Um sopro
Tenho o hábito de selecionar textos, poemas, frases que me tocam. Quando surge a oportunidade lanço mão deles para transmitir meus pensamentos e sentimentos.
O texto abaixo condiz com meus pensamentos sobre vários conceitos, entre eles da beleza e do crescimento pessoal. No entanto, a tragédia no Rio de Janeiro com a queda de três prédios trouxe-me a emergência de focar na efemeridade da vida, daí o título deste post: UM SOPRO.
Por intervenção, certamente divina, não perdi nesta tragédia um ente muito amado.
“A vida é um instante, um sopro”.
A beleza invisível
“As viagens sucedem-se e acumulam-se como as gerações;
Entre o neto que foste e o avô que serás, que pai terás sido?”
A única coisa que nós temos de fato é a vida. E com ela podemos fazer tudo, ou nada.
Pais, filhos e netos.
Buscar uma experiência de significação, trilhar a senda do auto-aperfeiçoamento.
A vida é um instante, um sopro.
Quantas gerações já vieram e se foram, quantas ainda virão e igualmente passarão…
Há quem sustente que é o amor das mães que mantém o mundo em seu eixo.
Memórias poéticas e afetivas.
Os pequenos gestos e instantes que se vestem de beleza e ternura o tempo.
O ato de observar é a única chave que abre a porta dos mistérios.
A paisagem de fora, a vemos com os olhos de dentro.
A paisagem é um estado de alma.
Na realidade, o que vemos está em nós.
Não vemos o que vemos, vemos o que somos…
‘Se podes olhar, vê.
Se podes ver, repara.’
Cultivar a quietude do espírito
como potência de transformação.
Ter um olhar capaz de discernir a beleza invisível.
A filosofia oriental nos ensina que
a mais bela imagem não tem forma.
Resgatar a beleza, a poesia e a espiritualidade
capazes de suavizar a nostalgia do Absoluto.
Cativar a via do Silêncio
dentro de nós.
Esta existência terrena é uma
oportunidade de despertarmos
da letargia e do sono.
Esta existência terrena
é a infância da Eternidade.
Uma oportunidade para nos
aproximarmos da Pura Luz
que habita nossa finitude”.
Desconheço a autoria, se souber, por favor informar.
Norma
Comments
Yasmine Lemos
Vendo tudo desta tragédia,vendo os choros ,agonia, desespero de mães ,pais e filhos etc.. percebemos como no texto mesmo diz : a vida é além de sopro uma percepção ,e dela não deixar de amar, de dizer, o que sente, de curtir quem a gente ama.Confesso que sinto medo deste mundo,dessas fatalidades. Muto bem escrito Norma.
meu beijo
tenha um fds de paz e que DEus possa aliviar a dor dessas famílias do Rio
chica
Lindo texto que faz refletir e que bom que tudo acabou bem pra tua família nessa tragédia aí no RIO..Coisa triste!beijos praianos,chica
Beth Q.
Querida Norma!
O texto é de Saramago, belíssimo por sinal.
Também sou assim, gosto de guardar textos que mexem comigo e este eu recebi a pouco tempo e gostei muito.
A tragédia do Rio, mais uma vez, abala nossos janeiros.
Ainda bem que sua pessoa amada estava longe disso.
beijos cariocas
Norma Emiliano
Oi Beth
Eu procurei saber no espaço que é dedicado a Saramago se o texto é dele e tive resposta negativa.
Norma
Denise
Pois é, e a gente tantas vezes trata com descaso a própria vida, perde tempo com bobagens e por bobagens, perde a vida…
O texto propicia profunda reflexão, boa escolha, Norma!
Um bjo, bom fds!
Toninho
Um belo texto que bem ilustra esta emoção diante de mais uma tragedia na cidade maravilhosa e sempre com uma proteção divina atenuando os efeitos. A vida por um fio,um segundo. Casos e relatos que nos fazem repensar e muito amiga.
Que Deus nos proteja sempre e cuide com carinho.
Um abração de paz.
Bju.