O nascimento do primeiro filho
“Transição-chave no ciclo de vida familiar” McGoldrick
A chegada de um filho é uma história que antecede ao momento do parto. A decisão de ter um filho e a gravidez já são os primórdios da construção dos vínculos.
A primeira gravidez traz grandes incertezas, mas quando não há impedimentos (físicos ou psicológicos), normalmente, provoca muita alegria. Ao longo dos nove meses, a futura mãe concentra intenso interesse no bebê, construindo a denominada simbiose mãe-filho.
O primeiro filho inaugura a família nuclear e a consequente reorganização dos papéis. No cotidiano, diferentes emoções farão parte da nova família.
Nos primeiros dias do bebe, o pai, comumente, não consegue agir diretamente com a criança, porém pode apoiar a mãe, dar-lhe segurança e realizar algumas funções complementares.
É importante, neste momento, que o pai entenda sua mulher, pois daí depende o futuro da relação triangular que se estabelece com a criança.
A atenção exclusiva da mãe ao bebê pode despertar fantasias inconscientes do pai de ser excluído. Estas podem perturbar futuramente a relação do pai com filho e com a própria mulher. A vida sexual do casal não deve ser esquecida.
Nas relações entre pais e filhos e marido e mulher devem existir espaço para os sentimentos serem expressos. As mágoas por frustração e rejeição se não forem detectadas e sanadas minam os relacionamentos. É importante o diálogo para que venha à tona o que incomoda e se encontre as soluções.
Por outro lado, a ajuda de parentes é importante por aliviar a carga das tarefas que inicialmente a criança exige. Para tal, há de se observar que os limites já sejam delineados para que não surjam conflitos e disputas.
Estabelecer os papéis de cada um dos componentes da família, nesta nova etapa do ciclo vital familiar, cria a possibilidade de estreitar os vínculos sem danos para a afetividade.
Norma
Como foi sua experiência?
Comments
Nilce
Oi Norma
Excelente texto.
No meu caso, até que tive muita ajuda do pai sempre. Menos a ida e volta do hospital e durante o dia. Mas minhas amigas estiveram comigo o dia todo, até que ele chegasse do trabalho.
Estou gostando muito do que meu filho fez. Deixou suas férias para agora no nascimento da filha. Estão os dois se ajudando no cuidado com a pequena e com a casa.
O tempo disponível do pai, tranquiliza muito a mãe nos primeiros dias.
Acho que ele vai sentir muita falta quando voltar a trabalhar, pois fica quase que 24 horas junto com ela, acompanha e ajuda no banho, trocas e amamentação.
Outra coisa importante é o fato de que nos primeiros dias, o cansaço divido fica bem mais leve e as saídas para compras e farmácia, como é normal quando se tem um recém nascido em casa, não fica somente para depois do expediente.
Bjs no coração!
Nilce
Giovanna
Norma minhas experiências foram marcantes. Claro que também trousxeram muita felicidade e realização, mas claro incertezas e dúvidas que me tiraram o sono. Mas a gente vai aprendendo a ser mãe ao longo da vida. Muitas vezes páro e percebo ainda quanto tenho que aprender. Os filhos sempre nos ensinam muito. Adorei. Bjs
Norma Emiliano
Oi Nilce
Hoje, já observamos que muitos pais fazem como seu filho. Esta é uma experiência da contemporaneidade muito frutífera.
bjs
chica
Eu adoreeeeeeeeei ser mãe e curti demais. E foi assim em todos eles.Quis ter todos. Combinamos ao casar que queríamos 4. Meu marido, todo certinho, quis obedecer as recomendações médicas após a primeira gravidez ,mas eu segui,srrs …Ele achava que tomava pílula e …só aparecia com o resultado do exame POSITIVO. Ele ficava preocupado, mas feliz …Faria igualzinho hoje.Não me arrependo nadica de nada!!! beijos,tudo de bom,chica
Toninhobira
Texto perfeito de um belo esclarecimento sobre este momento delicado na relação. Momento de doação e compreenção.Como sabemos de crises neste periodo, nos faz dizer que seja delicado. Neste periodo se solidifica a relação, que influenciará na vida que chega. Um belissimo texto Norma com sua marca bela de orientar e cooperar nas relações humanas. Meu sempre terno abraço de paz.Bju de luz.
Beth Q.
Norma querida!
Belo tema e eu já me expus noutro dia falando como foi minha reação à gravidez e pós gravidez. Como sabes, tive apenas um filho porque me achava velha para ter mais, hoje vejo o quanto perdi tempo com esta bobeira.
Tenho com meu filho um relacionamento às vezes complicado pelo fato dele ser filho único e achar que o mundo gira em torno de seu umbigo, mas nada que uma boa terapia não resolva para isso e é o caminho que achamos para tanto.
Não aconselho a nenhuma mulher ficar apenas com um filho, sempre é complicado, por mais que nos relacionemos bem com ele, pois além dele precisar de um irmão para se entender melhor como ser humano, fica faltando algo mais nesta tripla relação.
A cada dia aprendo com ele, pois é um rapaz inteligente e antenado, trocamos informações e discutimos muitos temas, isso é legal e acho que bom relacionamento de pais e filho é isso, respeito e descobertas por ambos os lados.
bjs cariocas
Mara Emilia xavier
Eu fui mãe aos quarenta anos quando achava que não seria mais. Foi mágico, lindo, inesquecível, até porque queríamos muito e não havia qualquer problema finaceiro, havia sim muito sonho a se realizar.
Luzia
Oi querida,
Minha experiência foi bombástica! rs
E não é exagero: foram muitas emoções! Um momento de início de vida a dois e veio uma criança! Tínhamos ainda tanta coisa para aprender um sobre o outro (aliás, nada sabíamos um do outro na essência) e veio Carol. Alegria e realização mas junto outros sentimentos que nos confundiram porém nunca perdemos o foco no que realmente interessava: o amor! Faria tudo de novo…
Orvalho
Olá, minha flor
Minha primeira gravidez, tão novinha, foi uma vivência do Céu… o enxoval preparado com mutio carinho, tudo bordado à mão!!!
O quartinho… o carinho… o amor duplicado… ele foi o meu principezinho até a chegada do irmãozinho depois de 5 anos… Imagine quão mimadinho foi???
Doce tempo!!!
Marcou a fase Maternidade para sempre… ou seja: como foi suave da primeira vez… o foi na segunda e na terceira… no primeiro e segundo netinho, idem…
Curto de novo a cada netinho… sou mãe de novo… e com açúcar…
Fou bom recordar o sentimento que envolve o primeiro filho no dia de hoje… muita ternura, tava precisando…
Bjm de paz
Betânia Torres
A minha experiência foi primeira e única. Fiquei grávida aos 34 anos e foi uma experiência maravilhosa, mesmo sendo sem a companhia do pai dele. Fiquei mais bonita, acompanhava cada momento do bebê em mim, o enxoval foi lindo e minha família e amigos estiveram juntos em todos os momentos. Planejei como seria o quarto, encomendei os móveis, decorei a casa e fiz o chá de bebê com as amigos e amigos mais íntimos para celebrar a chegada. Pratiquei exercícios para facilitar o parto, fiz caminhadas, tomei muito banho de mar, pois morava numa cidade litorânea. O acompanhamento da equipe do Programa Saúde da Famíia foi exemplar e o meu parto foi normal, senti aquelas contrações todas. E o meu filho nasceu saudável e faminto. Com 10 dias já estava em plena atividade, resolvendo coisas nossas na rua. Minha mãe foi fundamental, ficou conosco 40 dias, cuidando, repassando sua experiência, demonstrando todo o afeto e carinho. Amamentei por 1 ano e 3 meses. Nos primeiros seis meses era só leite materno. Foi uma experiência marcante do momento do resultado positivo, ao conhecimento do sexo, as batidas do coração. Claro que também tiveram as angústias, medo, preocupações, embora a gravidez tenha sido “independente”, o apoio da família e dos amigos foi fundamental para o meu equilíbrio naquela ocasião. Com chegada do bebê a minha casa ficou mais serena com mais vida e a minha vida prosseguiu enriquecida.