Você pergunta (2)

Eu respondo
 Por que não consigo fazer amigos? Por que não consigo manter um relacionamento estável?

Este post faz parte de um projeto, assim sendo os  dados necessários para  a compreensão do problema me foram fornecidos  pela pessoa responsável pela pergunta, portanto dirijo-me a esta pessoa, mas de forma a trazer reflexão para outras pessoas que se interessarem em ler.

Cada pessoa é única em suas vivências, sentimentos e percepções. Assim sendo, as respostas fornecidas a cada questão são contextualizadas, não se aplicando  necessariamente a todos a todos os casos.

 

Você me trouxe fatos familiares que mostram que sua família de origem tem uma forma de se relacionar que imprime a seus membros a crença que “entre nós estamos seguros e que as diferenças são ameaças”.

Aprendemos a nos relacionar com as diversas interações que realizamos no decorrer da nossa vida. Estar com pessoas, observá-las, reconhecer suas diferenças e conviver com elas são imprescindíveis para termos amigos ou construirmos parcerias.

Pode parecer incrível, mas precisamos da autorização familiar para construirmos relacionamentos duradouros e saudáveis. Não são, simplesmente, as palavras que nos dão esta autorização, mas são principalmente as ações.

Portanto, responda para você mesma: como eram e/ou são recebidos os amigos, os cônjuges em sua família de origem?

Há famílias que tem suas fronteiras fechadas, exigindo dos seus membros uma lealdade que dificilmente poderão estar livres para relações mais significativas. As queixas e advertências da família geram culpas  e  ameaça de ser excluído,  uma vez que investir em elos com outras pessoas é sentido como traição e/ou interpretado como ameaça de abandono pelos membros familiares.

Neste caso, o foco dos investimentos são sempre  para a família, desde o financeiro até as relações amorosas que se tornam superficiais, descuidadas, podendo, inclusive, ser motivada pelo desejo de preservação da  espécie e continuação da família  ao gerar filhos.

Portanto,  não há crescimento e nem liberdade. Não existe a autocrítica; os representantes destas famílias são encarados como vítimas do mundo.

Pense: Para se realizar mudanças é necessário que se volte para dentro de si , para suas relações imediatas, pois os recursos estão lá. Não é simples nem fácil, “remar contra a maré”, mas as possibilidades existem. Considere o diferente como o seu horizonte e se sinta corresponsável pelos relacionamentos que tem construido. 

“O importante é ser capaz de ter emoções, mas experimentar apenas o próprio mundo seria uma limitação lamentável”. André Gide.

Norma

Comments

  • Adriana Alencar
    Responder

    Conheço pessoas provenientes de famílias assim e, realmente, seus relacionamentos amorosos foram desastrosos. Excelente texto!
    Beijo
    Adri

  • chica
    Responder

    Sempre a família com sua importância se mostra.naõ? beijos,tudo de bom,chica

  • welze
    Responder

    parabéns pela lindíssima participação na blogagem coletiva. palavras claras, oportunas. para se pensar. um abraço

  • Toninhobira
    Responder

    E assim pode-se notar a importancia da relaçao familiar na preparação e educação para a vida com todas suas mazelas e belezas a ser vividas.Não é um simples deixar nem um terrivel cercar. Bela suas informações com belas ilustraçoes.Lembro quando entrei para PUCMG, o entao reitor foi à sala e disse, que eles estavam preocupados não só em preparar engenheiros eleticistas, mas homens uteis e educados para a vida, que se estampava lá fora. Vou seguindoe gostando destas orientações.Grato NOrma.Meu abraço de paz.Bju de luz.

  • Astrid Annabelle
    Responder

    Olá Norma!
    A família do meu marido era assim…coisa de louco. Todos os membros agregados eram discriminados. Incrível que haja essa postura!
    Muito bom seu texto…muito.
    Li vários posts…e todos estão ótimos! Eu demoro para vir mas quando chego fico!!!rsss
    Parabéns!
    Astrid Annabelle

  • Beth Q.
    Responder

    Querida Norma!
    Muito bom seu texto, pois ajuda e facilita para aqueles que gostariam até de formar amigos, agregar mais pessoas ao seu convívio pessoal e diário, mas têm dificuldades. Conheço pessoas assim e percebo que sofrem realmente.
    Não é o meu caso , graças a Deus!
    beijocas cariocas

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

%d blogueiros gostam disto: