O tempo de uma doença crônica

 

 Retrospectiva-  IV Encontro Fluminense de Terapia Familiar-  Ecos do  IX Congresso

O tempo de uma doença crônica: os desafios de  um psicólogo em uma clínica de diálise

Juliane Moreira de Medina  

O objetivo deste trabalho é apresentar questões e reflexões sobre a complexidade de uma doença crônica específica, seu tratamento, suas limitações e sua relação com o tempo, a diferença da idéia de tempo na IRC ( Insuficiência Renal Crônica) e nas demais enfermidades, os desafios do psicólogo inserido em uma clínica com um tratamento com características específicas,  além do trabalho com os pacientes e com a família. Esta complexidade se refere não só ao fato de ser uma doença crônica em que a idéia de “tempo” significa “para sempre”, mas o fato do tratamento de hemodiálise consistir em ir à clínica 3 vezes por semana e permanecer conectado a uma máquina por 4 horas. Tempo este, muito significativo, quando falamos do trabalho do psicólogo neste contexto. O trabalho articula, metodologicamente minha experiência como psicóloga responsável por duas clínicas de diálise em Niterói há 5 anos, com as reflexões geradas durante as reuniões multidisciplinares e bibliografia referente ao tema.

Fonte: Livro de resumo do IX Congresso de Terapia Familiar/ 2010

Comments

  • Socorro Melo
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    Norma,

    Fiquei imaginando o trabalho dos psicólogos (e de todos os profissionais de saúde), numa situação dessas, de doenças crônicas, e dolorosas. É um grande desafio, sem dúvida, e uma missão muito árdua. Realmente, tiro o chapéu pra todos esses profissionais, e pra você, especialmente.

    Beijos
    Socorro Melo

  • Giovanna Valfré
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    Norma, vc é uma pessoa adorável. Gostaria mesmo de conversar melhor contigo. Acredito que teremos outras oportunidades. O encontro foi mesmo maravilhoso, né? Bjs

  • Toninhobira
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    Pois é Norma já tive vários relacionados de minha estima ,passando por este processo e via/sentia a ngustia que se abatia sobre eles. Sim no passado pois todos eles ja morreram. Claro que sei que eles não tiveram acesso aos psicologos e podemos imaginar a morte passo a passo em cada um destes enfermos. É muito importante um profissional para fazer este trabalho de suavisar este sofrer em todas as doenças que se diz cronica e ainda dolorosas. Que todas as pessoas possam ter acesso a estes tratamentos de mentes, que possa o Estado assumir em casos de carencia comprovada e que possamos ver pessoas pelo menos se expirarem mais levemente.Muito boa infomação.Sempre minha admiração.Meu abraço de paz. Bju de luz nos seus dias e tenham um bom relax ,para retornar com toda força

  • luma
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    Um trabalho importantíssimo, porque não é fácil ter uma vida dependente de artifícios para poder mantê-la e o risco eminente de alguma coisa dar errada. Viver por um triz! Imagina se falta luz, sangue, remédio contra rejeição, se você fica incapaz de se locomover… 🙁 Normal que a pessoa fique depressiva pensando nos riscos e alguém que “levante a moral” é muito importante! Beijus,

  • josé cláudio – Cacá
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    Acho que numa medicina humanizada de verdade, as doenças crônicas deveriam ter necesariamente um acompanhamento de psicólogos. O tempo para quem está nessas condições é uma categoria única, dividia entre a esperança e a desilusão. Que bom que temos profissionais que se dedicam a esse lado desprezado pela medicina convencional! Abração, Norma! Paz e bem.

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