Criança, este é o seu dia?

eca

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CRIANÇA

Criança Cabecinha boa de menino triste,
de menino triste que sofre sozinho,
que sozinho sofre, — e resiste,

Cabecinha boa de menino ausente,
que de sofrer tanto se fez pensativo,
e não sabe mais o que sente…

Cabecinha boa de menino mudo
que não teve nada, que não pediu nada,
pelo medo de perder tudo.

Cabecinha boa de menino santo
que do alto se inclina sobre a água do mundo
para mirar seu desencanto.

Para ver passar numa onda lenta e fria
a estrela perdida da felicidade
que soube que não possuiria.

Cecília Meireles, in ‘Viagem’

Comemora-se, hoje, o Dia da Criança que foi instituído em 12/10/1924,   através do Decreto nº4.867, de 5 de novembro de 1924. Data muito bem aproveitada pelo mercado para aumento de suas vendas. No entanto, além de destribuição de presentes e homenagens,  desejo sugerir que este seja um dia para refletirmos sobre as reais consequências do Estatuto das crianças e dos adolescentes (ECA) na rotina diária das nossas crianças, sejam elas ricas ou pobres.

Ele insere a  criança como sujeito de direitos.

“A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, estabelece em seu art. 227,  os Direitos da Criança Brasil. O ECA regulamentou o art. 227 da Constituição, em grande parte inspirado nos Instrumentos  Internacionais de Direitos Humanos da   Criança, nos “Princípios das Nações Unidas para a prevenção da deliqüência juvenil”, nas “Regras Mínimas das Nações Unidas para a  Administração da Justiça Juvenil”e “Regras das Nações Unidas para proteção de menores privados de liberdade.”  Fonte

Portanto, deixo aqui espaço para esta reflexão: Quais os pontos positivos e negativos do  ECA sobre a vida das nossas crianças?

Norma

Comments

  • chica
    Responder

    Sugeres uma bela reflexão e ponderações…

    Pobres crianças de hoje…Só isso te digo!!! beijos,chica

  • Roelia Bezerra
    Responder

    Querida
    Pena que nem todos conhecemos o conteúdo do Estatuto!!!
    Crianaç precisa ser muito amada…
    Bjm de paz e ótimo feriado…

  • Toninho
    Responder

    Linda poesia da Cecilia Norma para esta bela homenagem com informações interessantes. Bela gentileza de sua parte.
    Sim amiga, devemos sempre refletir sobre as crianças no sentido de fazer delas,pessoas dotadas de direitos minimos,que seja o de ser criança. Ainda me maltrata muito a violencia estampada e crescente, apesar de estatutos e campanhas. As nossas leis em todas as áreas, parecem inoperantes e assim o desrespeito ainda prolifera solto. Neste dia leio no jornal Estado de Minas, sobre a acusação de uma violencia de assedio de um gerente de loja a uma menina de 9 (nove) anos de idade,isto me dá nojo e descrença das leis, pois bem sabemos que os envolvidos acabam por aparecer com um bom advogado e nos servir uma grande pizza estragada, azeda. Às vezes fico indignado como tem advogado para este tipo de crime, mas é o direito de defesa, né? É para mim um dos piores crimes, o contra a criança, inocente e indefesa. Será que vamos ainda ter de pintar a cara, parar a cidade, para fazer valer o estatuto, com punição severa?
    Enfim amiga, precisamos sim, denunciar e gritar e escrever por todos os lugares, que criança deve e tem de ser respeitada como criança. E que assim seja.
    Neste dia um carinhoso abraço de criança feliz e livre.
    Bju e toda paz e alegria na familia.

  • Maria Emilia Xavier
    Responder

    Nem em um livro de muitas páginas isso poderia ser respondido, amiga. O ECA nasceu avançadíssimo e assim continua para os dias de hoje, vinte e um anos depois. O que acaba prejudicando as crianças pois não há, ainda, em nosso País, uma infra estrutura que permita às famílias alcançar as condições para poderem cuidar dos seus filhos como o ECA preconiza e o Estado corre com suas “bolsa familia’, “bolsa escola” (aqui no RJ), “aluguel social” e outras tantas que sejam criadas. Em um País como o nosso – do “jeitinho” – onde cada um interpreta a sua maneira as Leis e nada acontece, eu diria, nesse momento, onde os poderes – Federal, Estadual e Municipal – ainda procuram seus papéis ( e olhe que existe já uma legislação) e não se entendem muito, que o Eca precisava de uma reformulação que o tornasse mais coerente a nossa realidade e isso evitaria tantas dores às crianças, às famílias, aos Técnicos da área- que vivem enxugando gelo ecom as próprias mãos – e ao Povo em geral, pois ver o futuro do Brasil espalhado no vício, usado pelo crime, se prostituindo por comida e tantos outros horrores constrangedores para seres em formação. Não é fácil, é desalentador.
    Desculpe escrevi demais.

  • josé Cláudio – Cacá
    Responder

    Direitos há para todos os cidadãos, mas o que os faz precisar de direitos? No caso das crianças, acho que é a subtração de algo que lhes é vital para a sobrevivência física e emocional que leva os adultos a criarem leis e proteções especiais. E quando o estado tem que assumir esta prerrogativa no lugar da família e da escola, é porque as coisas não vão bem no tecido social. Assim, como considerar um avanço o ECA? Acho que ele é mais uma prevenção a uma sociedade doente. Escrevi sobre isso no ano passado, por ocasião dos 20 anos do estatuto. (acho que você comentou por lá)
    http://uaimundo.blogspot.com/2010/08/eca.html
    Abraços, Norma e um ótimo dia!

  • Lizete Ferraz
    Responder

    Sim, é necessário regras, normas, direitos e deveres a serem cumpridos, mas de nada adiantam se não os colocamos em prática! Nós, adultos, educadores, pais e responsáveis é que devemos ter uma consciência maior do que realmente significa educar e criar uma criança.
    Infelizmente, o caminho ainda é longo, e muitas vezes, triste…

    Um beijo, Norma!

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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