Preciso ser admirado

O reconhecimento é um desejo de todo ser humano e estimula ao desenvolvimento pessoal e profissional, mas quando esta necessidade é excessiva pode ser improdutivo, gerar baixa autoestima.

 Atualmente, evidencia-se o estímulo ao “estrelismo”, estar sempre no foco. O desgaste pode ser intenso, inclusive com a perda do si mesmo. A notoriedade é efêmera.

Há uma permanente busca pela aprovação e uma comparação com outras pessoas. Adaptação, palavra chave para não se sentir abandonado e frustrado. Ser o centro das atenções é a visão infantilizada. Por outro lado, o autorreconhecimento surge naturalmente quando as ações e talentos estão alinhados.

Sabedoria está em ter ações mais verdadeiras e uma conexão com os reais desejos. Acolher a si mesmo, em seus limites e ter gratidão pelas conquistas.

Como psicanalista Erich Fromm constatou: “O homem moderno entra em um conflito ao se perceber escravo daquilo que criara e ao perceber que apesar de seus conhecimentos a respeito da matéria, ignora as questões fundamentais da existência. E o homem quando se torna incapaz de fazer alguma afirmação com validade objetiva, torna-se presa de sistemas irracionais de valores: exigências do Estado, líderes poderosos e sucesso material”. Fonte

Quem muito quer, um dia fica sem nada. Perceber que a vida roda e que mudanças acontecem. e que reconhecimento próprio é essencial para o fluxo das conquistas

Grata por sua visita e comentários sempre bem-vindos.

Comments

  • chica
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    Bah,Norma! E como vemos esses ataques de estrelismo! Parece cada vez maior! E pior, não leva a nada, até faz efeito contrário,penso eu! beijos, lindo dia! chica

  • Lucinalva
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    Bom dia, Norma
    Ótima postagem. “Ser o centro das atenções é a visão infantilizada”, concordo plenamente, um forte abraço.

  • Roselia Bezerra
    Responder

    Bom dia de Paz, querida amiga Norma!
    Ontem li um texto de Mário Quintana que veio aqui bem a calhar, completando o pensamento do grande escritor:
    “Aos 70 anos: Ela olha pra si mesma e vê sabedoria, risos, habilidades. Sai para o mundo e aproveita a vida. ”
    E ainda diz mais, depois dos 80, põe um Chapéu de Flor e vai viver a vida (a sua).
    Estou aprendendo a chegar nos 70 do jeitinho que Mário disse acima.
    Estrela só no céu mesmo.
    Aqui, é luta incessante e vitória sobre nós mesmos.
    Gostei do tema tão atual de Big Brother no real… e em modo “turbo” constante (sem leveza nenhuma em viver), vive-se perdendo tempo em “vencer”, em derrubar o próximo, que tristeza horrível!
    Denegrir o semelhante para impor seu estrelismo barato.
    Bela abordagem com competência.
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos com carinho fraterno

  • Jaime Portela
    Responder

    Gostei da sua crónica, para ler, reler e refletir.
    Bom fim de semana.
    Beijo.

  • Olinda Melo
    Responder

    Olá, Norma

    Uma Crónica necessária nestes tempos em que as pessoas
    teimam em viver para fora, mostrar o que não tem, fazer-se
    valer pelo efémero. As várias formas de comunicação também
    incentivam esse comportamento que, por vezes, se torna
    doentio, como bem frisou.
    Tenha a continuação de boa semana, minha amiga.
    Beijinhos
    Olinda

  • toninhobira
    Responder

    Uma bela abordagem aos reis dos umbigos, que sofrem e padecem deste ouro de tolo dos narcisos desta vida.
    Ser o centro das atenções é um mal que atrasa e deprime quando não se alcança.
    Uma feliz quinta-feira amiga.
    Bjs

  • Verena
    Responder

    Ser o centro das atenções
    As redes sociais estão repletas destas pessoas.
    Gostei imenso da sua crônica, Norma
    Te desejo um abençoado fim de semana
    Beijinhos
    Verena

  • pedro luso de carvalho
    Responder

    Olá, Norma, quando fazia o curso clássico, veio-me às mãos um livro de Erich Fromm, cujo tema era a sociedade contemporânea, como gostei muito li na sequência, mais 3 livros do psicanalista alemão. Agora, lento esse seu belo trabalho tive a oportunidade de voltar um pouco aquele tempo, que já vai longe.
    Gostei muito dessa sua crônica sobre a necessidade de ser admirado, que para as pessoas tímidas, isso dificilmente ocorre, pelo medo que têm de se exporem (sentem-se melhor distante das pessoas e da multidão).
    Mas, talvez uma maioria queira ser admirado, como você diz com sabedoria. No meu entender nenhum desses tipos de pessoas serviria para mim, pois o importante é fazer alguma coisa de útil e ser feliz.
    Uma boa semana,
    Um abraço.

  • Ailime
    Responder

    Boa noite Norma,
    Excelente e muito atual a sua Crónica.
    Muitas vezes não é o querer ser admirado, mas principalmente quando o trabalho dos mais jovens, no mundo de hoje, nao é remunerado quando o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido é acima da média. Estes casos vão acontecendo e se não houver brio profissional, também é desmotivante.
    Beijinhos,
    Emília

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