Cada dia …Maria Emilia

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Nos contos de fadas, o bem e o mal são representados por príncipes, fadas e por monstros, lobos e bruxas. Nos contos de fadas, o sapo vira príncipe e com sua princesa vive “feliz para sempre”.  E nos nossos contos reais?

”  Momentos se perdem ao vento, são levados pelo tempo, de nada adianta chorá-los, é preciso, antes de tudo, vivê-los” Edgar  Morin

Quem nos proporciona caminhar por essas veredas da felicidade familiar é Maria Emilia do blog  Deolhos fechados.

Amigos

Toda família tem seus avessos, seus segredos, que de uma maneira ou de outra protegem e agregam seus componentes.Talvez aí resida a magia e o motivo de sua existência, pois reúne pessoas que embora fisicamente tenham as mesmas características, nas escolhas de como estar na vida são como se diz “iguais aos dedos das mãos”, completamente diferentes.

E o que trago, hoje, para esta Série é exatamente uma dessas diferenças. Ao olhar a foto desta família onde três gerações se mostram tão felizes, eu trago a minha História, que não é infeliz, é apenas diferente; hoje de tão comum já posa ao lado da foto que deu início à série, como, também, uma família – Avós, Mãe e Netos

ELE QUIS VOLTAR…


Ele quis voltar…E ela aceitou… Não sabia porque, mas aceitou. Mentira! Sabia sim…Sua vida inteira aceitou o que era certo ou o que aprendeu que era certo, muitas vezes sangrando por dentro, sem um único sorriso por fora… Apesar de estar bem feliz sozinha, o certo era seu filho ter um pai que dormisse na mesma casa, que todos os dias estivesse à mão, que à mesa fosse quem fizesse as orações antes das refeições, que aos sábados fosse jogar tênis com ele, que aos domingos depois da missa o levasse para a praia, para o clube, e junto com ela ajudasse seu filho a ir descobrindo que viver é uma aventura única, intransferível, pessoal e mágica. E, assim foi feito. Voltaram. O início foi engraçado … Engraçado?! Ahahah…Foi horrível. Durante o dia o silêncio era cheio de conversas. A noite, a cama…era a cama…tava lá. Mas nada era como antes. Tirando os momentos com seu filho, quando realmente a felicidade a abraçava, acarinhava, dava colo, fazia cafuné e injetava o ânimo de que precisava para não perder a lucidez, era no trabalho que ela conseguia manter sua identidade…Uma mulher ainda jovem, resolvida, competente, adorando o que fazia, em franca ascensão profissional… Aí sorria e gargalhava da vida madrasta que levava. Mas o que está certo nem sempre é o que consegue se sustentar e um ou outro lado se cansa da mesmice, da falta de perspectiva e a relação que já sofria da falta de tudo, um belo dia tem seu momento de verdade e então não há como manter o que não existe e os envolvidos descobrem que ninguém pode ensinar a uma criança sobre felicidade, sendo infeliz… Falar a uma criança sobre a plenitude do amor, se não a conhece…Falar a uma criança sobre verdade, se vive uma mentira…

Depois de encarar os problemas que porventura estaria causando a seu filho, ela não titubeou e desta vez foi ela quem agarrada a mãozinha de sua criança e com uma mala na outra deu as costas ao que era certo e foi em busca do correto para ela e para sua criança.

MariaEmília Xavier

Comments

  • chica
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    Linda história, decisão difícil…Mas bem tomada! beijos às duas,chica

  • Denise
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    Retrato dos nossos dias, mas uma história unica que mostra a de tantas mulheres, cada uma com a sua sina. Um texto forte, que em algumas poucas frases derruba todo argumento que pudesse contrariar a lógica do certo. Correto está que “não há como manter o que não existe e os envolvidos descobrem que ninguém pode ensinar a uma criança sobre felicidade, sendo infeliz… Falar a uma criança sobre a plenitude do amor, se não a conhece…Falar a uma criança sobre verdade, se vive uma mentira…”

    Maria Emilia, meus cumprimentos pela decisão difícil, pelo texto maravilhoso e pela coragem de buscar a vida.
    Bjo para as duas!

  • Lizete Ferraz
    Responder

    Bonita e comovente a história de Maria Emília. E o melhor e mais bonito, a sua força e coragem para sair em busca da verdadeira felicidade. E a sua lucidez para definir e enxergar o que era realmente o certo, o correto para a sua vida…
    Parabéns, minha querida! lhe desejo felicidades!
    Beijos com carinho…

    Beijos, Norma! obrigada mais uma vez por esses lindos momentos…

  • Valéria
    Responder

    Oi Norma!
    Que história bonita e comovente de Maria Emília! Uma mulher de fibra que não se deixou titubear pelo medo e optou em ir buscar sua felicidade em outro porto.
    Onde ela estiver, parabéns pra ela, não deve ter sido fácil!
    Beijinhos e tudo de bom!

  • Toninho
    Responder

    Interessante historia de vida que acontece a todo instante.Realmente Emilia jamais alguem consegue vender bem um produto em que ele proprio não confia ou tem conhecimento profundo,assim é impossivel vender felicidade,fazer felicidade quandoe esta não se faz presente em cada instante de nossas vidas,em cada suspiro.
    Bela construção para uma reflexão.
    Gostei e meus parabens por compartilhar.
    Um abração Norma e minha admiração.
    Bju.

  • Socorro Melo
    Responder

    Olá, Norma e Maria Emília!

    De fato, toda família tem seus avessos, e seus segredos, e nem por isso está fadada a ser infeliz…
    Penso que a protagonista desta história fez a coisa certa. Primeiro tentou uma solução, de acordo com seus princípios, para depois perceber que a vida não vale a pena sem amor. E deu um novo rumo à sua vida, diante do que a experiência de vida lhe ensinou. Amadureceu. Aprendeu. E se decidiu.
    Excelente participação.

    Grande abraço
    Socorro Melo

  • Roselia Bezerra
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    Olá, queridas
    Peço desculpas pela demora mas estive na roça por 7 dias… lá é tudo lento…
    Sangrar por dentro me chama muita atenção… A vida tem muito disso… muito a ver comigo em toda a minha vida… mas a resiliência acontece e disso sou testemunha…
    Bjm de paz às duas

  • Maria Emília Xavier
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    Norma obrigada pela oportunidade de encantar-me com histórias tão lindas onde o amor é a tônica. Suas Séries são um oásis dentro desse Mundo louco em que vivemos. Obrigada amigas por terem recebido tão bem uma história diferente e a você Norma por toda essa delicadeza que transcende a telinha do PC.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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