Avós e netos

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Li um texto que  traz um levantamento bibliográfico sobre a influência dos avós para os netos e  senti vontade de trazer alguns recortes para compartilhar.

 “Pais são para criar e avós para estragar”: Será? Autoria  Dias Cristina Maria in Fundamentos de Psicologia.2008

 

 

“A imagem dos avós atuais não está mais restrita a pessoas que descansam na cadeira de balanço, mas, muitas vezes, trata-se de pessoas ainda ativas profissionalmente e que acompanham seus filhos e netos até a idade adulta .”(FRUTUOSO, 2005).

– Dias, Costa e Rangel (2005) pontuam que “a maior expectativa de vida do ser humano tornou possível a convivência entre avós e netos por um longo período, o que não ocorria há algumas décadas atrás. Existe, inclusive, a possibilidade da convivência com a quarta geração, a dos bisavós”.

 – Pessoa (2005)” observa que o papel dos avós se caracteriza pela gratuidade de atenção, amor e carinho, embora a responsabilidade da criação seja dos pais. Havendo respeito mútuo entre avós e pais, não haverá prejuízos à autoridade paterna e ao desenvolvimento dos netos”.

 – Kardiner “salientou que os avós sentem suas vidas físicas serem continuadas pelos netos e que a culpa sentida por eles em relação aos filhos pode gerar atenção exagerada aos netos,”

 Jones ” os avós ajudam a diminuir as ansiedades infantis”.

 – Walsh 1995, “os avós desfrutam de um vínculo especial com os netos, nutrindo por eles os sentimentos mais calorosos e felizes. A condição de avó preenche o anseio de sobrevivência do indivíduo, acarretando, portanto, a aceitação da própria mortalidade.”

 Baranowaki (1982)  a relação com avós e netos influenciam a maneira como os netos passam a encarar  os idosos, de maneira geral, o seu próprio envelhecimento”.

 Barros (1987), “a relação dos avós com seus netos é essencial para o desenvolvimento da subjetividade desses netos, que não têm como uma única referência os pais.”

 

A partir destas citações, refleti sobre qual delas  eu gostaria, a partir da minha experiência como neta,  comentar e escolhi a última.

 Em minha percepção sobre a construção da minha  identidade é visível como a personalidade da minha avó me possibilitou traçar um caminho de maior independência . Tive dois modelos de mulher, uma mediadora (mãe) e outra lider (avó): uma submissa (mãe) e outra autoritária (avó). Desta mistura, identifico que minha avó marcou muito minha personalidade no sentido de ser guerreira, bem como  ter sido a  fonte  para poder alçar  voos para além  do mundo familiar.

E você,  gostaria de comentar sobre qual ou quais das citações?

Norma Emiliano

 

Comments

  • chica
    Responder

    Não tive avôs nem avós marcantes e/ou presente, mas procuro ser. E não sou do tipo de estragar e sim educar com carinho e amor! beijos,linda semana,chica

  • luma rosa
    Responder

    Oi, Norma!
    Quando nasci uma das minhas avós já tinha falecido e a outra era bem velhinha. Apesar disso, ela deixou em mim toda a sua religiosidade, que não estava atrelada a religião alguma. Toda a minha forma de pensar as questões do universo, vida e morte, advém dela. Eu discordo da afirmação de que os avós não tem responsabilidade. Esse pensamento é antigo. Atualmente os avós participam da vida dos netos de forma tão integral que muitas vezes a criança confunde de quem é a autoridade 😀
    Beijus,

  • Yasmine lemos
    Responder

    Minha vozinha era linda ,cheiro de avó, e tudo mais.Passando pra deixar um beijo
    uma ótima semana

  • Roselia Bezerra
    Responder

    Olá, querida Norma
    Estivemos, no fim de semana, com a bisa dos meus netinhos… tudo bom demais!!!
    Vó e bisa não estraga não, ajuda e muito, isso sim!!!
    Bjm pascal

  • Lisette Feijo
    Responder

    Eu acredito que quando se ama se participa junto….
    Beijo Lisette

  • BethQ.Lilás
    Responder

    Eu acho que este pensamento:
    ” Baranowaki (1982) a relação com avós e netos influenciam a maneira como os netos passam a encarar os idosos, de maneira geral, o seu próprio envelhecimento”.
    tem muito a ver sim, pois embora eu não tenha tido envolvimento com meus avós, eles morreram quando eu era bem pequenina, vejo hoje naqueles que têm este envolvimento, este entendimento melhor para com os idosos e com sua própria caminhada pela vida.
    Dias atrás vi no Facebook a notícia de um rapaz de 23 anos que largou tudo para cuidar exclusivamente da avó amada que tinha Alzheimer. Ele ajudou-a muito, mas aprendeu muito com ela e com a vida.
    um beijo carioca

  • Toninho
    Responder

    Uma curiosa e interessante coletâneas de frases, pensamentos sobre a arte de ser avós.
    Todos tem lá suas particularidades e fundos de verdades, mas como tudo nesta vida tem exceção, aqui não foge.
    Mas a primeira é a que mais tem sido citada ao longo de minha vida e entre tapas e beijos tenho visto uma relação muito boa educativa e cooperadora. É preciso saber até onde o agradar é possível. Aqui mesmo na blogosfera tenho visto avós que participam ativamente da vida de seus netos e me parece sem choque com os país.
    O fato é que sinto muita saudade de minha avó paterna com quem pude conviver lá num cantinho de Minas, longe da cidade grande, por isso sempre a reverencio em minhas criações.
    Boa postagem Norma para uma rodada de reflexões.
    Gostei.
    Beijo.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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