Vida

Que se faz em vida.

Nada é permanente. A natureza nunca é a mesma. Cada dia é um novo dia, momento único. As estações se sucedem e já não têm suas características tão demarcadas.

No balanço dos ventos as folhas caem. As árvores com suas vestimentas coloridas de amarelo e dourado perfilam o caminho e dão uma atmosfera outonal a estação do inverno.

   Canto à folha
  
 Então a encontrei
 Levada pelos ventos
 Pousada no banco
 Diante do imenso mar
  
 Solitária, apresenta 
 As marcas do tempo
 A magia da vida
 Mas não o seu mistério.
  
 Transmutada em dourado
 Tem um brilho próprio
 Que no pó se fundirá
 Ao universo. 

Norma Emiliano

Fotos

MEMÓRIA DA ESPERANÇA
  
" Na fogueira do que faço
  por amor me queimo inteiro.
  Mas simultâneo renasço 
 para ser barro do sonho 
 e artesão do que serei.
  
  Do tempo que me devora 
 me nasce a fome de ser. 
 Minha força vem da frágil. 
 flor ferida que se entreabre
  resgatada pelo orvalho 
 da vida que já vivi.
  
 Qual a flama que darei 
  para acender o caminho 
 da criança que vai chegar? 
 Não sei. Mas sei que já dança, 
 canção de luz e sombra, 
 Na memória da esperança.
  
 (Thiago de Mello, em Poemas preferidos, p. 178)

Grata por sua visita sempre bem-vinda

Norma Emiliano

Comments

  • chica
    Responder

    As folhas e flores enfeitam na árvore e depois, ao chão caídas, jogadas pelos ventos…LINDO demais! beijos, ótimo fds! chica

  • Valéria C
    Responder

    Perfeitos poemas, num olhar divino!
    Fotos esplendorosas, na verdade mesmo o inverno parecendo outono, é lindo, essas cores dão um toque de beleza e impermanência em tudo. Adoro ficar observando…belas partilhas, querida, Norma!
    Bom sábado… aqui chovendo, mais frio, mas bem agradável, pra curtir a casa, blogar e ler belezas, como estas por aqui… beijinhos
    Valéria

  • verena
    Responder

    Cada dia é um novo dia, e este deve ser aproveitado ao máximo, Norma.
    Lindas as poesias e as fotos magníficas.
    Tenha um abençoado fim de semana.
    Beijinhos
    Verena.

  • Marli Soares Borges
    Responder

    Lindas poesias, quase uma ode à impermanência e renovação da vida.
    Ótimas escolhas, Norma.
    Bjs
    Marli

  • toninhobira
    Responder

    Uma bela junção de olhares para as mutações das estações em analogia com a vida que nos leva à reflexões da efemeridade. As cores e a perda destas, o que brilhava se fez translucido, Mas há um renascer, que sempre mostra este lado quente da vida. E as estações vem nos moldar os olhos em cada ciclo, haverá uma beleza em cada uma.
    Bonita inspiração neste olha praieiro muito além das areias.
    Gostei.
    Beijo Norma.
    Comportamento normal do blog

  • Ane
    Responder

    É verdade, a natureza ensina que nada é imutável, precisamos de fases… Eu amo o outono quando as folhas ficam amarelas ou vermelhas, acho lindo demais!

    Boa semana!
    Voltei para o “A Lua e eu”
    Beijos nas bochechas!

  • Graça Pires
    Responder

    Gostei do seu poema e do poema de Thiago de Mello, autor que aprecio bastante. As fotografias são lindas.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

  • Ailime
    Responder

    Bom dia Norma,
    Belíssimo seu poema sobre a folha, assim como as fotos de Outono.
    Lindo também o poema de Tiago de Melo.
    Um beijinho,
    Ailime

  • rudynalva
    Responder

    Norma!
    As folhas caem para renovar.
    cheirinhos
    Rudy

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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