Era uma vez…

Ler e contar história antigo hábito, um precioso costume de comunicação, mas a contação de histórias surgiu muito antes de a escrita surgir.
Atualmente temos contadores de histórias profissionais que contribuem para espalhar o amor pelos livros e encantam crianças e adultos com suas palavras, vozes e emoções.
A partir de um livro, Histórias da Tradição Sufi, inicio mais um projeto: Era uma vez…
Assim, selecionei uma delas; são histórias-ensinamentos, atemporais e admitem vários níveis de compreensão. Se desejar coloque sua apreciação nos comentários.
O valor de um tesouro escondido.
Vivia na China um sacerdote rico e avarento. Amava joias e as colecionava, acrescentando constantemente novas peças ao seu maravilhoso tesouro escondido, que guardava a sete chaves, oculto de olhos que não fossem os seus.
O sacerdote tinha um amigo, que um dia o visitou e manifestou interesse em ver as joias.
– Seria um prazer tirá-las do esconderijo, e assim eu poderia olhá-las também.
A coleção foi trazida, e os dois deleitaram os olhos com o tesouro maravilhoso por longo tempo, perdidos em admiração.
Quando chegou o momento de partir, o convidado disse:
– Obrigado por me dar o tesouro.
– Não me agradeça por uma coisa que você não recebeu – disse o sacerdote. – Como não lhe dei as joias, elas não são suas, absolutamente.
– Como você sabe – respondeu o amigo, – senti tanto prazer admirando os tesouros quanto você, por isso não há essa diferença entre nós como pensa. Só que os gastos e o problema de encontrar, comprar e cuidar das joias são seus.
Referência, Histórias da Tradição Sufi, ed. Dervish, 1993. p.144.
Grata por sua visita e comentários sempre bem-vindos.
Os comentário aguardam a moderação.
Comments
chica
Muito legal o projeto,Norma! As historias e contos sufis sempre me encantam. E o amigo foi bem esperto. Mesmo sem ter ganho as jóias, agradeceu pelo fato de ter podido apreciá-las sem custo ou trabalho algum! Gostei de ler! beijos, tudo de bom,chica ( coincidentemente, um noovo projeto hoje num dos meus blogs! Espero gostes!)
Roselia Bezerra
Boa noite de Paz, querida amiga Norma!
Senti, imediatamente, nossos livros… nossos filhos…
Nada é só nosso… São compartilhados, certamente.
Mesmo tendo sido “investimentos nossos”…
Gosto muito dos Sufistas, Monges especiais com ensinamentos profundos.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos fraternos
toninhobira
Um boa ideia resgatar estas historias do Era uma vez, que tanto nos embalaram num tempo. Lembro de muitas que pedia bis sempre para minhas irmãs mais velhas ou mesmo dos meus pais. Era uma vez… despertava uma curiosidade e um prazer de viver aquelas historias.
Gostei desta e a mensagem que ela carrega, nem sempre ter é o prazer, pode-se ter apenas com a alegria e o desejo satisfeito.
Seja bem vinda Norma.
Bjs e paz amiga
toninhobira
Era uma vez… e assim a gente vivia momentos de encantamento, curiosidade e às vezes medo.
Bela ideia trazer os contos com suas mensagens como este sobre o prazer e o pertencimento.
Gostei.
Bjs e feliz semana.
toninhobira
Era uma vez.. e assim nossas noites eram encantadas com os finais de cada uma. Outras vinham como freios para nós meninos traquinas onde o tema era impor o medo. Gostei da sua iniciativa Norma e a história que trouxe, onde o pertencer vai além do ter.
Bela lição.
Seja bem vinda da pausa amiga.
Bjs e feliz semana.
toninhobira
Lindo dia.
Uma ótima ideia resgatar as histórias de um tempo de viver fantasias. Histórias que traziam uma lição. Até histórias para frear os ímpetos de criança acelerada.
Gostei desta primeira onde ser supera o ter.
Boa semana e bem vinda da pausa.
Bjs
Norma Emiliano
Amigo Toninho e demais amigos os problemas deste blog surpreendem, mas a persistência de vocês
traz alegria para mim.
Desta vez ao comentar alguns recebem mensagem de erro, mas o comentário entra, na espera da aprovação.
Ainda este semestre vou rever algumas possibilidades para não deixar vocês em suspense sobre o que comentam.
Grata .
Lucinalva
Boa tarde, Norma
Linda história, o contentamento faz toda diferença, ser feliz com o necessário, um forte abraço.
Verena.
Poder admirar as jóias deu tanta alegria ao convidado que ele se sentiu presenteado.
Interessante história que me levou a refletir, Norma
Um beijinho para você.
Verena.
tais luso de carvalho
Olá, Norma, que saudades me deu do “Era uma Vez…” não tenho visto mais isso por aí, não! Bem pequena adormecia com histórias curiosas, adoráveis. Ficou uma doce lembrança, aliás, nossas vidas, nossa infância foram feitas de doces lembranças, depois que a coisa vai ficando mais real, rssss.
Mas encantamento assim é coisa feita para crianças. Também contava para meus filhos. Muito encantadora essa sua postagem! Gostei desse seu Era uma vez…
Desejo uma feliz semana pra você, com paz e ótimas criações.
Beijo.
tais luso de carvalho
Olá, Norma, que saudades do “Era uma vez”, era a geração que nossos pais vinham com histórias singelas e lindas nas noites, para nos fazer adormecer com carinho! Hoje não escuto mais esse tipo de carinho, acho que o celular tomou o lugar dos afetos infantis. Eu ainda contava essas historinhas para meus filhos!
Gostei muito dessa sua postagem, recordações tão lindas…
Votos de uma ótima continuação de semana, com paz e criatividade que não lhe falta!
Beijos, amiga.
(Enviei o primeiro comentário, não sei se foi.)
Mário Margaride
Olá, amiga Norma!
Desta vez lá consegui aqui entrar.
Projeto muito interessante sem dúvida. As crianças, independentemente das novas tecnologias, gostam de ler e ouvir histórias. E esta que aqui traz é muito interessante. Gostei de ler.
Grato, pela visita e gentil comentário.
Beijinhos, e continuação de boa semana.
Mário Margaride
Norma Emiliano
Mario que surpreendente. Quando os demais sentiram dificuldade sua entrada aconteceu. Sabe nem sempre há lógica
no que acontece nas redes. Enfim, feliz que esteja por aqui. Grata
Angela Raposo Gonçalves de Melo Larré
Um tesouro só tem valor quando compartilhado. Apesar de escondido (no íntimo do ser), ele pode se tornar, de certa forma, de extrema ajuda e importância para quem não o possui, quando lhe é dado acesso. Vejo o tesouro como um conjunto de experiências que todos nós possuímos e vamos ampliando ao longo da vida, mas que, se não compartilhado, tornar-se-á sem valor algum.