Amar não é tudo

“Se o amor fosse o bastante, as coisas seriam simples demais”. A. Camus
Com a aproximação do dia dos namorados o comércio lança suas flechas. Casais em diferentes etapas da vida sentem-se impelidos a troca de presentes. Muitas são as formas de celebrar essa data, do jantar à luz de velas até uma noite dedicada ao amor. O que representa este frisson?
Normalmente, quando duas pessoas se encontram e sentem – se atraídas, mantêm-se em contatos constantes. Tudo começa pelo “ritual de sedução”. Há um primeiro momento de entrega e os vínculos se constroem.
O amor é um sentimento cuja expressão ocorre de diferentes maneiras. No início dos relacionamentos parece fácil amar a outra pessoa, mas as diferenças de valores, expectativas, entre outras, aparecem com o tempo, gerando decepções.
Não há perfeições. O encaixe perfeito é um conto de fadas. Renunciar às idealizações iniciais, perceber as diferenças, respeitá-las e estabelecer uma relação de mutualidade são passos em direção ao crescer no amar.
No entanto, estar atento aos cuidados diários deste amor é manter vivo o tempero que dá o gostinho do querer mais….
É comum que a rotina diária envolva os parceiros e acomode os olhares e gestos que passam ao automatismo e levam ao distanciamento emocional.
A situação se agrava com o nascimento dos filhos. Os parceiros ao se tornarem pais, em sua maioria, direcionam – se ao grupo familiar e o casal desaparece esquecendo-se da magia da sedução.
O tempo da conquista é pleno de busca de interesses para satisfazer o outro, o tempo da rotina leva ao abandono da intensidade de perceber e tocar o outro. Fios tecidos na sedução criam a malha que sustenta e que pode apimentar o cotidiano.
Por outro lado, a intimidade e companheirismo fortalecem a conexão emocional dos parceiros ajudando-os a suportar as dificuldades que a vida impõe.
Investir na relação está além de uma data marcada no calendário. Lembre -se disto.
Norma Emiliano
Comments
Ana Karla – Misturação Misturão
Bom dia Norma!
Esse post hoje está me tirando.
Concordo que em regra geral é isso mesmo, mas me coloco em “encaixe perfeito” até hoje.
São 13 anos de friozinho na barriga, quando ele está para chegar. De alegria quando ele chega. E de conquista diária. Que parte dele também.
Nem gosto de falar, mas fiquei empolgada.
Claro que as vezes nos desentendemos, mas é raríssimo.
Que todos invistam na relação sempre de coração aberto.
Boa semana
Xeros
Norma Emiliano
Oi Ana
Este seu depoimento é excelente, confirma a idéia de que o investimento mantem acessa a chama relacional.
bjs
Denise
Amor apenas, não basta.
É preciso conjugar o verbo, transformar o sentimento em ação, atitude.
Amar demanda empenho, dedicação, determinação e entrega.
É preciso estar na relação, estar com o outro, e para o outro.
Não tem manual nem receita pronta – nem precisa, basta seguir as orientações que o coração envia…
Boa reflexão, Norma.
Boa semana, beijos
manuel marques
E quem não investir no amor, corre o risco de o perder.Bonito texto.
Beijos.
Toninhobira
Perfeitas suas ponderações sobre a arte de viver juntos, pois realmente é preciso recriar sempre superando as coisinhas que fazem de uma relação um lugar comum.Perfeita voce e feliz nesta postagem.
Uma bela semana a voce.
Abraços ternos de paz e luz.
Valéria
Oi Norma!
Concordo em parte com você, pois depois de muitos anos digo por experiência própria, 32 anos, me sinto romântica, apaixonada e o principal correspondida. O caminho tem pedras, mas uma sabedoria que acho permeada pelo amor fez e faz superar isso.
Beijão e uma linda semana!
Yasmine Lemos
Você foi cirúrgica Norma.A questão da alimentação do bem querer é coisa para poucos casais,uma espécie de sabedoria natural e super importante
beijos
Roselia
Olá, querida Norma
“O encaixe perfeito é um conto de fadas”.
Essa frase me encantou… assim penso eu também… Sou uma eterna Cinderela… com os pés fincados no chão (castelo)…
Bjs
P.S. Olhando a sua imagem sinto não ter tido pais que se amassem como eles… Pena mesmo!!! Mesmo terem vivido 56 anos juntos… O afeto deve ser manifestado… no meu ponto de vista…
Maria Emilia Xavier
Me encantei com seu texto. Meus pais viveram exatamente assim, alimentando a relação que construíram, independente dos quatro filhos. De nós quatro só um “aprendeu” a lição que eles nos davam dioturnamente.