Um escritor me inspira

Em continuidade do projeto Um escritor me inspira, Mario Quintana, poeta, tradutor e jornalista brasileiro do Rio Grande do Sul. julho de 1906 – maio de 1994.
Em 1940, ele lançou o seu primeiro livro de várias poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966, foi publicada a sua Antologia Poética, com sessenta poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus sessenta anos de idade.
Poema Deixe-me seguir para o mar
Deixa-me seguir para o mar Tenta esquecer-me... Ser lembrado é como evocar-se um fantasma... Deixa-me ser o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo... Em vão, em minhas margens cantarão as horas, me recamarei de estrelas como um manto real, me bordarei de nuvens e de asas, às vezes virão em mim as crianças banhar-se... Um espelho não guarda as coisas refletidas! E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar, as imagens perdendo no caminho... Deixa-me fluir, passar, cantar... toda a tristeza dos rios é não poderem parar!
Bordar afetos
Carlos e Mara conheceram-se e se apaixonaram. Jovens e com muitos sonhos casaram-se e se apoiaram mutuamente; gostavam de como eram e da relação que estabeleceram, com respeito aos limites pessoais.
Tiveram filhos e os conflitos começaram a surgir. A maternidade trouxe dificuldades para Mara. Sentia-se acuada em seus projetos pessoais. Amava seus filhos, mas a tristeza se instalou.
Carlos percebeu que a vivacidade de Mara estava se apagando ao longo dos anos, e sugeriu que procurassem ajuda para se reorganizarem e a família fluísse com os direitos e deveres equilibrados e não houvessem mudanças de rumo que apagassem a chama do amor entre eles.
Na tecitura dos afetos pessoais e interpessoais o horizonte se abriu e a vida seguiu seu fluxo…
Norma Emiliano
Comments
chica
Muito lindos o poema do Quintana, que adoro e o teu conto.
Hoje deixo aqui minha inspiração:
Que nunca percamos a vontade de voar,
seja no céu, seja no mar…
Todos temos sonhos, imaginação, inspirações…
Tudo isso precisa bem fluir…
Não devemos deixar ou permitir que cortem as nossas asas, tirando essa vontade de alçar voos.
Sem isso, nos acomodamos simplesmente e estagnamos!
beijos, lindo dia! chica
Roselia Bezerra
Boa tarde de Paz, querida amiga Norma!
Gosto de Mário Quintana e sua simplicidade.
É preciso remar com calma e não abandonar o barco ao léu. A força do amor não pode ser pisoteada. Mudança das mares não deveriam destruir o amor, se ele existir.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
https://meumarsagrado.blogspot.com/2024/10/barquinho-amigo-de-verdade.html
tais luso de carvalho
Olá, Norma, ah, Quintana… sempre maravilhoso seus poemas! Teu belo texto é pura verdade, mas enquanto houver vida e saúde, haverá tempo para solucionar os problemas humanos. Os que enfrentarem, sem dúvida.
Excelente!
Uma feliz semana, paz e saúde sempre!
Beijo.
toninhobira
Deixai que fluam os rios e assim nossa travessia colorida, às vezes translucida com manhãs de inverno, mas seguimos. As nossas bordas vamos aparando e harmonizando num ambiente de delicadezas e gentilezas e a felicidade espia num canto.
Bela iniciativa que já tomou corpo e sua criação sempre bem elaborada dentro do poeta escolhido.
Muito bonito Norma.
Bjs e que a semana flua no afeto.
Valdelice Nunes
Sem dúvidas um grande escritor.
Ele te inspira e me inspira.
Norma,a literatura traz o simples da vida,com a beleza dos significados das palavras.
Boa noite,apareça sempre que possível!
Fá menor
Lindíssimo poema.
De facto a nossa vida é um rio que flui para o grande Mar. Não isenta de dificuldades no seu percurso, mas com Amor tudo fluirá mais fácil.
Beijinhos
Fá menor
Maria rodrigues
Lindo poema de Quintana, um poeta que adoro ler e muito aprecio.
Precioso o teu conto, é no bordar de afetos que a vida flui com harmonia e amor.
Beijos
Ailime
Bom dia Norma,
Maravilhoso o poema de Quintana e sua inspiração magnífica!
Um conto bem real e como era importante que todos tivessem o discernimento e possibilidades de procurar ajuda para abrir e ajudar seus horizontes.
Beijinhos,
Emília
Maria Luiza Saes de Rezende
Ô saudades do meu tempo de frequentar as bibliotecas do colégio e as públicas e eu era apaixonada pelos livros da escritora americana, que aos 3 anos de idade fora morar na China. Escrevia lindas histórias de amor e abundantes descrições dos costumes, da geografia, alimentos plantas. Marido e eu, líamos muito livros e minhas filhas nos seguiram. Quintana muito me marcou, ainda tenho um volume na estante, mas nem sei mais em que prateleira o coloquei. Feliz foi sua escolha, lindo poema e escrito seu! Abração!
Verena.
Gostei demais do seu conto e escolha, Norma
Quintana é grande poeta.
Minha participação aqui:
https://interagindocomosbichinhos.blogspot.com/2024/11/um-escritor-me-inspira.html
Lindo fim de semana
Beijinhos
Verena.