Você pergunta (3)

 Eu respondo

 

Tenho muito ciumes, a ponto de fantasiar situações da minha parceria e  não consigo parar com este tormento. O que posso fazer?

Este post faz parte de um projeto, assim sendo os  dados necessários para  a compreensão do problema me foram fornecidos  pela pessoa responsável pela pergunta, portanto dirijo-me a esta pessoa, mas de forma a trazer reflexão para outras pessoas que se interessarem em ler.

Cada pessoa é única em suas vivências, sentimentos e percepções. Desta forma, as respostas fornecidas a cada questão são contextualizadas, não se aplicando  necessariamente a todos a todos os casos.

 

Ter ciúmes é um sentimento comum e normal nos relacionamento, mas é negativo quando se torna um ciúme possessivo, e, neste caso é preciso de ajuda profissional.

De acordo com a Iara Anton ” Uma pessoa obcecada perde a visão do conjunto, e isso pode sim fazer com que ela fique distraída, descuidada, agindo por impulsividade. Quando existe uma obsessão ela fica centrada no foco desse problema, que no caso, pode ser o parceiro ou a parceira .”

 

Você teve experiências familiares que lhe marcaram com a insegurança: traições pai/mãe e alianças futuras entre você e sua mãe, quando não tinha ainda estrutura emocional para ser suporte.

Por outro lado, você não tem boa autoestima decorrente das cobranças que teve na infância, não consequindo satisfazer as expectivas, principalmente materna,  e , posteriormente,  por não conseguir ultrapassar outros obstáculos.

A sua falta de fronteira entre você e o outro confunde seu senso de percepção.

medo da perda é um agravante e o coloca num paradoxo, pois inconscientemente está afastando seu parceiro, criando  um distanciamento íntimo.

É importante que  entenda o modo de funcionamento de seus pensamentos e suas fantasias.

É necessário que aprenda a gostar de si mesmo e  perceba seu valor. A autoconfiança e respeito  pelo espaço do outro  fazem parte  do  processo de cultivar relacionamentos saudáveis. 

 Não faça da relação o seu principal sentido de vida, tenha seus próprios interesses; procure  investir no desenvolvimento físico, intelectual e emocional. 

Relacionar é compartilhar o EU.

O ciúme, o receio de deixar, o medo de ser deixado são as dores inseparáveis do declínio do amor.” (François de La Rochefoucauld)

Norma

Referência : Iara Anton. Homens e mulheres e seus vínculos.

 

Comments

  • chica
    Responder

    O ciuminho básico existe e até é legal, bem pouquinho…Quando extrapola, é doooooooooooose!!!beijos,lindo dia,chica

  • Ana Karla Misturação-Misturão
    Responder

    Ciúme é coisa séria.
    As vezes me pego nessa situação, mas trato logo de dispensar.
    Bom dia Norma
    Xeros

  • Beth Q.
    Responder

    Ciúme é coisa séria e que leva às vezes a morte de alguém.
    Mas, porque será que as pessoas que assim agem não percebem que estão com problemas? Isso é um caso para tratamento psicológico, não é mesmo?
    bjs cariocas

  • josé cláudio – Cacá
    Responder

    Não julgo a pessoa em questão mas quando isso se torna a manifestações dessas acumulações de carências advindas principalmente de uma infância conflituosa em família, os resultados dos relacionamentos são desastrosos, não raro. É preciso muita atenção mesmo, com relação à auto estima e comportamentos obsessivos. Muito boa esta sua nova seção, Norma, como soi ser tudo por aqui. Abração. paz e bem.

  • Socorro Melo
    Responder

    Oi, Norma!

    Muito legal esse projeto. Através dele, você, com certeza, orientará pessoas, que se encontram confusas, a tomarem novos rumos, observarem a vida por outro prisma, enfim.
    Bastante esclarecedora sua resposta, nesse caso.

    Um abraço
    Socorro Melo

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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