Você pergunta – 13

Eu respondo

Este post faz parte de um projeto, assim sendo dirijo-me a pessoa responsável pela pergunta,  mas de forma a trazer reflexão para outras pessoas que poderão se interessar e ler .

Estou em depressão e procurei um psiquiatra. Ele me passou medicamento,minha pergunta é vou conseguir sair dessa situação?  Os filhos estão casados,  meu marido trabalha 15 horas por dia. Os filhos moram longe e a minha neta, razão de viver, mas hoje com 3 anos ja faz uns comentários que ja acho que não sou assim tão importante na vida dela. Meu outro neto está para nascer, mas  não posso ocupar meu tempo procurando coisas para o seu quarto por que minha nora não quer.

O tratamento psiquiátrico é um ponto de partida para você criar forças e  buscar encarar de frente sua situação, cujo termo é  “síndrome do ninho vazio”, sentimento de tristeza e solidão, no momento em que  os filhos saem de casa para viver sua prória vida. A depressão é  o sintoma que denuncia a sua dificuldade de ultrapassar esta etapa.

Ao longo do tempo, os casais relegam sua relação a um segundo plano  e a rotina conjugal passa a gravitar em torno dos filhos.  Em alguns casos, quando a mulher só se dedica à família, e os filhos  ficam autônomos,  surge  o sentimento de inutilidade.

É dificil quando depositamos nossa vida ou bem estar em outras pessoa. Neste momento, seria recomendável você fazer terapia que lhe ajude a buscar novos caminhos pessoais de realização. Os netos não devem ser uma bengala, ou seja, ocupar  sua vida. Eles,  filhos e netos,  são pontos de afeto, mas não devem ser o sentido da nossa vida.

Buscar  novos interesses e tentar um maior companheirismo do seu marido podem ser os primeiros passos.

Há um filme chamado Ninho vazio (El Nido Vacío) que pode ser interessante para você e seu marido verem  juntos.

Norma

Comments

  • chica
    Responder

    PAcredito que temos que ter a nossa vida com coisas que nos fazem bem e alegram…Assim, não depositamos todas as fichas no “lado de fora”… beijos,chica e lindo dia!

  • Liliane Carvalho
    Responder

    oi Norma
    que saudade
    querida
    impressionante como nos desajustamos durante a vida.
    Interessante seu ponto de vista sobre a depressão, como sendo um sintoma de que não ultrapassamos certas situações da vida.
    Isso aconteceu comigo, logo depois do nascimento do meu 2º filho.
    De lá pra cá, muitas mudanças e tratamentos pra que eu conseguisse me reequilibrar.
    excelente este seu trabalho.
    parabéns Norma,
    parabens mesmo.
    beijos.

  • Lizete Ferraz
    Responder

    Adoro esse projeto.
    Realmente a grande maioria das mães depositam seus anseios em filhos e após netos. É um grande erro, pois logo todos batem as asas e ficamos sós.

    Uma grande ajuda é se dedicar a trabalhos voluntários, ajudando o próximo. Já vi muitas mulheres vencerem desta maneira.
    Beijos

  • Maria Emilia Xavier
    Responder

    É muito difícil, acredito eu, para as pessoas da geração que a família era estruturada de maneira diferente da de agora. Lembro da minha Mãe participando de nossa vida de casados intensamente, pois todos trabalhávamos e ela até se aposentou para ajudar minha cunhada com sua primeira neta. Deus me livre de alguma Nora ” não querer” que Mamãe ajudasse na procura do enxoval, ou nas coisinhas do quarto dos Netos, nenhum de nós, filhos, aceitaria isso. Minha Família é do tempo em que as crianças que nasciam eram da Família, lógico que a responsabilidade, a última palavra era dos Pais, mas no resto elas eram da Família, e inseridas desde que saíam de dentro de nós, suas mães, nos hábitos da Família e assim é até hoje. Ainda não tenho Netos – fui mãe muito tarde -, mas tenho sete Sobrinhos-Netos e todos participam como nós participávamos, desde sempre, do “tronco”, que não mais existe pois agora o “tronco” somos nós – eu e meus irmãos.
    Nem viajei na resposta… voei mesmo, né? Ahahah… Perdão.
    Na realidade o que queria dizer é que hoje existe tanta opção para não se sentir “sózinha”,existem tantas oportunidades para exorcizar a falta de pessoas ao nosso lado. Eu, por exemplo uso tintas fortes no que escrevo e algumas pessoas ficam preocupadas achando que estou mal. Lógico que algumas vezes é o meu grito mesmo, mas no geral sou uma pessoa alegre e o fato de estar só e ter um único filho que estuda e trabalha o dia inteiro e uma única filha que está bem afastada de nós, não me impede de viver gargalhando e andando por aí em busca do que sinto falta, na hora que sinto.

    Beijos

  • Beth Q.
    Responder

    Norma!
    Toda razão, esta síndrome do ninho vazio acomete a muitas mulheres, principalmente as da minha faixa, pois ao invés de se dedicarem a curtir suas vidas de outras formas ou doando-se em trabalhos voluntários, simplesmente grudam nos netos e família e aí sofrem, pois eles geralmente estão em outra sintonia e não têm tempo a oferecerem aos mais velhos.
    Por esta razão tenho procurado o que fazer da minha vida, estudar uma língua por exemplo, tem sido excelente para mim, falta agora engajar-me em trabalho voluntário por aqui nesta cidade e conto mais uma vez com sua ajuda para isso.
    beijinhos cariocas

  • Toninho
    Responder

    É preciso ocupar mais e preocupar menos, desconstruir dependencias. Estou assistindo caso semelhante por onde moro, bem parecido com o relatado.
    Boa postagem nesta serie.
    Meu abraço amiga.
    Bju.

  • Nina
    Responder

    Tua resposta foi mt acertda Norma, tomara que ajude mesmo, acredito que sim, porque é exatamente como vc disse. A mae fica se sentindo meio inútil depois da partida dos filhos e no caso dela, ainda tem os netos, e parece alguns problemas tbm com a nora… a gente tem que tentar fazer alguma coisa por nós mesmas, pensar um pouco na gente.

    Bjs

  • Danielle
    Responder

    Tenho vivido esta situaçao com minha mae há quatro anos. Os filhos sairam de casa e ate hj ela nao aceita isso. Nao sei bem o que fazer mais, pois as vezes me sinto culpada, pois ela acaba fazendo tanto drama que fico com dó.
    obrigada pelo post!!

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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