Despedidas
Temos presenciado a morte de muitos jovens em várias situações trágicas deixando – nos com o pesar da vida ceifada prematuramente e me detenho pensando nas despedidas que são constantes no viver. Não por acaso, encontro artigos, poemas e pensamentos e resolvo articulá-los no desenvolver deste post.
Li um artigo do Prof. Marcel Camargo que fala da perda e do luto ampliando o olhar para além da morte : “Quando nos separamos de alguém por outras causas que não a morte, também teremos um luto a ser enfrentado. Toda e qualquer forma de separação traz dor e saudades e também tem seu tempo de cura e cicatrização.”
Em Mia Couto encontramos um belo poema que nos aponta que “não há morte que baste para se deixar de viver”.
Aprendiz de ausências
“Morre
Como quem deságua sem mar
E, num derradeiro relance,
Olha o mundo
Como se ainda pudesse amar
Morrer
Depois de me despedir
Das palavras, uma a uma
E no final,
Descontada a lágrima,
Restar uma única certeza:
Não há morte
Que baste
Para se deixar de viver.”
Contudo, “Lembre-se, a morte é como o lançar de uma flecha. Enquanto ela tem impulso corta o horizonte, mas quando este lhe é tirado, ela cai ao chão”. autor desconhecido.
Esta é uma temática lancinante, pois a vida nos coage a aprender que” a gente tem que continuar, muitas vezes sem o que queríamos, de uma forma totalmente diferente daquela com que tanto sonháramos, tendo de sobreviver com ausências doída.” Prof. Marcel
Norma Emiliano
Grata por sua visita
Comments
taislc
O texto do prof Marcel Camargo está ótimo! Dolorido, sem dúvida. Mia Couto também, muito especial. Não sei como vou lidar com minhas futuras perdas… só sei que com as passadas sofri muito, é dor intensa, leva-se tempo para aceitarmos que a vida é finita. Sabemos, temos consciência, mas aceitar é dramático.
Beijo, amiga!
Roselia Bezerra
Boa tardinha de paz, querida amiga Norma!
Hoje, vendo noticiário, vi a dor dos pais e dos amiguinhos na tragédia da escola… muito duro… estamos um pouco de luto também…
Nosso ser fica pesaroso, sentido demais.
Qualquer separação é dolorosissima e a da morte é, mesmo que plena de conformação, muito tensa e angustiante. Leva muito tempo a cicatrização.
Muito bonito mais um poema seu, amiga!
Tenha dias felizes e abençoados por Deus!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Ailime
Boa tarde Norma,
Um post excelente, como sempre, analisando um tema bem presente.
As mortes principalmente de jovens são chocantes e traumáticas.
Muito belo o poema de Mia Couto e os versos finais muito sábios.
Um beijinho.
Ailime
chica
Maravilhoso texto e poema e o tema sempre nos choca ! E ainda mais quando ela chega para crianças, jovens …beijos, ótimo fds! chica
Majo Dutra
Hoje já encontrei outro poema sobre a morte, de Mia Couto.
No blogue de uma Amiga… o marido estava muito doente…
Assim ela assinalou o Dia da Poesia…
…
«morre-se tudo
quando não é o justo momento
e não é nunca
esse momento»
A morte prematura impressiona-me muito.
Terno abraço, Norma.
~~~~~~
Anete
… Com jeitinho/persistência estou conseguindo comentar pelo iPad, que bom! O seu blog é diferente da maioria nos comentários, isso dificulta, certamente!
Também p entrar, temos que fazer de uma maneira diferente.
Então, um post muito bom sobre um tema complexo. O ser humano tem o desejo profundo pela eternidade, diz na Bíblia/Eclesiastes.
É triste a morte precocemente e de uma maneira brusca…
Bjs e bom sábado…
Norma Emiliano
Anete que bom que está se adaptando. Eu só uso o PC. Assim, quando estou com tempo vou visitando a todos e me atualizando dos posters. Quando viajo, só leio no celular, não faço mais nada. rs.rs.
toninhobira
Gosto de ler e falar deste tema Norma.
Morte, perdas e desapego. Nascemos para transitar entre perdas e cabe a nós a arte de amenizar os danos.
Muito bem ilustrado com Mia.
Beijo