Vamos aos encontros?

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Já se perguntou por que é tão difícil para você compartilhar passeios, viagens, lazer com outras pessoas ?

A convivência é uma das maiores dificuldades humanas, apesar do homem ser totalmente dependente de outros seres para sobreviver e viver.

A família é a primeira instituição que cuida, ensina e educa. A visão de si mesmo e do mundo começa na rede familiar. Para algumas pessoas, mesmo depois de pertencerem a outros novos grupos, ficam tão arraigadas às crenças, hábitos, padrões de comportamentos anteriores que lhes é difícil perceber que existem várias formas de se pensar e agir. Assim sendo, sentem grande dificuldade de perceber e aceitar o outro. Comumente, entram em conflito, magoam-se e acabam magoando o outro.

Há também aqueles que querem muito uma aproximação com o outro e buscam tanto agradá – lo que se descaracterizam. Neste sentido, os demais acabam não sabendo como lidar com ele/a e o (a) magoam sem se darem conta.

A boa convivência requer flexibilidade, tolerância e empatia. Contudo, nem sempre é alcançada, pois depende de todos que estão envolvidos.

Algumas pessoas misturam seus pensamentos com seus sentimentos, re atualizando as relações primárias (pai, mãe, irmãos) não resolvidas. Assim, passam a transferir indevidamente seus sentimentos as outras pessoas de forma reativa.

Ninguém atende totalmente às expectativas alheias. Ninguém advinha quais são os pensamentos alheios. Poder separar o “joio do trigo”, o que é meu do que é do outro é um primeiro passo para ter bons encontros. Por outro lado, também é importante perceber que diferenças não são defeitos e que nem sempre se pode fazer tudo do seu próprio jeito.

A palavra negociar não é exclusiva do mundo empresarial. No cotidiano, algumas vezes, ela se torna necessária para que todos possam ser contemplados nas soluções dos impasses.

Segundo o filósofo Espinoza, ocorre o mau encontro quando dois corpos se relacionam e um dos corpos procura destruir as relações características do outro.

Portanto, para uma boa convivência a aceitação do outro é imprescindível. O bom encontro eleva a autoestima, a alegria e promove a esperança.

“Planto flores no caminho para que não me faltem as borboletas. Foram elas que me ensinaram que o casulo não é o fim. È o começo. “ Day Anne

Norma Emiliano

Comments

  • Neno
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    Lindo post e bem reflexivo,Norma!
    Conviver com outros exige mesmo a aceitação das diferenças … Eu, confesso, sou bicho do mato e prefiro estar em família, não gosto de ajuntamentos e não sou do tipo de viajar com amigos. Nem pensar, cada um tem seu jeito ,seus horários, seus gostos. Nada pior que um querer invadir os espaços do outro, em nome de uma amizade. Sei de muitas viagens de casais amigos q1ue acabaram após essas viagens,sr…

    bjs, chica

  • Cássia
    Responder

    Oi Norma,
    Saudades, minha querida amiga! É sempre bom ler um texto como este! Bem escrito e abordando de um modo importante um assunto, que além de ser interessante é fundamental para todos nós. Bjs
    Cássia

  • Roselia Bezerra
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    Olá, querida Norma
    Um tema bem interessante!!!
    Gosto de estar entre pessoas tanto quanto gosto de solidão…
    A solidão e o silêncio me abastecem par ao convívio…
    Tenho vários reativos na família e somos todos de temperamento forte, graças a Deus, sangue de barata me deixa atônita… é uma covardia tremenda… ficar em cima do muro com desculpas esfarrapadas é pros molengas e é muito diferente de serenidade… a verdadeira eu a tenho em mim pela graça de Deus e busco por ela também (as duas coisas)…
    Quando fiz a pós em Terapia comunitária é porque tenho empatia por estar em grupos… é meu e não é porque escolhi… vem como dom, não mais…
    da minha infância me marcou muito as brincadeiras de roda com muitos primos… agora entendo porque…
    Vamos aos encontros sim… com grande ânimo e generosidade…
    Integrada, a gente galga alturas até mesmo da timidez…
    Bjm festivo de 2015

  • Beth Lilás
    Responder

    Viajar em conjunto? Não, não acho um bom negócio, gosto de liberdade de horários e de escolhas.
    Mas, o mestre Rubem Alves sempre nos dá boas dicas:
    “Experimentar a diferença das ideias mansamente é uma das evidências da AMIZADE.”
    E lhe digo que já experimentei, foi bom pra mim até um certo ponto e não tanto em outros, mas sei que precisamos trabalhar isso para vivermos bem em sociedade.
    um abraço carioca

  • Toninho
    Responder

    Que ótima esta postagem Norma e que feliz aplicação da palavra negociar.
    Você se supera nestes estímulos da busca do ser pelo ser.
    Se não se negocia com seu coração, encontra-se um infinidade de muros, barreiras.
    Basta uma acessibilidade para que tudo se torne pontes e o encontro seja mais que possível.
    Adorei Norma.
    Abração com carinho.
    Beijo

  • Jeanne
    Responder

    nossa, que demais, Norma. perfeito teu post. um lindo domingo, bjs

    http://0relicariodeemocoes.blogspot.com.br/

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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