Soneto

  Soneto do amor demais   Não, já não amo mais os passarinhos A quem, triste, contei tanto segredo Nem amo as flores despertadas cedo Pelo vento orvalhado dos caminhos. Não amo mais as sombras do arvoredo Em seu suave entardecer de ninhos Nem amo receber outros carinhos E até de amar a vida tenho […]

Poetando

Olho as Minhas Mãos Olho as minhas mãos: elas só não são estranhas Porque são minhas. Mas é tão esquisito distendê-las Assim, lentamente, como essas anêmonas do fundo do mar… Fechá-las, de repente, Os dedos como pétalas carnívoras ! Só apanho, porém, com elas, esse alimento impalpável do tempo, Que me sustenta, e mata, e […]

Perdas – Maria Emilia

   “Dai a palavra à dor: a dor que não fala, geme no coração até que o parte”   William Shakespeare   Continuando a série  (PERDAS), temos a  participação da querida amiga Maria  Emilia  do blog olhosfechados . O relato e da sua autoria e imagem enviada por ela.   Minha primeira maior perda foi a minha […]

Poetando

Imagem WEB Hoje quero a calmaria de um novo dia e encontrei em Drumond  as  imagens perfeitas. Lagoa Eu não vi o mar. Não sei se o mar é bonito. Não sei se ele é bravo. O mar não me importa. Eu vi a lagoa. A lagoa, sim. A lagoa é grande e calma também. Na […]

Convite matinal

  Outono, romance, esperança Acorda  dia! Luz  invade o quarto,  sono desperta Desperta a vida. Com ela, eu  e  você neste espaço. Abro portas e janelas E lhe ofereço   (NE)   JANELAS ABERTAS Google Imagem   “Abra a janela do teu coração, deixe a alma arejar! Sabe aquele cheiro de mofo de sonhos que envelheceu […]

Poema dominical

“Sob o manto da noite que me cobre Negro como a profundeza de um polo a outro Eu agradeço a todos os deuses Por minha alma invencível Nas garras ferozes das circunstâncias Não me encolhi nem derramei meu pranto Golpeado pelo destino Minha cabeça sangra, mas não se curva. Longe deste lugar de ira e […]

Outro Carnaval

Natalia Rembold     Fantasia que é fantasia, por favor? Roupa-estardalhaço, maquilagem-loucura? Ou antes, e principalmente, brinquedo sigiloso, tão íntimo, tão do meu sangue e nervos e eu oculto em mim, que ninguém percebe, e todos os dias exibo na passarela sem espectadores?  Carlos Drummond de Andrade

Horizontes

  Na palávras sábias e poéticas,  encontramos grandes ensinamentos. O homem teima e fica acorrentado entre o passado  e o futuro;  o hoje passa e com ele a oportunidade de mergulhar na magia da vida.   “Dois horizontes fecham nossa vida: Um horizonte, — a saudade Do que não há de voltar; Outro horizonte, — a […]