Homenagem
Marina Colasanti
Escritora, contista, jornalista, tradutora, poeta e artista plástica ítalo-brasileira nascida na então colônia italiana da Eritreia. Publicou mais de setenta obras para crianças e adultos. Seus textos são sempre com muitas metáforas e alguns contos chegam a ser poéticos.
Nasceu em 26 de setembro de 1937 e faleceu recentemente, 28 de janeiro de 2025,deixando um extraordinário legado.
Aqui um dos seus contos primorosos:
No mar sem hipocampos
Assim que anoiteceu, saiu para pescar. Peixes não, estrelas.
Afastou-se da casa, atravessou um campo até o seu limite.
Na linha do horizonte, sentado à beira do céu, abriu a caixa das frases poéticas que havia trazido como iscas.
Escolheu a mais sonora, prendeu-a firmemente na rebarba luzidia.
Depois, pondo-se de cabeça para baixo, lançou a linha no imenso azul, deixando desenrolar todo o molinete.
E paciente, enquanto a Lua avançava sem mover ondas, começou a longa espera de que uma estrela viesse morder o seu anzol.
Se desejar compartilhe nos comentários uma homenagem que gostaria de fazer.
Marina Colasanti. Do livro “Contos de amor rasgados” p 159, Ed.Roco, 1986
Grata por sua visita e comentários sempre bem-vindos.
Comments
chica
Linda e tão merecida tua homenagem à essa grande que recentemente partiu. Ficaram suas obras!
beijos, chica
Celina Pereira
Ecoando as palavras de Marina, agradeço pelas mensagens em cada texto que nos deixou, com palavras formando imagens poéticas inspiradoras.
Maria Luiza Saes de Rezende
Ah! Sim, gostaria de ter sido uma leitora muito mais assídua, dessa maravilhosa escritora, mas tenho dela uma obra infantil que guardo como se ela fosse de ouro porque eu o li num momento transformador que eu precisava compreender. O livro é “Um Amor sem palavras”, ED. Melhoramentos”, série Conte Outra Vez! Todinho ilustrado por ela! Joia rara sua publicação, Norma! Abração!
Teresa Silva
Bonita homenagem!
Bjxxx,
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pedro luso de carvalho
Pois é, amiga Norma, perdemos a grande escritora Marina
Colasanti, da qual fui seu leitor, vítima de pneumonia, debilitada que estava pela doença de Parkinson, que deixou seu marido Afonso Romano de Sant’Anna, também com 87 anos, que está acometido da doença de Alzheimer, como deixou também duas filhas.
Uma boa semana, com muita saúde e paz.
Abraços.
toninhobira
Uma bela homenagem com partilha de belo conto. Fico a imaginar esta paciencia na pescaria de estrelas. Marina trazia esta sensibilidade e arte no uso das figuras de linguagem aqui bem evidenciado.
Gostei Norma.
Na espera de novas homenagens deixo que seu bom gosto escolha.
Bjs e paz amiga numa feliz semana.
Lucinalva
Bom dia, Norma
Linda homenagem, não conhecia Marina, mas pelo conto que você compartilhou aqui ela foi uma bela escritora. Pescar estrelas faz o coração brilhar, um forte abraço.
SOL da Esteva
Desconhecia esta Diva do Contar. Alegra-me haver conseguido Postar nesta Autora que aqui é, merecidamente, Homenageada.
Grato pela escolha e partilha.
Beijo,
SOL da Esteva
CatiahooBlogEspelhando
Bela e merecida homenagem!
Costumo dizer que temos
ficado culturalmente
cada dia mais pobres.
Mas faz parte.
Vou amar receber sua
visita lá no Espelhando.
Bjins
entre sonhos e delírios
CatiahôAlc.
Majo Dutra
Foi muito agradável conhecer esta autora nesta excelente homenagem.
Acho a sua poesia tocante…
Norma, tenha um fim de semana doce e muito feliz.
Abraços
~~~~~~
SOL da Esteva
Merecida esta homenagem á Marina.
Não sei se fica registado depois de tantas tentativas para entrar no Link.
Beijo,
SOL da Esteva
tais luso de carvalho
Que lástima, eu gostava muito de Marina Colasanti, excelente escritora, contista, jornalista, tradutora e artista plástica. Ficou Afonso Romano de Sant’Anna, e muito doente.
Tristeza isso…
Linda homenagem, Norma!
Bom fim de semana,
beijo