Você pergunta – 14

Eu respondo

Este post faz parte de um projeto, assim sendo dirijo-me a pessoa responsável pela pergunta, mas de forma a trazer reflexão para outras pessoas que se interessarem em ler.

Hoje, as pessoas já aceitam o namoro de homossexuais?

Esta é uma pergunta generalizada e, portanto, não caracteriza nenhum estudo da situação. Este é um post  informativo a partir do que foi perguntado.

Podemos pensar a homossexualidade contextualizada histórica e culturalmente. Ela sempre existiu, variando sua aceitação de acordo com as diversas sociedades. Assim sendo, a cultura é que determina sua marginalização ou não.

O termo homossexualidade (sufixo “dade” = modo de ser) é diferente do homossexualismo (sufixo “ismo”  significa doença em Medicina).

O homossexual significa “do mesmo sexo” e pessoas que se interessam sexualmente por indivíduos do mesmo gênero são chamadas de homoeróticas. Hoje, o termo mais utilizado é o de Orientação Sexual, principalmente por profissionais de saúde.

Atualmente, a discussão sobre esta temática tem mudado o foco de abordagem, deixando de trazer a dimensão patológica da diferença.  A sexualidade começa a ser percebida como uma construção, envolvendo a relação entre aspectos biológicos, sociais, psicológicos, antropológicos, políticos e geográficos.

Entretanto, é um aspecto da condição humana que tem profundo efeito sobre a vida dos indivíduos, das comunidades e da sociedade como um todo.

Enquanto fenômeno psicossociológico, o preconceito interfere no indivíduo exigindo- lhe uma ressignificação das características negativas assimiladas. Em muitos casos, traz a necessidade de mudanças amplas e concretas em sua vidai, inclusive  determinando-lhe a escolha de novos espaços de convivência e mesmo de trabalho que propicie uma vida identitária mais segura.

Por parte da família brasileira, quando há a revelação, ainda,  é freqüente a dificuldade de assimilação, tendo em vista  os sentimentos envolvidos, a mistura de frustração e culpa. É um processo, portanto necessita de um tempo.

Norma

Comments

  • Valéria
    Responder

    Oi Norma!
    Como é difícil para as pessoas assimilarem esta opção do outro e facilitarem uma convivênca e uma vida mais saudável. Vem de tão longe na história e ainda é revestido de tanto preconceito.
    Beijinhos e tudo de bom!

  • Lizete Ferraz
    Responder

    Voce me chamou a atenção para a palavra “marginalização”. Deixar à margem de, impedir de participar, colocar de lado, situar fora do que é o essencial, principal.

    Pensando assim, não é uma atitude de extrema arrogância e prepotência, seja a cultura e o povo que for, decidir colocar alguém à margem de ?
    Penso que antes mesmo do ser humano aprender o que é o amor, o que é amar, vai ter que aprender antes o que é Humildade. Comecei a filosofar…vou parando por aqui, senão escrevo uma carta. Mas este tema me chamou MUITO a atenção quando voce tocou nessa palavra, marginalizar. Incrível, não?

    Beijos, Norma!
    Liz

  • Lizete Ferraz
    Responder

    Marginalizar é horrível, é cruel…

  • Norma Emiliano
    Responder

    Oi Lizete marginalizar é cruel, mas temos esta ação em muitos esferas da nossa sociedade. É um bom tópico bem significativo para refletirmos sobre o SER humano.
    bjs

  • Toninho
    Responder

    Este tema Norma é sempre presente e não vejo mudança nas reações quando da percepção e ou confirmação. Recentemente convivi com caso de afirmação por parte de um afilhado ao assumir para a mae sua opção. O mundo caiu. De outra uma filha de um amigo que fez a opção e o mundo está cada dia mais turvo para ela e familia. Creio que é preciso um auxilio efetivo para estes casos, para romper as barreiras da intolerancia. O que mais se vê é a expulsão do meio familiar.É triste mas a verdade é esta,ainda temos muito que caminhar para esta relação deixar de ser traumatica.

    Gosto desta série pelo fato dela ser util a todos.
    Um carinhoso abraço da minha admiração.
    Bju.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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