Minha Idéia é meu pincel
Esta é minha participação na quarta semana da Blogagem coletiva proposta pela amiga Glorinha do blog cafecombolo, Minha Idéia é meu pincel.
Dançemos
Gosto muito do azul e dos movimentos da dança, no entanto o que me chama atenção na tela Les Danseuses Bleues é a forma como cada uma das dançarinas isola – se em seu próprio gesto. Metaforicamente, considero a busca do seu próprio eu.
Olhos fechados, gestos cuidadosamente executados, languidez, rodopios sincronizados em busca da arte do viver, do encontro de si mesmo e da auto estima para poder alçar voos em direção ao outro.
Estar próximo e distante a tal ponto que possa sentir os movimentos das demais e ao mesmos fazer os seus próprios, no equilíbrio dos passos. Movimentos de libertação e transformação. “É incrível o que podemos fazer quando não sabemos do que somos capazes.” Garfield.
Segundo a mitologia Hindu, Shiva, o senhor da dança, possui dois aspectos: destruidor e criador. Shiva ao dançar executa este ritual, revolve toda a neve sob seus pés e a sua volta, destrói o universo. Porém a neve remexida pela dança se derrete e forma um pequeno filete de água que ao descer as montanhas forma pequenos veios que mais abaixo se transformam numa volumosa fonte de vida que é o Rio Ganga.
Shiva é o mestre tecelão do espaço e do tempo. (fonte)
Assim, faço desta menção à tela o convite para DANÇAR.
Comments
Alexandre Mauj Imamura
Que interpretação interessante! Vc notou isolamento das bailarinas! Olhei com atenção agora e captei esse sentimento.
Achei muito criativa sua análise falando de Shiva. Da dualidade do aspecto da dança, que encanta e mata. Foi a postagem que mais gostei no dia de hj!
bjs
Thayla
Oi Norma!
Toda vez que apareço por aqui eu aprendo muito! Não conheço nada sobre a mitologia hindu, vou já pesquisar pra saber mais. Gostei muito da idéia de que ao destruirmos podemos ao mesmo tempo estar criando algo.
E essa frase de Garfield tem tudo a ver. Muitas pessoas gostam de criar limites sem ao menos ter tentado.
Bjos
chica
Lindo o teu olhar sobre as bailarinas e suas danças… Interessante ver a diversidade!beijos,chica
Heloisa
Norma,
Muito interessante sua interpretação sobre a tela Les Danseuses Bleues de Degas.
Também estou por aqui para agradecer seus cumprimentos pelo meu aniversário. Gostei muito.
Beijos.
orvalho
Oi, estimada amiga Norma
Hoje estou indisposta demais e vc levantou-me o ânimo com o que nos dirigiu em palavras tecidas com suavidade em seu texto/bailado de hoje… Muito obrigado de coração.
Sabe, gosto muito de dançar justamente porque expressa leveza de alma… o corpo obedece ao ritmo interior… Vc descreveu isso tão lindamente!!!
Deus envia portadores do bem, como vc, para nos aliviar a alma, corpo e coração, legal demais isso!!!
Abraços fraternos com votos de saúde e paz.
marli borges
Olá Norma!
Bem interessante sua interpretação!
Bjs
Isadora
Norma, lendo a sua participação e voltando a tela me deparei com algo que não reparei: o isolamento de cada uma, que você se refere. É verdade parece que cada uma nesse momento está voltada para si mesma. E isso é muito nítido, agora, que você citou.
Um beijo
Lianara
Oi Norma!
Muito interessante a sua analise da tela. O isolamento a que se refere, a nossa identidade, a nossa vida única e solitária vida!
Parabéns! Adorei!
Beijos
Lia
Blog Reticências…
Elaine
Norma amei sua participação, para mim até agora foi uma das melhores, pois vc enxergou o interior e ainda fez uma relação com Shiva, Fantástica!
Adoro sempre tb sua visita e seus comentários, obrigada! Bjos!!
Socorro Melo
Olá, Norma!
E eu aceito o seu convite, dançemos!
Achei interessante a sua interpretação: a busca do eu para uma melhor interação com o nós.
A arte, a dança, nos fazem refletir, comparar, mas, acima de tudo, valorizar a vida, e nos valorizarmos, e descobrirmos o potencial desconhecido que nos permite apreciar e usufruir de tantas coisas boas e belas, e nos dão força para superarmos o que não é tão bom.
Um grande abraço
Socorro Melo
António Rosa
Gostei muito da sua participação e a delicadeza da referência a Shiva. Muito obrigado. :))
Manuela Freitas
Muito interessante a forma como visualizou o quadro e acrescentou os seus conhecimentos. Também eu com as suas palavras, estive a apreciar o quadro por outros ângulos.
Beijos,
Manuela
Astrid Annabelle
Muito interessante o ângulo que enxergou Norma!
Realmente as bailarinas estão introspectivas!
Shiva foi uma bela lembrança!
Esse é o grande paradigma para a Nova Era…largar e apagar o velho para que o novo possa então surgir, todo novo!!!! De fato!!!
Bonita participação querida!
Gostei muito.
Astrid Annabelle
Ana Karla – Misturação Misturão
Oi Norma!
Uma visão que só mesmo uma pessoa como você pode aprofundar-se nessa percepção.
Quanto a dança, dancei(risos).
A mão firme e ao mesmo tempo delicada da dançarinha deixa ainda mais curiosa.
Faz meu estilo.
Xerosss
Suziley
Que linda dança! Bela participação Norma!! Beijos no seu coração : )
Liliane Carvalho
Norma
a dança nos ajuda a libertar a alma.
Será que estou certa?
um abraço terno
manuel marques
óptima visualização ,parabéns.
Beijo.
Nilce
Gostei muito da sua interpretação. Cada uma delas com um gesto próprio.
A dança representa a liberdade de expressão.
Perfeito Norma!
Bjs no coração!
Nilce
Glorinha Leão
Norma querida, me perdoe, mas sabe o que foi? Com tanta gente participando, alguns chegando de última hora, eu vou seguindo pela ordem em que aparecem em meu blog, mas o seu blog, não sei pq não mostra a fotinho…aí, minha amiga, esqueci que vc tb fazia parte. Mil vezes perdão! Mas adorei o que escreveu. Penso que todos somos como Shiva, destruímos e criamos, somos duais em nossos sentimentos, em nossa força para amar ou destruir.
Linda reflexão sobre a solidão que todos carregamos conosco, mesmo quando cercados de gente. Obrigada, beijos,
Beth Q.
Querida Norma!
É mesmo, você observou muito bem esta expressão solitária de cada bailarina!
Muito bonita a sua participação. adorei!
beijos cariocas
(Cheguei meio tarde, mas estou participando e visitando agora os amigos queridos)
Luma Rosa
Bem observado este isolamento que antecede a uma apresentação. Concentração e alongamento, afinal, todas estarão ‘expostas’ e serão avaliadas. Um deslize e todo o grupo saí perdendo e pensando deste modo, acho que a frase do Garfield, se tirada do contexto que desenvolveu, soaria contraditória! 😀
Não conhecia a dança de Shiva e gostei de saber sobre a mitologia hindu.
Beijus,
Malu Machado
Oi Norma,
Linda visão a sua. A individualidade também me tocou, mas de maneira totalmente contrária a sua. Eu não vi esse isolamento que você viu. Mas me incomodou a ausência dele, (sob o meu ponto de vista). Ou ainda de alguma forma eu percebi esta individualidade, mas não tão clara como vc a viu.
GOstei da dualidade de Shiva. Dançar é um ato divino de entrega, de luxúria, de transcedência, de sedução. Dançar é tudo !
Beijo grande,