Reflexões

Envelhecimento e finititude

Bordados folhantes
Verdes e secos
Pontos inevitáveis
Tempo...tempo...tempo...

Norma Emiliano

No nascimento já se inicia a contagem do tempo, mas na juventude parece distante a percepção da finitude. Não há idade para a finitude, mas inconscientemente na fase do envelhecimento as perdas diversas trazem este confronto, apesar de um consenso em reconhecer a variação de acordo com alguns fatores (hereditariedade, alimentação, nível econômico, entre outros).

Tenho observado no meu envelhecimento que explorar meu percurso de vida até o presente traz o balanço das conquistas e o que ainda me desafia e me motiva.

No entanto, sei que tenho apego à vida e que dos medos surgem pensamentos nefastos. A memória é o que nos conecta, entrecruza o passado e o presente, e inserida no movimento constante de mudanças impulsiona o futuro, delineando novos interesses.

O cotidiano é o espaço do exercício do autoconhecimento, de dar luz às sombras e gerar novas aberturas.

Não há, como nos contos de fada, enganar a sra. Morte. Portanto, “independente da etapa de vida, dar novos passos permiti-nos abandonar cada estágio com suas satisfações e encontrar respostas do próximo estágio […] O poder de animar as estações da vida é um poder que vive dentro de nós mesmos. ” Gail Sheehy. Passagens, 1990.

Grata por sua visita e comentários sempre bem-vindos.

Comments

  • Maria Luiza Saes de Rezende
    Responder

    Não sei o que fazer para continuar comentando nas suas postagens. Tive problema e minha neta trocou algo no meu site e agora dá problema no envio. Tente acrescentar esse: htps:/casadaalquimiaml.blogspot.com.

  • toninhobira
    Responder

    Bom dia Norma!
    É preciso sempre estar provocando esta reflexão de nossa passagem neste plano. Muito se diz, que envelhecer-se é uma arte que poucos se afinam e ou relegam. Viver anos e mais anos nos capacita a ver cada vez com nitidez nossa finitude, sem se assombrar, que é o que muitas vezes acelera este envelhecer. O buscar muito o passado em detrimento do presente, é um triste comportamento do ser. Filosoficamente nascemos para morrer, não tem como fugir, pois mais perfeita que seja a maquina humana. Poeticamente a vida quer da gente coragem e por esta vamos colhendo os frutos bons para o momento do desencanto sem pre-ocupar nossos neurônios.
    Gostei.
    Bjs e paz amiga na feliz semana.

  • chica
    Responder

    Linda reflexão e serve bem para o momento vivendo com mana em fase terminal! bjs, chica

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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