Felicidade comprada?
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“O consumo é uma máscara que compramos,achando ter então comprado a felicidade’.
Alexander Supertramp
Um dia de domingo, o sol raiava e penetrava através da fina cortina. Olhos ainda fechados, se deu conta que o dia mais esperado chegara. Esticou-se lentamente, abriu os olhos sorrindo para a vida.
Quem não passou por momentos como este? Sonhamos, fazemos planos e o esperado nos faz sorrir em corpo e na alma. No baú de cada ser são depositadas as pedras preciosas (afetos, eventos, situações) que se recolhe no traçado da vida. Muitas vezes, os fatos desagradáveis e/ou tristes embotam essas recordações que constroem o sentido da felicidade. Por outro lado, cada vez mais, o tempo para apreciar o que de bom existe nos escapa, seja pela gama de informações diárias, de tarefas, de acontecimentos sociais/mundiais trágicos entre outros fatores.
Vende-se a ideia de felicidade de várias formas; sentimentos são padronizados e os oferecidos em produtos e sempre estimulando as trocas pelo mais atual.
Como escapar desta corrente que estimula a exterioridade da busca do sentido da vida?
Norma Emiliano
Comments
chica
Acho triste, cada vez mais triste ver o consumismo tão alastrado em nossos dias! basta olhar para os “apelos” tendo como pretexto o Natal..Iniciam em outubro.,Credo! bjs, lindo dia! chica
marilene
Esse é um aprendizado muito pessoal e só chega quando aprendemos a ter consciência dos reais valores da vida.
Vera Lúcia
A ideia de felicidade tem sido associada à aquisição de objetos e bens materiais, ao sucesso e ao prazer. Daí o consumismo invigilante e exacerbado. Há pessoas que extrapolam o próprio orçamento para satisfazer seus impulsos consumistas. Outras, por sua vez, dizem que vão às compras quando estão aborrecidas, alegando que irão fazer uma ‘terapia’ mais barata. Acredito que o consumismo desenfreado resulta de uma carência interior, ou insatisfação interior crônica. Compra-se na ilusão de tapar um buraco na alma. Uma satisfação ilusória e de pouca duração. Isto quando não traz uma tremenda dor de cabeça na hora de quitar as faturas dos cartões de crédito. Como a felicidade não parte de fora para dentro, somente uma mudança interna poderá frear o consumismo. A vida acaba ensinando que seu real sentido não se encontra na materialidade.
Beijo.
Roselia Bezerra
Olá, querida Norma
A vida toda tenho tentado colecionar pérolas preciosas… mesmo quando assaltada vou recuperando-as novamente…
Bjm fraterno
Lúcia Soares
As pessoas estão cada vez mais tendo acesso às compras e mais insatisfeitas. E aí, compram mais…Felicidade não está no material, embora ele facilite um pouco. Mas temos que estar bem dentro de nós, e apreciar o que não nos custa nada, saindo a caminhar, conversando com amigos, distraindo com uma leitura, brincando com o filho, pequenos prazeres, que fazem toda a diferença.
Há também o fator tempo…Enquanto somos muito jovens, isso de “não ter” não soa muito bem…Só com o tempo aprendemos que não ter o carro da moda, a roupa da moda, fazer a viagem dos sonhos, etc. são apenas consequência do equilíbrio que passamos a vida inteira procurando. Poucos conseguem a tão esperada paz interior, que se concretiza com o “ser” e não com o “ter”.
Beijo, Norma.
Toninho
Pois é Norma, estamos sempre em busca desta tal felicidade, que vendem barato em qualquer quitanda e que muitas vezes perdidos no corre-corre acabamos por leva-la e voltamos para casa sem ela, sem nada. Cada dia mais se embotam o real com as maquiagens mais perfeitas, que aos desavisados tornam -se a caixa de magicas, que de no fundo é apenas a ilusão enrolada em papéis de chocolates com validade vencida.
Gostei desta chamada à reflexão.
Meu abraço com carinho e beijo de paz amiga.