Violência

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Qual a sua parte?

 

Quando pensamos em alguma situação pela qual não experienciamos, podemos ficar sensibilizados, mas não nos sentimos parte dela e/ou correponsáveis por ela. Até que ponto isto é pode estar certo?

Na perspectiva sistêmica acredita-se que todas as coisas estão interconectadas, mesmo quando imperceptíveis.  As influências são recíprocas.

Atualmente, a violência é a tônica dos nossos dias e são inúmeras suas formas de expressão. Ela sempre esteve presente na história da humanidade, mas, a cada tempo, ela se manifesta de maneiras e em circunstâncias diferentes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) consiste no uso de força física ou poder, em ameaça ou na prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade que resulte ou possa resultar em sofrimento, morte, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado ou privação.

De acordo com visão psicanalítica apresentada por Maria da Graça Blaya Almeida sobre as origens e os destinos dos impulsos destrutivos, nos humanos, todos somos potencialmente violentos, o que nos difere é a maneira de administrar essa agressividade. A autora também assinala que alguns encontram formas construtivas para canalizar a própria destrutividade. Contudo há os que, por influencia de fatores endógenos e exógenos, costumam descarregar nos outros a sua violência.

Desta forma, temos várias modalidades de expressão de violência, entre elas: violência contra a mulher; violência doméstica que a humanidade pratica contra suas crianças, adolescentes e idosos; violência policial; violência urbana; violência institucional (escolas, penitenciárias, abrigos), violência étnica, de gênero e social (desigualdade social e econômica); o processo da comunicação massiva, que provocam os impactos afetivos e cognitivos de tal conteúdo e da TV, em particular, na vida dos indivíduos e da sociedade. Para aprofundamento do estudo assinalo clique aqui 

Quando refletimos sobre algum ato de violência sofrido, imediatamente, não pensamos que temos alguma parcela de contribuição, contudo até que um ato ocorra, normalmente, houve um caminho percorrido, tendo em vista que o ato violento é caracterizado por um processo, construção relacional entre os envolvidos.

Como podemos perceber este é um tema de grande complexidade, levando a muitas pesquisas e interrogações. Mas fica aqui um convite para reflexão:

Em que eu contribuo para que a violência aconteça?

Em que eu contribuo para uma situação de violência em que vivo?

Norma Emiliano

Agradeço sua visita.

Imagem Net

Comments

  • roseliabezerra
    Responder

    Boa noite, querida amiga Norma!
    É um tema delicadíssimo e muito pertinente à atualidade.
    Vejo uma agressividade reinante entre os seres humanos cada vez mais crescente…
    Fico perplexa ao observar uma roda de poucas pessoas onde no diálogo sempre sai violência mesmo que sutil…
    O desamor está em alta entre seres que se dizem humanos…
    Mas sua informação é bem fundamentada e nos pontua o índice crescente da mesma.
    Estamos como pólvora no meio da sociedade… que lástima!
    Tenha dias felizes e abençoados!
    Bjm fraterno e carinhoso de paz e bem

  • Majo Dutra
    Responder

    Já andei próxima da violência, mas eduquei alunos na tolerância e no respeito pela paz.
    Quando uma sociedade passa por dificuldades de foro financeiro, as pessoas passam a andar agitadas e inseguras. È então que aparecem a agressão e a violência.
    Beijo, estimada Norma.
    ~~~

  • toninhobira
    Responder

    Poxa que beleza de texto para fazer pensar e repensar Norma sobre a violência que tem tirado o nosso sono e normalmente pensamos que somos apenas vítimas e pode ser muito o contrário. As coisas estão sim interconectadas, eu creio e assim consciente ou inconsciente acabamos por violentar seja por omissão, atos, brincadeiras. Engraçado que as vezes até quando pensamos estar ajudando, podemos estar violentando, exemplo como dar esmolas sem saber a real necessidade do pedinte. Já dizia o cantor Luis Gonzaga sobre este tipo de violência em dar esmola para um cidadão onde podemos estar a vicia-lo ou humilhando, sei que é complexo como você bem afirmou no final, mas várias ações violentam. Há que se ter todo cuidado com a questão familiar onde nascem várias modalidades de violência. Um assunto para ser desmembrado e bem discutido, principalmente nas escolas. Fui no link Norma e salvei o arquivo e me interessei em lê-lo (grato pela partilha). Nem vou tecer palavras sobre a violência perversa sobre as mulheres e jovens negros, bem como ao patrulhamento ideológico, religioso, sexual e outras tantas discriminações que violentam e criam violentos.
    Ótimo assunto que deveria ser divulgado e analisado por todos no intuito de descobrir causas e amenizar efeitos destruidores.
    Gostei e compartilho amiga.
    Beijo.

  • Norma Emiliano
    Responder

    Grata Toninho por seus comentários sempre tão expressivos, compartilhamentos e interesse por temas, que sei, nem sempre não muito atrativos, mas que fazem parte do contexto relacional.

  • roseliabezerra
    Responder

    Bom dia, querida amiga Norma!
    Citei você aqui:
    https://espiritual-marazul.blogspot.com/2018/07/nao-sou-puro-amor-sou-amor-puro.html?m=1
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

  • Majo Dutra
    Responder

    A minha admiração pelo excelente comentário do amigo Toninho.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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