Simbólico
“Há um significado mais profundo nos contos de fadas que me contaram na infância do que na verdade que a vida ensina” Schiller
(…) e foram felizes para sempre.
Houve uma época em que a leitura de histórias e de contos às crianças era parte habitual do cotidiano dos pais. Hoje, em função das transformações ocorridas na sociedade esta é uma prática quase em extinção.
A criança ao longo do seu desenvolvimento necessita entender o que ocorre no seu interior e isto se dá através do contato com o que é bom e com o que ruim, pois assim é o ser humano e assim se constitui a vida (bom e mau). Os contos de fadas revelam sobre a vida e a natureza humana.
A aceitação da dificuldade da vida, diferente do que muitos pais pensam, protegendo seus filhos, ajuda ao ser humano a não ser derrotado por ela ou a não viver buscando alienar-se.
Os contos de fadas transmitem à criança que na vida não há como não se ter dificuldades, que aquele que não se acovarda poderá dominar as dificuldades e sair vitorioso. Eles apresentam os limites da nossa existência (morte e envelhecimento), bem como o desejo de vida eterna. (Bettelheim,2007)
Normalmente, muitos contos já começam com a morte dos pais , outros com o pai idoso passando as responsabilidades para a nova geração, tudo apresentado de forma simples e o bem e o mal são corporificados na forma de algumas personagens e de suas ações, trazendo a punição ou o medo dela.
Quando nos deparamos com os finais dos contos – “Viveram felizes para sempre – questionamos o objetivo desta mensagem. No entanto, Bertteleim, numa visão psicanalítica, assinala que esta mensagem indica a “única coisa que pode tornar menos dolorosos os limites reduzido do nosso tempo nesta terra: construir vínculos verdadeiramente satisfatórios com alguém” ou seja dão contribuições psicológicas para o crescimento interior da criança.
Portanto, ler e ouvir contos são essenciais à educação e ao desenvolvimento emocional do indivíduo.
Se desejar se aprofundar leia a indicação abaixo.
Referência bibliográfica
A psicanálise dos Contos de fadas. Bruno Bettelheim, 2007
Imagem Google
Norma
Comments
Toninho
Li com curiosidade Norma e logo achei pela internet a obra em PDF e salvei para ler e assim inteirar desta relação.
Grato pela partilha amiga.
Deixo aqui o link,caso outros amigos queiram:
http://xa.yimg.com/kq/groups/15250498/2139827055/name/A_Psicanalise_dos_Contos_de_Fadas.pdf.
Um lindo feriado a voce com paz e alegria na familia.
Meu terno abraço.
Bjo.
Adao Braga
Li Joseph Campell e outros textos sobre o tema. A autora que menos agradou foi Clarissa Pinkola Éstes.
Astrid Ananbelle
Este seu post me fez lembrar que casei com um príncipe encantado esperando o “viveram felizes para sempre”…. e não foi bem bem assim que aconteceu… vivemos para sempre, nem sempre felizes e o príncipe não era tão encantado assim…só nos dias em que eu estava apaixonada. E questionei este conto de fadas que me contaram…eu havia acreditado nele Norma!!!!
Pois é….
Beijão
Norma Emiliano
Oi Astrid
O conto, como o autor nos explica, nos possibilita elaborar sentimentos e situações que fazem parte da vida, mas que contradizem os desejos humanos, sendo um deles o da eternidade. Nada é eterno, dai o que vc nos conta. bjs
anne lieri
Oi Norma! Eu já li esse livro e de vez em quando dou mais uma espiada:é bárbaro!Parabéns pela excelente abordagem do tema.bjs,
Lisette Feijo
Interessante, mas a vida é de verdade….
Beijo Lisette.
Roselia Bezerra
Olá, querida amiga Norma
É fato o viveram felizes para sempre pois a felicidade está em mim… e não no outro… e eu optei há tempo pra ser feliz… não vou retroceder… ninguém merece a falcatrua de alguns contos de “fadas” (bruxas)… rs…
Bjm de paz e bem
Norma Emiliano
Oi Roselia
Vc fez uma boa opção, porém na visão do autor que abordo, no desenvolvimento infantil é importante os contos, no sentido da preparação psicológica para o enfrentamento da vida em todos os sentidos.