Caminhantes do século
Caminhar pelas ruas, ação tão natural, faz parte do nosso dia a dia. Contudo, virou perigo. Hoje, as calçada com seus pisos incertos somam-se aos seres que andam cabisbaixos, olhos fixos nos seus celulares, como risco para quedas.
Incrível como somos invisíveis. Tenho o hábito de caminhar atenta a tudo e a todos e fico pasma como os choque dos corpos podem ser frequentes, tendo em vista que a maioria das pessoas não estão interessadas em quem passa ao seu lado ou a sua frente. Por outro lado, nas caminhadas é comum as pessoas estarem com o fone nos ouvidos, conversando. Assim, a distração é continua…
Pensando neste sentido tive uma inspiração poética, uma vez que tudo pode ser dito nesta forma.
OLHOS DO VÍCIO
Se tu passas
não me vês
E quase me atropelas
Que posso pensar?
Mundo estranho!
Todos pegam seu caminho
e nada veem ao redor
Eu atento para não ser empurrada.
Passas, passas ligeiro
Será que vais chegar?
Na sua tela
Quanta paixão!
Quantos são?
O que importa
com quem falas
o que lês
se o teu olhar é
para o celular.
Grata por sua visita
Norma Emiliano
Imagem NET
Comments
chica
Ótima expressão dos dias atuais… Caminhar por vezes perigoso em todos os sentidos, pois até nas calçadas atropelados podemos ser de todas as formas. beijos, lindo domingo!chica
roseliadosreisbezerra
Boa noite de domingo, querida amiga Norma!
Uma febre que nos deixa atônitos.
Quando estou com quem amo, celular é só para música de fundo, para relaxar, não mais…
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Anete
Bem realistas e oportunos, texto e poema. Vivemos dias onde a superficialidade, pressa e egoísmo se multiplicam. Precisamos mesmo abrir mais os olhos e coração para andarmos pelos caminhos!
Vamos adiante, com fé, esperança e AMOR…
Bjs
Calu
Pois é isto, tantos olhares vazios das belezas e das possibilidades interessantes que circulam ao vivo e a cores. Tanto ofertório e pouco aproveitamento .
Bjo grande,
Calu
toninhobira
Uma bela observação crítica do comportamento humano no mundo conectado, para uma maravilhosa inspiração poética sobre o vazio da vida, o alheamento cronico.
Belo trabalho Norma, lindo lhe ver tão integrada ao poetizar belo.
Beijo amiga.