Voos poéticos

Literatura contemporânea

Aline Rochedo Pachamama

“De origem indígena,  é historiadora, ilustradora, educadora, editora e escritora. Dirige o selo Pachamama Editora, formada por mulheres indígenas. Por meio dele, ela elabora e executa ações em prol da valorização e preservação das línguas dos povos originários e divulga as suas culturas a partir da história oral e memória, principalmente, de mulheres e anciãs.” Fonte

Fonte

Entre suas belezas poética, escolhi:

a alma de quem escreve

Ouça
A voz nos antecipa.
É a nossa identidade de som único.
Ela carrega o calor do nosso intimo.
E aquece a saudade dos que estão distantes.
A voz tem um mistério.
Você fecha os olhos, ouve a pessoa.
E consegue trazê-la para perto.
A voz acalma, a voz estimula, a voz repudia também.
A voz no sorriso transcende.
A voz de quem chora é abafada.
A voz de quem luta é firme.
A voz de quem teme é tremula.
A voz de quem canta é sonora.
E a voz de quem a gente ama revigora.
Perpassam na velocidade da luz e aqui ecoam, Na alma.
Repetem-se como terna ciranda.
Penetram as veias e chegam ao coração.
E lá, se expandem.
Ouça...

- Aline Rochedo Pachamama, 

Pachamama Editora, 2015.

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Comments

  • chica
    Responder

    Adorei a tua escolha, Norma e que belo trabalho esse de divulgação dessa cultura que a autora faz!
    Muito legal! beijos, chica

  • Mário Margaride
    Responder

    Boa noite, amiga Norma
    O povo indígena merece ser reconhecido e valorizado por todos os brasileiros, pela sua cultura e dignidade, e não ostracizado.

    Gostei muito deste belo poema. Um grito de alerta que nunca é demais que seja soado bem alto!

    Votos de boa semana, com muita saúde e paz.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

  • Maria Luiza Saes de Rezende
    Responder

    Bárbara de linda, penetrante e aguda! Ouça, que ouçamos todos o que perpassa nas almas. Amei!

  • Majo Dutra
    Responder

    Um poema original e muito belo…
    Seguramente será um prazer ler a simpática Aline.
    Agradeço a divulgação.
    Um abraço, estimada Norma.
    ~~~~

  • Verena
    Responder

    Interessante postagem, Norma
    Gostei muito de ler sobre a autora.
    Beijinho
    Verena

  • Olinda Melo
    Responder

    Aline R. Pachamama, adorei conhecê-la, ela que lança a sua
    Voz e dá-lhe todas as tonalidades, conforme o momento da
    história, do ambiente, do mundo.
    Muito obrigada pelo link, minha amiga Norma.
    Nem sempre consigo entrar no seu blogue, é verdade. Mas
    com insistência lá vou conseguindo. 🙂
    Os temas que nos traz são muito interessantes e úteis, com
    humanidade e fraternidade.
    Beijinhos
    Olinda

  • Ailime
    Responder

    Boa tarde Norma,
    Um poema magnífico que nos revela todas as potencialidades da voz!
    Gostei imenso, assim como da Autora, que merece ser lida e divulgada.
    Beijinhos,
    Emília

  • Mário Margaride
    Responder

    Olá, amiga Norma
    Passando por aqui, relendo este excelente texto, e belo poema que muito gostei, e para desejar um feliz fim de semana, com tudo de bom.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

  • Norma Emiliano
    Responder

    Por Mario Margaride

    Não conhecia a Autora que me deixou marcada a sua sensibilidade de escrita.
    A Alma é a Vida imaterial d@ Poeta, pelo que o que escreve e de lá nos chega, é Espírito partilhado.
    Adorei e V. Parabenizo a ambas.

    Beijo,
    SOL da Esteva

  • Roselia Bezerra
    Responder

    Boa tarde de Paz, querida amiga Norma!
    Creio que tenho sangue indígena.
    Tudo deles me atrai muito.
    Já passei em Porto Seguro por uma benção linda deles. Inesquecível.
    Seu post está uma benção na menção a quem muito merece.
    Tenha um final de semana abençoado!
    Beijinhos

  • toninhobira
    Responder

    Que maravilhosa colheita em seara alheia que você nos trouxe Norma. A voz que tanto inspira os poetas na transcedencia, aqui faz clara numa poesia de rara beleza e tradução do poder da voz em suas variadas formas de expressão. É preciso alta sensibilidade para captar em cada voz a essencia da pessoa e o que transmite. Lembro que Chico Buarque viajou pela voz e o dono da voz naquela sua arte de criação, assim ilustro minha leitura com esta passagem do Chico:
    “Porém, a voz ficou cansada após
    Cem anos fazendo a santa
    Sonhou se desatar de tantos nós
    Nas cordas de outra garganta”
    Grato Norma por apresentar com uma linda e generosa partilha este poema da Aline, que vou conhecer mais no link.
    Lindo fim de semana com a voz na garganta expressando sentimentos de sensibilidade.
    Feliz dia do amigo querida amiga.
    Bjs e paz no coração.

  • Catiaho do Blog Espelhando
    Responder

    Bravo!!!
    Linda publicação.
    Bjins de bom fim
    de domingo.
    CatiahoAlc.

  • SOL da Esteva
    Responder

    Não conhecia a Autora, mas também não me surpreende tão sublime Poema. Fico grato pela escolha.
    As dificuldades com o acesso ao Blogue, continuam. Enfim! Coisas da Net ou da Informática.

    Beijo,
    SOLO da Esteva

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