Retendo Peso
“Tolo é a pessoa que continua fazendo a mesma coisa e espera resultados diferentes”. (Albert Einstein)
Após a separação dos pais, o filho mais velho de 14 anos teve um rápido aumento de peso. A família paterna sempre apresentou problemas desta natureza. Assim, a família considerou que o pai seria a melhor pessoa para lidar com o comportamento compulsivo do filho. Desta forma, o pai, que já se ausentara de casa, passou a freqüentar a casa da ex-esposa e a manter contatos freqüentes.
Uma mulher separou-se para ficar com o amante. Sua família não aceitava este tipo de comportamento e a excluiu. Passado um ano ela estava arrependida, começou a se lamentar e já tinha adquirido vinte quilos.
Muitas são as histórias e fatores que favorecem a obesidade, que é definida como uma doença crônica. Ela representa, atualmente, um dos principais problemas médicos e vem sendo considerada como grande problema de saúde publica. Ela não é apenas uma questão individual, pois está ligada às forças sociais e culturais. Vivemos num mundo de contradições entre a exortação a comer e consumir de forma abundante e o culto à magreza.
De acordo com pesquisas realizadas por vários autores, as causas da obesidade incluem fatores genéticos e fatores do ambiente familiar, com um pequeno número de indivíduos sendo influenciados por transtornos metabólicos e endócrinos. Todavia, hoje, são abordadas as questões relacionadas à obesidade e ao sistema familiar, ou seja: ela tendo uma função no sistema familiar.
Em algumas famílias, a obesidade é um tema que percorre várias gerações e que oferece o senso de identificação e demonstração de lealdade à família. Em outros casos, pode retardar a entrada da criança no mundo adulto. Os estigmas das crianças obesas nos grupos sociais favorecem que ela permaneça mais unida à família por necessidade do apoio emocional. Na realidade, ficando fora dos encontros amorosos, o filho obeso não saí de casa. Por outro lado, a obesidade pode funcionar como poder. O campo de batalha tem como pano de fundo o alimento, com a vitória das pirraças da criança.
Neste sentido, torna-se importante compreender a função que o peso exerce nos padrões de conexão e vinculação com a família. Portanto, ao sairmos do foco individual para o relacional, temos uma visão ampla e complexa dos comportamentos ligados à doença e aos objetivos do tratamento.
Associado a isto é importante, também, que pessoas com excesso de peso crônico, que enfrentam as questões emocionais e familiares sobre o comer e o peso, participem de programas específicos, tendo em vista que esses ajudam a diminuir o isolamento social.
Norma
Comments
Ana Karla
Importante o controle do peso e mais ainda o emocional.
Vivendo e aprendendo.
Bom dia Norma.
Xeros
Lisette Feijó
Sem dúvida que existem problemas genéticos ou hereditários, mas é mais fácil sempre colocar a desculpa em alguma coisa…paz.
Um abraço Lisette
luma rosa
Na maioria das vezes, engordar sem que haja problemas físicos, pode ser em decorrência de depressão. Eu conheço um caso, de uma mulher que engordou somente para o marido não procurá-la. Ele não queria a separação e era um homem rústico que pouco se importava com os sentimentos da mulher e fez ela dependente dele financeiramente. Quando ela me contou isso, já havia ficado viúva. Engordar como uma auto-mutilação, também é uma questão para estudo. Estou acrescentando o seu link a blogagem, pois a sua temática abrange ambos os sexos. Boa semana!! Beijus,