Em tempo de poesia
As duas flores
São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo,no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.
Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu…
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.
Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar…
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.
Unidas… Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!
Castro Alves
Comments
chica
Linda poesia!Bela escolha! beijos,ótimo feriado!chica
Calu
“Ai quem pudera…numa eterna primavera” como o poeta versejar por duas rosas unidas, catitas, amorosas, coloridas, enchendo as horas dos dias de suave suspirar.
Um florido dia pra ti, Norma.
Bjinhus,
Calu
Yasmine lemos
Coisa linda meu Deus! Arrepia!
beijos
marliborges
POETA é POETA.
Olha Norma, diante de uma poesia dessas, é forçoso concluir que o que a gente tem visto publicado por aí, se intitulando poesia, não passa de arremedo. Poesia é outra coisa, e aqui está uma. Eis aqui uma verdadeira POESIA! Parabéns pela escolha, valeu!
Bjs
Marli
Toninho
Castro Alves com uma visão tão linda das diferenças em sintonia recriando a beleza que tem seu esplendor na Primavera.
Sensacional.
Belo resgate Norma;
Bjus
Teresinha Ferreira
Olá Norma,
Essa poesia é encantadora!
Bom final de semana e bons fluidos.
Meri Pellens
Lindo!!! E profundamente inspirador!
Bjs… MP 😉