Onde mora o perigo

  

Diante de tanto barro, após uma noite de intensa chuva, a trilha se transformou em um grande desafio. Jovens, crianças, adultos de várias idades (40 aos 65) seguiam em fila indiana, pois só havia espaço para um.

Quais seriam os riscos deste emocionante passeio através desta trilha que nos leva a uma bela e in natura praia na qual se funde um rio?  Escorregões que poderiam levar a quedas em diversas proporções de risco físico. Enfim, para se chegar até este local é preciso arriscar. E, assim, é a vida.

 Lá fomos todos com precaução e algum temor, mas chegamos e voltamos são e salvos, após deliciarmo – nos com a visão de tão bela paisagem. No rio, foi possível o banho, mas no mar o mergulho ficou em suspenso pelas bravas ondas que quebravam e arrastavam.

 Assim é o mar, assim é a vida: com momentos de ressaca, momentos de calmaria. Porém, nem sempre é a resseca ou o risco em evidência que pode nos trazer malefícios.

 Após muitas emoções e mesmo tensões, o relaxamento seguinte nos coloca na calmaria.

No lugar considerado seguro, a atenção relaxa e, sem que se perceba como o chão foge dos pés,   o tombo acontece e feridas se abrem. É a fragilidade do ser humano diante da vida que surpreende com suas maravilhas e com suas intempéries.

 A vida nos seduz com muitos momentos mágicos e nos escraviza, inspira e abre chagas.  No entanto, como o mar em seu fluxo e refluxo, nos convida a sair da razão e mergulhar. Mergulhar nos sonhos, na esperança das cores trazidas pelo arco-íris.

 De uma queda surge a inspiração e as palavras se sobrepõem transpondo os obstáculos e seguindo em frente com o vigoroso impulso do seguimento da VIDA.

Norma

Comments

  • Alexandre Mauj Imamura
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    quem não arrisca… já diz o velho ditado.
    certos riscos valem a pena de correr. pelo resultado tão bom e bonito que conseguimos…e para exercermos a superação.

    conta ai mais pra gente da viagem, tão linda rs
    bom dia

  • Tati
    Responder

    Norma, que legal as reflexões que você fez a partir das experiências da viagem. É assim mesmo, como a vida. Alguns riscos vale à pena correr, outras, vale apenas apreciar de longe.
    Voltar de férias deixa nossas ideias renovadas, você parece tão leve realmente… Coisa boa!
    Esta música é maravilhosa. Espero que a gente encontre este lugar além do arco iris, que ele exista em algum ponto!
    Beijos.

  • Beth Q.
    Responder

    Sim, valem a pena os riscos para ver de perto um belo cenário!
    Também faço isso às vezes, mas sempre com mais cautela do que quando era jovem, pois sei também o risco que é ter alguma coisa em meu corpo machucado daqui para a frente. Agora tenho mais medo de me ferir, mas me cerco de cuidado, pois assim podemos continuar a vida e não ficar apenas de expectador.
    Linda sua reflexão!
    beijinhos cariocas

    (Ontem conheci a amiga indicada e adorei. Depois te conto.bjs)

  • chica
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    Aqui onde estou fiz várias trilhas e pude bem sentir isso que aqui reflexionaste.Lindo e verdadeiro!beijos,tuuuuuuuuuuudo de bom,chica

  • josé cláudio – Cacá
    Responder

    Bela analogia, Norma! O mar é talvez o mais simbólico dos elementos que podemos relacionar com a nossa vida. E a Canção é belíssima. Abraços. Paz e bem.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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