Quem educa nossos filhos?
As mudanças ocorridas no cotidiano das famílias, decorrentes do crescente investimento das mulheres ao trabalho, têm se caracterizado em condições mais igualitárias entre os homens e as mulheres. No entanto, para mulher/mãe trabalhar fora de casa exige alternativas em relação ao cuidado infantil. Essas variam de caso para caso e, inclusive, da condição econômica da família e da disponibilidade de substitutos para a mãe ou da rede de parentesco.
Por outro lado, as separações conjugais e os recasamentos fragmentam e fragilizam os laços familiares, o que traz como conseqüência a movimentação das crianças entre os vários lares compostos por pessoas com diferentes valores e atitudes. Somam – se a esses fatores a forte e constante influência dos eletrônicos, principalmente computadores e TV, que se constituem em entretenimento e substitutos da sociabilidade real entre pais e filhos, parentes amigos e vizinhança.
As escolas, por sua vez, deparam-se com uma diversificação muito grande de valores e padrões de comportamento que tornam cada vez mais difícil traçar um perfil da normalidade dos comportamentos infantis, bem como delimitar o seu papel.
Enfim, todos estes fatores contextualizam, num sentido genérico, a educação compreendida como resultado da intervenção da família e da escola.
Como então pensarmos nos filhos desrespeitosos e alunos indisciplinados?
Neste sentido, cabe ressaltar que a mídia, a família, a escola possuem objetos e objetivos diferenciados.
O trabalho familiar consiste em ordenar a conduta da criança, através da moralização de suas atitudes e hábitos.
O trabalho da escola é propiciar o conhecimento sistematizado e ordenar o pensamento do aluno através da repropriação do legado cultural. Enquanto, a mídia tem como função a difusão da informação.
Portanto, partindo-se do pressuposto da corresponsabilidade das situações, talvez possa se considerar o desrespeito e a indisciplina da criança ou adolescente como uma resposta ao que lhe é oferecido. Enfim, um sinal de alerta sobre as relações seja do professor com seu campo de trabalho e dos pais com seu campo familiar ( papel e funções). Por conseguinte, as posturas diante da vida constituem a principal fonte de transmissão de educação.
Norma
Comments
Ana Karla – Misturação Misturão
Tenho que concordar que a nossa imagem e as nossas atitudes ainda são os melhores exemplos para nossas crianças.
Se estas ficam em casa com o auxílio de sei lá de quem, qual o exemplo que terão?
Cadê Meu pai, cadê minha mãe?
Quem está me educando?
Esse mundo do corre-corre atrás dos bens materias quase sempre deixam a desejar na educação.
Tempo gente.
Tempo é um dos fatores que podem contribuir para uma boa educação.
Concordas Norma?
Grande post!
Bom dia
Xeros
Beth Q.
Sim. Educar os filhos pelos nossos próprios exemplos e acompanhá-los nas primeiras idades é essencial. Não consigo imaginar uma criança criada por empregada doméstica ou babá. Nem com avós concordo, quanto mais pessoas que não são da família.
Muitos pais modernos têm se conscientizado disso e feito movimentos para não deixar que os filhos sintam esta carência, por outro lado vejo muitos também que só querem saber de ganhar dinheiro para viajar com os filhos á Disney todos os anos, mas o carinho , afeto e atenção dentro de casa, não existem.
bjs cariocas
georgia aegerter
Oi Norma tudo bem?
Obrigada pela visita.
Existe um livro com este mesmo tema: Quem vai educar os nossos filhos? Vc o conhece?
Antigamente existia a mulher sem marido, pois no caso ela teve um caso e dai engravidou e foi mae solteira. Hoje em dia, o casal se separa e vai viver com uma outra família. Esses problemas sempre existiram e sempre existirao. Agora, como educar essa crianca, é o fator da diferenca, mesmo com famílias que nao se separaram a educacao fará sempre a maior diferenca.
Um bjao
Cíntia
Passando para te lembrar que nossa blogagem coletiva é amanhã, te espero!!!
beijos