Disputa de famílias

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Este era um dia muito especial, nada poderia embaçar a felicidade que sentiam. Porém, a família deles não entraram em acordo em muitos detalhes. Sentia-se cansada de ter que contemporizar as discórdias. Sua última cartada foi afastá-las das decisões e se unir a Ricardo para finalizar os últimos  preparativos.

O dia amanheceu resplandecente, tudo estava pronto. Ás 10:00 horas estava marcada a cerimônia.  Foi para a sala, onde ouvia vozes, e não gostou do que via. Os pais estavam a discutir sobre os convidados, inconformados por não poderem chamar a todos que desejavam.

Resolveu ignorar e começar a se arrumar. As 10:00 em ponto estava pronta quando ouviu o telefone tocando. Era Ricardo que estava aborrecido com a família e lhe propôs uma decisão estratégica.

Sem pensar duas vezes concordou. Aguardou por 15 minutos, pegou seu bugue e saiu pela porta dos fundos da casa. Lá estava Ricardo com seu jipe esperando-a.

Rapidamente seguiram em direção ao recanto mágico que os uniu. Assim, no pico do morro, cercados pela exuberância da natureza, selaram sua união com o contrato explícito de que buscariam se ajustar às diferenças sem as interferências dos seus amados familiares.

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O conto retrata uma situação de estresse familiar  e coloca em cena um padrão que pode se cronificar e atrapalhar a construção  do núcleo que se inaugura com o ritual do casamento. O atravessamento das famílias extensas (pais, irmãos e avós) é inevitável, seja de forma explícita, seja implícita (crenças, regras, valores, etc),  no entanto o casal diante desta sua bagagem precisa selecionar, negociar e criar suas próprias formas de lidar com o cotidiano e  questões. Desta forma, estabelecerá fronteiras que lhe permitirá ir e vir  sem  que as diferenças familiares sejam ponto de atritos, mas de criatividade e complementaridade.

Norma Emiliano

Comments

  • chica
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    Adorei a atitude do casal, embora imagine as confusões que os aguardam no depois, que FATALMENTE virá!

    Entrar em acordo , combinações devem ser feitas na hora certa, com antecedência e não no dia da festa,não?

    beijos,linda semana,chica

  • Lúcia Soares
    Responder

    Mas demoraram a decidir, não precisavam esperar até o último dia, eu penso.
    beijo, norma.

  • marilene duarte
    Responder

    Norma, creio não ser esse o caminho, já que o casal conviverá com as respectivas famílias e elas lhes poderão ser muito úteis. Uma união distante delas, fictícia e escolhida em momento de frustração, não eliminará os elos, além de causar transtornos e sofrimento aos que esperam pela cerimônia programada. Bjs.

  • Suzana Martins
    Responder

    Uma atitude louvável. Seguiram em frente, buscaram a felicidade. Sem evitar discussões e/ou brigas foram ser felizes. A volta?! Depois eles contornam… rs

    Adorei Norma!!

    beijos e linda semana

  • Roselia Bezerra
    Responder

    Olá, querida Norma
    Muitos de nós já fizemos algo parecido e, mesmo sofrendo, foi o melhor que fizemos…
    Família que se intromete merece isso mesmo… Afinal, e a felicidade dos filhos onde fica? Depois do ‘que vou dizer pra sociedade’? Século passado tinha muito disso… graças a Deus , isso mudou…
    Bjm fraternal

  • Toninho
    Responder

    Uma situação muito critica que deve ser bem gerenciada para evitar a crise. Uma decisão ousada para fazer valer o amor que se sente, mas que carrega em si uma série de dores de cabeça.
    Bela postagem Norma.
    Beijo

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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