Você pergunta – 20
Eu respondo
Este post faz parte de um projeto, assim sendo dirijo-me a pessoa responsável pela pergunta, mas de forma a trazer reflexão para outras pessoas que se interessarem em ler.
Há um autor, Minuchin, que através de sua teoria sobre a estrutura familiar, assinala, de forma muito própria, o fato de que na família cada um deve ocupar o seu lugar, ou seja, mãe ser mãe, avó ser avó, filho ser filho, pois cada um destes lugares corresponde um tipo de função. No momento em que a avó funciona como mãe, a mãe passa a ser irmã, nivela-se ao filho. Assim sendo, a questão dos limites e mesmo de valores podem ter sido apreendidos de forma confusa.
As interações familiares formam a identidade e influenciam na visão de mundo. Provavelmente, vocês fizeram e deram o melhor, mas o que será que ficou para ele? Quais valores seguir, ser fiel a quem? Mensagens contraditórias podem ter sido passadas.
Em relação a ser possessivo, parece-me que ele não teve outros irmãos ou primos convivendo juntos, o que daria aprendizado no compartilhar. Será que foi o reizinho da família?
A relação dele com a namorada deve ser construida por eles, sem que vocês intervenham.
Neste sentido, para ocorrer mudanças, seria necessário um trabalho em família, ou seja , rever papéis, padrões relacionais, resignificar valores, entre outros.
Norma
Comments
Socorro Melo
Norma,
É uma situação bem complicada, né? querendo ou não, num caso desses, a família sempre superprotege, na melhor das intenções. Às vezes até sufoca, no intuíto de dar a melhor educação, e não deixa margem para o aprendizado. Com certeza, na cabeça do jovem, a uma série de contradições, que só mesmo o tempo e a vida, irão ensinar. Desejo boa sorte à família.
Beijos
Socorro Melo
Élys
Creio , também que devido as circunstâncias houve superproteção…É difícil, mas penso que se deve usar o máximo de diálogo com o rapaz em todas as oportunidades que estiver acessível.
Beijos,
Élys.
Lizete
Acho este espaço muito especial, onde pessoas pedem ajuda e voce ouve-as e as orienta. Parabéns, Norma pelo lindo trabalho!
Questões familiares são mesmo complicadas e é onde todos nós mais aprendemos. Muitas vezes nossos filhos são mais nossos orientadores e mestres do que o contrário. Fico na torcida para que tudo se resolva bem para essa família, deixando uma dica para que procurem ler mais e se informar para poderem ter uma base melhor de como lidar com o caso.
Quero sempre estar por aqui, Norma, sabe que aprecio muito seus posts, mas a correria do trabalho às vezes me impede. Agora melhorou um pouco e cá estou. Beijos enormes e com carinho!
Toninho
Um caso complicado Norma, mas penso que estas teorias do Minuchin, relamente tem algo a ver com a referencia, que sempre ouvimos dizer, da figura paterna. E isto nos leva a refletir sobre as novas mdalidades de casais. Como serão estes filhos criados por pessoas de mesma sexualidade.
Um belo exemplo para uma trabalho Norma.
Meu abraço.
Beijo.