A arte de viver

e amar em tempos de desastresJean-Yves Leloup

Vivenciamos momentos críticos de municípios, estados brasileiros em estado de calamidade pública em decorrência das mudanças climáticas causadas pelas irresponsabilidades humanas.

Momento em que a solidariedade se faz presente e que me traz alguns questionamentos sobre como é possível encontrarmos tranquilidade. Neste sentido, encontrei nos pensamentos, estudos, palavras do francês Jean-Yves Leloup, teólogo, filósofo, terapeuta transpessoal, escritor e padre da Igreja Ortodoxa Grega algumas importantes reflexões que me despertaram o desejo de compartilhamento.

“É possível uma consciência tranquila diante dos desastres anunciados?” Fonte

“Como entrar em contato com este lugar, com este espaço de paz e de silêncio, a fim de trazer de volta a superfície o eco desta  Paz das profundezas?”

Segundo este estudioso há um lugar dentro de nós que está tudo bem. Um lugar onde estamos em paz. Em analogia, refere-se ao fato de que há todos os tipos de ondas, de tempestades, de tsunamis às vezes na superfície do oceano. Mas no fundo o oceano é pacífico, tranquilo, é silencioso. Desta forma, reporta-se linguagem íntima que pode se processar no ser humano,“Fossélium”, luz de amor, luz do coração que se comunica de um ao outro, se viver num mesmo comprimento de onda.

“A consciência desta onda secreta, desta ligação,  secreta, luminosa e silenciosa, onde os impulsos de morte, impulsos destrutores são transformados, passando  pelo coração”, ou seja, os pensamentos nocivos e negativos são transformados à medida que atravessam o coração.

Seguindo em sua linha de pensamento, existe o novo no eterno. O novo nasce da fonte, trata-se da água que está sempre jorrando. Cada sopro que respiramos nunca tínhamos respirado antes, trata-se de escutá-lo e a fonte mais próxima do silêncio é na floresta, sagrada e mágica. “Antes de falar a língua dos homens,  falava-se a língua da natureza. Mas não compreendemos mais esta linguagem, nem mesmo da árvore, que vai ser  essencial, uma vez que é  ela que sustenta unidos o  céu e a terra, o mundo subterrâneo e o mundo celestial, mas também o infernal,  o obscuro, o plano humano, o mundo das relações e o mundo celestial, o mundo divino.” Desta forma, “estes mundos não são opostos, mas  devem ser mantidos unidos, integrados , e a árvore é o lugar desta integração, feita discretamente- […] Este é um ensino da floresta secreto. […] Consciência de que ao lado das forças que oprimem que quer nos dominar, há essa outra força que vem das florestas, das árvores e que nos quer bem. E o mundo poderia ser mais respirável. Jean-Yves Leloup Fonte

Estes ensinamentos abrem portas de luz e paz? Qual sua opinião?

Grata por sua visita e comentários muito bem-vindos.

Comments

  • toninhobira
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    Boa noite Norma.
    Uma bela postagem com criticas reflexões sobre os fenômenos da natureza em sintonia com o mau trato dado a ela. O que temos visto em cada ano, é uma severa manifestação de tudo de ruim que tem sido feito com a natureza e vem como reação, não diria vingança, pois a natureza é Deus, nunca vingativo. Temos um lugar que a paz vive em nós, junto deste um cantinho que se incomoda com tudo quem nos degradar, nos consumir. As lembranças das secas terríveis no nordeste e o desespero por uma chuva, muitas vezes não entendido por todos com discriminações às emigrações do povo da seca. Parece que o Deus olhou para este lado e já não se vê estes períodos severos, havendo até preocupação com os vários açudes transbordando. Em contra partida a mesma chuva nos grandes centros vem causando estragos irreparáveis, que faz o homem pensar no fim do mundo. Mundo que ele próprio vem em regra geral contribuindo sem o mínimo de compreensão ecológica aliada às grandes empresas na sanha de produzir mais sem regras ecológicas. Estou neste momento muito assustado com o que temos visto no Sul e que pode vir acontecer em outras regiões. Este silencio para com as florestas vai nos custar caro e o nosso cantinho de paz, por certo vai gritar num deserto. A gente precisa viver e reaprender toda arte de viver e se importar, com o que é de mais sagrado a sintonia com toda a natureza.
    Perfeito texto na partilha para atiçar as reflexões de comportamentos humano.
    Bjs e paz e feliz fim de semana.
    Que possamos em cada manhã ter melhores notícias do Sul, no sentido de haver possibilidades de reconstrução.

  • chica
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    É lindo o texto, Norma!
    Há tantas lições que a natureza pode nos ensinar e parece, os humanos não aprendem. Vivem as consequências do mau trato e desrespeito à ela e não praticam noções básicas.
    Bela reflexão; o que gostei de ler e destaco :cada sopro é um novo sopro nunca antes vivido. Saibamos todos aproveitar! beijos, tudo de bom, chica

  • Roselia Bezerra
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    Boa tarde de Paz, querida amiga Norma!
    A consciência passando pelo coração é o que nos levará a um bom termo.
    Ainda dará tempo? A ciência diz que não… a fé nunca se desespera de haver uma solução comum…
    Creiamos na empatia e na solidariedade, pelo menos.
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos com carinho fraterno

  • Verena.
    Responder

    A natureza fala mas o homem teima em não ouvir, Norma.
    Que este sofrimento no Sul tenha um fim.
    Um beijinho carinhoso
    Verena.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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