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Caminhando à beira-mar, parei para fazer alongamento e percebi, ao lado, uma família fotografando.

O pai com a filha menor no colo e a outra, de uns quatro anos, ao lado toda encolhida, sem abrir os olhos.  A mãe solicitava que ela se posicionasse devidamente, mas ela não atendia. O pai então a afastou e solicitou à mãe que tirasse a foto sem ela.

Em seguida, perguntei-lhes se desejavam tirar a foto de todos. O que o pai respondeu não, pois a filha não queria.

Pedi que se posicionassem, dizendo que ela viria, pois faz parte da família. Assim, ela se aproximou e eu registrei esse momento familiar.

Você pode está se perguntando, o que isso tem de especial? Aparentemente nada. No entanto,  se a postura destes pais se tornarem repetitiva  e a filha se colocar de fora em outros momentos, não de fotos, mas de situações diversas, pode então se instalar algumas questões nessa interação familiar.

Os pequenos gestos repetitivos marcam as relações entre os membros familiares,  afirmam lugares (preferido, excluído, inteligente, rebelde, entre outros) e acabam  instalando ou  rotulando comportamentos. Os padrões de comportamento são resultados, principalmente, das interações primárias.

Já pensou nisto?

Norma