito interessante a forma como visualizou o quadro e acrescentou os seus conhecimentos. Também eu com as suas palavras, estive a apreciar o quadro por outros ângulos.
    Beijos,
    Manuela

  • Astrid Annabelle
    Responder

    Muito interessante o ângulo que enxergou Norma!
    Realmente as bailarinas estão introspectivas!
    Shiva foi uma bela lembrança!
    Esse é o grande paradigma para a Nova Era…largar e apagar o velho para que o novo possa então surgir, todo novo!!!! De fato!!!
    Bonita participação querida!
    Gostei muito.
    Astrid Annabelle

  • Ana Karla – Misturação Misturão
    Responder

    Oi Norma!
    Uma visão que só mesmo uma pessoa como você pode aprofundar-se nessa percepção.
    Quanto a dança, dancei(risos).
    A mão firme e ao mesmo tempo delicada da dançarinha deixa ainda mais curiosa.
    Faz meu estilo.

    Xerosss

  • Suziley
    Responder

    Que linda dança! Bela participação Norma!! Beijos no seu coração : )

  • Liliane Carvalho
    Responder

    Norma
    a dança nos ajuda a libertar a alma.
    Será que estou certa?
    um abraço terno

  • manuel marques
    Responder

    óptima visualização ,parabéns.

    Beijo.

  • Nilce
    Responder

    Gostei muito da sua interpretação. Cada uma delas com um gesto próprio.
    A dança representa a liberdade de expressão.
    Perfeito Norma!

    Bjs no coração!

    Nilce

  • Glorinha Leão
    Responder

    Norma querida, me perdoe, mas sabe o que foi? Com tanta gente participando, alguns chegando de última hora, eu vou seguindo pela ordem em que aparecem em meu blog, mas o seu blog, não sei pq não mostra a fotinho…aí, minha amiga, esqueci que vc tb fazia parte. Mil vezes perdão! Mas adorei o que escreveu. Penso que todos somos como Shiva, destruímos e criamos, somos duais em nossos sentimentos, em nossa força para amar ou destruir.
    Linda reflexão sobre a solidão que todos carregamos conosco, mesmo quando cercados de gente. Obrigada, beijos,

  • Beth Q.
    Responder

    Querida Norma!
    É mesmo, você observou muito bem esta expressão solitária de cada bailarina!
    Muito bonita a sua participação. adorei!
    beijos cariocas

    (Cheguei meio tarde, mas estou participando e visitando agora os amigos queridos)

  • Luma Rosa
    Responder

    Bem observado este isolamento que antecede a uma apresentação. Concentração e alongamento, afinal, todas estarão ‘expostas’ e serão avaliadas. Um deslize e todo o grupo saí perdendo e pensando deste modo, acho que a frase do Garfield, se tirada do contexto que desenvolveu, soaria contraditória! 😀
    Não conhecia a dança de Shiva e gostei de saber sobre a mitologia hindu.
    Beijus,

  • Malu Machado
    Responder

    Oi Norma,

    Linda visão a sua. A individualidade também me tocou, mas de maneira totalmente contrária a sua. Eu não vi esse isolamento que você viu. Mas me incomodou a ausência dele, (sob o meu ponto de vista). Ou ainda de alguma forma eu percebi esta individualidade, mas não tão clara como vc a viu.

    GOstei da dualidade de Shiva. Dançar é um ato divino de entrega, de luxúria, de transcedência, de sedução. Dançar é tudo !

    Beijo grande,

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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