Máscaras

 

Era noite de carnaval, Sofia encontrava-se numa cidade desconhecida e que lhe despertou a vontade de participar da folia carnavalesca.  Buscou em sua mala algo que lhe desse um ar descontraído.  Encontrou um vestido que considerou perfeito. No entanto,  queria mais.

Estava em uma das  casas de sua avó que  fora  seu reduto  na  mocidade.  Sabia,  pelas histórias que lhe foram contadas,  que  provavelmente  encontraria algo entre seus guardados, tendo em vista que durante muito tempo sua avó frequentara algumas festas à fantasia famosas na sociedade local. Não sabia por onde começar. Então  se lembrou  que havia um porão e para lá se dirigiu.  Para sua alegria, havia um baú com muitas máscaras e começou a experimentá-las. Algumas estavam em mau estado, mas encontrou uma vermelha que a encantou.

Lembrou-se que Bruno, o advogado que lhe acompanhara,  devia estar chegando.  Rapidamente, vestiu-se, colocou a máscara sentindo-se  eufórica, tendo a  certeza de que o dispensaria  para poder usufruir do enlevamento  que  aquele lugar lhe proporcionara. Iria ao baile e se permitiria  este momento de encontro com a euforia carnavalesca.

Norma Emiliano