Poetando
Finalizo as homenagens dos poetas nascidos em setembro com Juvenal Galeno da Costa e Silva que nasceu em Fortaleza, CE, em 27 de setembro de 1836, e morreu na mesma cidade,aos 95 anos.
Seus versos reproduzem os costumes, as crendices, os folguedos, os sentimentos e a bravura do povo de sua terra.
Soneto
Quanta lucta, meu Deus, quanta aspereza
Nos caminhos da vida, em toda a parte!
Como a dor fatalmente se reparte
No reino, todos os tres, da natureza.
Do mais pequeno insecto, a mór grandeza;
Em tudo que, o viver térreo comparte;
Do mais ignorante ao de mais arte:
Dos humildes até á realeza.
É que tudo tem alma, evoluindo,
Que parte das maiores profundezas,
As montanhas mais altas attingindo.
E na longa ascensão, quantas surprezas;
Quantas vertigens; que mysterio infindo;
Que immenso labyrintho de incertezas.
Em: Fortaleza, 5, fev. 1907.
Norma
Comments
chica
Lindo soneto para finalizar essas homenagens de setembro!beijos,ótimo dia e fds,chica
Manuel Marques
Grato pela partilha.
Beijo e bom fim de semana.
josé cláudio – Cacá
Esse eu não conhecia,mas dou minhas vivas. Que belo soneto! Abração, Norma e ótimo final de semana.
Roselia Bezerra
Olá, querida
Passo pra ver o seu poetando tão lindo… e desejar-lhe um final de semana abençoado e feliz
Bjm de paz
lucia soares
E quanta verdade encerra, não? Poetas mais antigos eram (passavam a ideia, pelo menos) tristes, românticos, com uma visão bem pouco colorida da vida.
Ou a vida deles é que era sem graça, pode ser.
Gostei muito, principalmente da grafia antiga. Tinha um charme!
Beijo! (saudade de vir aqui!)
Milla Pereira
Quanta verdade em suas palavras, Norma! Um ótimo fds, beijo de saudade.
Toninho
Bela generosidade amiga, apresentação fantastica com na perfeita escolha do soneto, que retrata bem o relato de apresentação.
Belo poeta de Outubro.
Um abração amiga.
Bju.