Cartas de amor

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 Imagem WEB

Houve um tempo em minha vida  que escrever cartas era  sensacional. E você teve este tempo?

Lembro-me que passei alguns meses trocando cartas “dengosas” com um rapaz que conheci em outro Estado. O momento da escrita era de enlevo, fazia rascunho,  revisava  imaginando como reagiria a cada palavra; a espera da resposta  era ansiosa; a leitura de suas cartas despertavam-me muita emoção.

Em outros momentos,  escrevia e não me importava se ela chegaria ao destinatário ou se ficaria entre meus pertences. Essas eram uma forma de expressar sentimentos que  nunca foram  revelados.

Foi-se o tempo e com elas as cartas de amor… Passamos a usar os e-mails, mensagens em tempo real  com muitos sentimentos e emoções.

Nas palavras de Rubens Alves, “a carta só tem sentido quando os dois estão separados. A carta é um sinal de solidão. A gente escreve não para dar informação. As informações não têm a menor importância, porque elas não fazem parte da essência da carta de amor. O que faz uma carta de amor é o fato de que um tocou aquela folha e o outro vai tocar a mesma folha de papel. Assim, você toca a carta, mas o outro não está lá. É por isso que a carta de amor tem essa beleza triste.”

Como você sente estas transformações??? Ganhamos/perdemos/ganhamos , o que?

 Norma

Comments

  • Beth Q.
    Responder

    Norma querida!
    Eu não fui de escrever estas cartas, sabia?
    No máxio cartõezinhos em épocas como dia dos namorados, só! hehe
    Agora, esse final que Rubem Alves fala, de um e outro tocarem a mesma folha é de uma sensibilidade, de uma visão especial. adoro esse filósofo!
    beijos cariocas

  • Rute
    Responder

    Oi Norma,
    sou fã de carta em papel. Escrevi muitas cartas e recebi muitas cartas. Até mesmo quando estáva perto da pessoa, ou quando queria dizer algo importante… Quando vc escreve não é interrompido pelo recetor, não é influenciado pelo exaltar da conversa…
    Cheguei a ter brigas com meu marido em que preferia calar, porque ele não ouvia e se defendia a toda o minuto, não entendendo que não era acusação, era procura de solução. Ai, depois de terminada a briga, escrevia a carta, entregava-lha à saída para o emprego. Outras vezes até remetia por correio para o emprego dele. Quando quisesse que lesse e relesse longe de mim. Quando voltavamos a estar juntos a prespetiva já era outra e em vez de briga existia dialogo 🙂

    Na mocidade, gostava de cartas perfumadas, coloridas, com desenhos de bonequinhas… Escrevia para as amigas, para os namorados, para minha mãe…

    Agora são os emails sim… acabo por fazer o mesmo só que em vez de correspondência em papel, é eletronica. Mas como gosto tanto do toque e do cheiro do papel, costumo imprimir e guardar num dossier secreto 🙂 Até tenho dividido por separadores, namorado tal, amigo/a tal… tudo depende se há continuidade de escrita ou não.

    Ainda guardo todas as cartas que recebi. Tive um namorado que foi trabalhar para outra região e que enviava cartas diarias para mim. Cheguei a receber 2 por dia! Que sortuda hein!!

    Para terminar, quero-lhe pedir um favor… gostaria muito que visitasse meu post da BCFV porque fala de hiperatividade infantil e DDA. E como vc é terapeuta de familia… (entendeu né!).
    Beijo grande.
    Bom tema este das cartas. Escrevi para caramba, rsss.
    Rute

  • chica
    Responder

    Em meu tempo de adolescente, escrevia mesmo.Adorava,srrs…Tinha um namorado longe,Era o máximo escrever e receber… beijos,chica

  • Toninhobira
    Responder

    Ah, eu ja escrevi muitas cartas de todos os sentidos e me sentia viajando nelas.As amorosas eram um encanto assim me diziam as pessoas que tinham acesso. Talvez tenhamos perdido um pouco nesta mudança, no que se refere a inspiração e no ato de melhorar a escrita,bem como aquela busca ao dicionario para confirmar palavras, que acabava lendo outras palavras. Neste Natal passado uma amiga de blog criou o envio de cartoes via correio, achei lindo e engraçado,uma vez que há tempo nao recebia um de pessoas.
    Belo tema amiga Norma.
    Meu abraço com minha admiração.
    Bju de luz na sua arte.

  • Gina
    Responder

    Norma,
    Já escrevi tantas cartas de amor, que viraram um álbum, cuidadosamente guardado. Fiz um post sobre isso, quando completamos 30 anos de casados:
    http://nacozinhabrasil-gina.blogspot.com/2009/09/cartas-ja-nao-adiantam-mais.html

    Era um sintonia incrível. Morávamos em cidades diferentes e as cartas ajudavam pra diminuir a saudade.
    Bjs.

  • C.
    Responder

    Já troquei muitos e-mails de amor, o que considero como cartas também, e ainda melhor, por ser um bate-volta mais rápido, sem precisar esperar a boa vontade dos serviços do Correio lol!
    Mas acho um charme uma carta, algo muito pessoal e inesquecível!

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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