Corações perdidos
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“A dor é suportável quando conseguimos acreditar que ela terá um fim e não quando fingimos que ela não existe”. Allá Bozarth-Campbell
A morte de um filho, principalmente jovem, bem como a da mãe quando se é criança, provoca sentimentos ambivalentes, nos quais a culpa, a raiva, o desalento constroem muros, isolando as pessoas até de si mesmo.
O filme Corações Perdidos cruza as vidas de um casal (Lois e Doug), que perdera sua filha adolescente, e de uma jovem órfã (Allison) que perdera a mãe desde os cinco anos.
O silêncio impera entre o casal que não fala da morte e de nada que os incomode; na casa, o quarto da filha mantém-se intacto sinalizando a negação da morte. Allison vaga solitária pela vida sem amor a si própria, trabalhando como strip, sujeitando-se à prostituição.
Na trama, Lois, após a morte da filha, fica deprimida, não consegue sair de casa e sua relação com Doug é distante e conturbada. Ele vive uma relação extraconjugal, e a morte abrupta da amante o deixa sem direção. Porém, quando viaja à negócios, seu encontro com Allison lhe desperta os cuidados paternos e ele abandona a esposa.
Lois tenta superar seu pânico e vai ao encontro do marido e acaba também se envolvendo com as questões de Alison. No desenrolar do roteiro, Allison fará com que o casal lembre-se do real motivo que os uniu e sua relação com eles transforma suas vidas.
O luto é inevitável; superar a dor da perda é um processo cujo tempo é subjetivo, pois cada pessoa tem um “tempo emocional”. No filme os personagens encontram-se aprisionados à negação, “dormência emocional”. O cruzamento das histórias (casal e jovem prostituta) dispara o movimento para cura através da quebra do silêncio, da recuperação da autoestima e da mudança de hábitos.
Norma
Comments
chica
Não vi o filme, mas acredito que cada momento de luto deve ser vivenciado, não colocado sob o tapete…
Depois passa… beijos,lindo dia!chica
Yasmine Lemos
Acredito que tem que se chorar ,gritar,reclamar se revoltar ,depois a hora de tentar prosseguir embora a perda seja cruel.
Difícil fazer teorias..
beijão
Toninhobira
Bela indicação com sua resenha Norma, vivi algo parecido e entendo um pouco deste drama. Mas cada qual com seu tempo e sua capacidade de superação alcança a libertação. Vou procurar por ele.
Grato pela generosidade.
Meu terno abraço.
Bju de luz nos seus dias.
Valéria
Oi Norma!
É verdade, cada um tem seu tempo e com ele o aprender a caminhar depois com sua dor. Não vi o filme ainda, mas deve ser mesmo carregado de sentimentos contraditórios que é o que mais sentimos depois de uma perda e até convivermos com ela.
Beijo carinhoso!
C.
Tem silêncios nocivos, e esse é um deles. A dor tem que ser vivida até a última gota.
Bj
Beth Q.
Norma,
Isso é um seriado, não?
Acho que já vi e é bem interessante mesmo.
Mas fico aqui imaginando a dor que seria ver o quarto de um filho morto, seus pertences e como a ficaria as nossas vidas!
Quanta dor, Deus me livre!
bjs cariocas
Norma Emiliano
Oi Beth
Não é seriado, é um filme que vi no Rio e não faz parte da rede cinemark.
bjs
Denise
Superação acontece de maneira diferente para cada um de nós, mas todos já devemos ter vivido situações onde fomos postos a prova, enfrentamos desafios e crescemos vivenciando perdas de toda natureza.
Anotei o filme para assistir.
Obrigada por partilhar, Norma.
Beijos
Lizete Ferraz
Adoro assistir filmes de conflitos existenciais. Aprendemos muito.
bjs!