Correndo atrás de um sonho

 

casamento

 

Durante muitas décadas, para a mulher ficar solteira significava insegurança.  O casamento conferia-lhe um lugar estável e socialmente aceito. Após os anos 60 a busca pelo reconhecimento pessoal e social não mais se restringiu ao âmbito familiar.

No mundo contemporâneo, a corrida desenfreada ao consumo trouxe mudanças de valores que vieram impregnando os sonhos e a busca da felicidade, e influenciando as decisões da mulher. Entretanto, ainda hoje, o casamento continua sendo seu  “sonho dourado”.

Apesar do desejo de casar, encontrar um parceiro que deseje compromisso está difícil, o que leva muitas mulheres a manterem o foco no desejo de casar. Aí “mora o perigo”. Perseguir o intuito de não ficar solteira pode impedir a mulher de não utilizar seu potencial atual, de fixar-se no futuro e de não aproveitar melhor o tempo presente.  

Além disto, casar é conjugar, significa unir dois indivíduos, dois desejos, duas visões de mundo, duas histórias, dois projetos de vida e duas identidades pessoais em uma história de vida. Assim é necessário que o potencial para “dar” esteja em sintonia com o “receber”. É necessário saber entender as necessidades da outra pessoa e compartilhar. Portanto, há um tempo interno de evolução para casar.

Por outro lado, por não existirem mais etapas definidas como anteriormente, (namoro, noivado, casamento) ocorre um atropelo na construção da estrada para vida a dois. A tradição deixa marcas profundas e o casamento com todo seu ritual (a cerimônia, vestimentas e festas) continua em pauta.

 Entretanto, a parte financeira pesa, pois a maioria das famílias do casal não pode assumir a maior parte das despesas como nas gerações passadas. Hoje, frequüentemente, o casal arca sozinho com os custos.

 Apesar da existência de todo um arsenal montado (assessorias, sites especializados, etc.) para a realização do grande sonho, não é fácil a tarefa de organizar um casamento.  Alia-se à questão financeira a falta de tempo dos parceiros.

 Além da festa, lua-de-mel, novo lar, o casamento implica muitas obrigações. Os cônjuges vão precisar assumir responsabilidades entre si.  Na organização do evento vem à tona o padrão relacional estabelecido pelo casal. Assim sendo, vale a pena os noivos ficarem atentos, pois este já é um dos muitos projetos que terão em comum.

Enfim, o casamento não deve ser o objetivo, mas a conseqüência de uma relação baseada no amor, cumplicidade e respeito.

 

Norma  Emiliano

Comments

  • Tati
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    Oi Norma, eu acabei de falar de casamento no blog da Lu (Lichia Doce) e caio no seu texto… hehehe. Eu não imaginava que um dia me casaria, aí conheci o Vi e isso passou a ser desejado. Filho também foi consequência de um relacionamento feliz, não um sonho acalentado… Mas nunca efetivamente nos casamos. Apenas fomos morar juntos, isso foi um pouco frustrante para mim, mas não diminui em nada nossa relação, que é de harmonia, amor e respeito. Se der, um dia, quero celebrar com uma festa, mas enquanto não dá, vamos celebrando o dia-a-dia, e já estamos bem felizes! Ótimo post! Beijos.

  • chica
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    Antes, ficava-se pra titia…

    Hoje, nem há a obrigação do casamento em si, mas sim, unem-se vontades, cumplicidades, vidas, que só resistirão ao convívio e rotina, se amor houver.

    Linda crônica!beijos,chica

  • Meri Pellens
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    Com certeza o casamento/cerimônia não deve ser o objetivo, mas sim o edificar uma família e um lar feliz, com respeito, cumplicidade e amor.
    Adorei o post.
    Beijos na alma!

  • Manuela Freitas
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    Casar não casar, não é o mais importante, o mais importante é mesmo construir um relacionamento sólido e duradouro, o que não é fácil nos tempos actuais.
    Manuela

  • Mauro
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    Oi Norma, hoje não vim ao blog ainda postar, ao meu blog, hoje estou uma parte da tarde fazendo mudanças no blog da Igreja do Porto, olha aqui, http://igrejadoporto.blogspot.com/
    Com calma retorno ao teu blog e aos outros para comentar mais calmo, estou bem, acho que melhor, mas quero ver se faço uns exames mais adiante.
    Beijos, obrigado pela visita, Mauro

  • Luma
    Responder

    Li um livro recentemente que fala justamente destes dramas atuais e dentre as histórias apresentadas, uma me chamou mais a atenção. Um casal de namorado bem sucedidos que não queriam deixar suas casas para trás, não queriam desfazer delas em prol de uma única casa e resolveram cada um continuar morando em sua casa. Achei a idéia interessante, porque eu sem querer adotei esse modo de viver a dois, mas incompatibilidade dos lugares onde moramos. O casal estando a fim de ficarem juntos, tudo se resolve! Boa semana! Beijus,

  • leci irene
    Responder

    Bom dia!!!!!!!!!! Casar é compromisso sério. Eu fui a clássica mãe solteira. O pai da Raquel mandou-se logo que ela nasceu.Não quis nem registrar. Olha, até ela casar, eu fui mãe e pai. Depois que ela casou é que resolvi procurar meu par perfeito. E então encontrei o João. Casei depois dos 50. E sou feliz.

  • Débora
    Responder

    Mamy…esse texto se identifica muito comigo, pois vc sabe como ninguém como corri atrás desse SONHO!! Tinha sim o sonho de fazer uma MEGA FESTA, COM TODOS AS COISAS QUERIA…VÁRIAS LEMBRANCINHAS, VÁRIAS CORES…nunca mais vou me esquecer das nossas “discussões” sobre cores, lembrancinhas…mas por trás desse SONHO concordo plenamente com você que o casamento não deve ser o objetivo, mas a conseqüência de uma relação baseada no amor, cumplicidade e respeito. MAS MEU CASAMENTO FOI PERFEITO…NÃO ME ARREPENDO DE NADINHA…E AINDA POR CIMA COM O MARIDO MAIS FOFO, LINDO E FELIZ DE TODOS!!!! E é claro que sem a ajuda da minha mamys querida eu não teria realizado esse sonho…não só financeiramente, mas sim e mais importante carinhosamente….me deu toda força!!
    TE AMO MAMYS!!

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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