Uma palavra, um conto

Nesta blogagem coletiva, uma palavra é dada para a criação de um pequeno conto livre baseado na temática que a palavra suscita.

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A palavra 

Inutilidades

Renata vivia em um ambiente em que só era considerado útil o que tivesse serventia prática. Certo dia numa excursão do colégio conheceu Regina, uma mocinha gentil, alegre e de classe social diferente da sua. Mas algo as uniu, ficaram amigas; gostavam de conversar, fazer atividades do colégio e de lazer juntas.

No dia do aniversário de Regina, Renata foi convidada para ir a sua casa e, ali, em vários momentos, observou um clima muito diferente da sua família; os pais e irmãos falavam de certas coisas entusiasticamente, como se fossem de grande valia para cada um deles Houve por parte dela muito estranhamento.

Aguçada pela curiosidade, Renata perguntou à Regina porque tanta alegria e prazer ao se referir a uma árvore, do quintal, que não servia para nada, só crescia sem dar frutos ou florescer? E a resposta a surpreendeu:

– É que nós a cuidamos e o seu crescimento extraordinário nos deu muita satisfação.

“Os que vivem na graça da inutilidade não querem chegar a lugar nenhum. Porque já chegaram e […]entregam-se aos gestos loucos e inúteis-pela pura alegria de ser”. Rubem Alves, in Palavras para desatar nós, A árvore inútil, p.85.

Participações:

Chica

Rosélia

Verena

Toninho

Gracita

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