Em reflexão natalina
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Soneto de Natal
Um homem, – era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, –
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto… A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”
Machado de Assis
Comments
Toninho
Bela escolha para as reflexões que se fazem necessárias nesta epoca Norma. Penso que o ultimo verso diz tudo.
Meu carinhoso abraço.
Boa semana com paz e alegria.
Valéria
Oi Norma!
Liiiiindo! Traduz muito o que sinto este soneto! É como se retratasse nossa ação e pensamento juntos. Uma escolha perfeita!
Beijinhos!