Morada

 17367816-evde-iki-çocuklu-aile.-bir-eşi-kucağında-bir-çocuk-ile-akşam-yemeği-hazırlamak.-bir-koca-birImagem Net

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Os objetos só ganham significados com a presença humana.

Uma casa só ganha vida quando surgem os sons do afeto.  Cada peça tem um sentido, uma história para aqueles que consideram a casa como o seu corpo, que precisa ser movimentado, porém cuidado.

Onde está  o cuidado? No valor de cada peça? No uso cuidadoso compartilhado dos seus usuários?

Lembro-me da sala de jantar da casa da minha família de origem, uma grande mesa que reunia as pessoas a sua volta em várias situações: refeições, confecção de docinhos para os eventos festivos, jogos, estudos, entre outros. Podíamos dizer que aquele cômodo era o coração da casa. Lembro-me que gostava de ajudar minha mãe a ornamentá-la com vasos de plantas.

Quando visitamos museus de famílias imperiais, contemplamos os objetos e imaginamos as várias cenas ali ocorridas. Ás vezes, considero tristonhas essas visitas. Os móveis retratam uma época. Contudo,  faltam o seres com suas risadas, conversas, choros, reclamações,  carícias enfim os sons.

Visitar nossas antigas moradas,  reportam-nos a outros tempos e trazem saudades.

Fala- se  do “ninho vazio” que é um boa simbologia para pensarmos e repensarmos nossa morada em cada fase da vida familiar.

Norma Emiliano

Comments

  • chica
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    Belo texto e faz refletir! Vale sempre! bjs, chica

  • Lúcia Soares
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    Verdade, Norma. Uma casa tem que refletir quem são seus moradores.
    As pessoas é que dão vida à casa, transformando-a em lar.
    As boas lembranças sempre remetem a pessoas, raríssimas nos remetem a objetos como importantes sozinhos.
    Você sempre associa um objeto a uma pessoa que ali habitou.
    Agora vivemos eu e marido, como começamos, e esse “ninho vazio”, se não bem cuidado, acolhendo os agora apenas visitantes, não sobreviveria se não houvesse aqui muitas lembranças, de pessoas e de objetos que partilhamos.
    Beijo, Norma.

  • Toninho
    Responder

    Uma bela reflexão Norma.
    Quando vou a Minas eu vivo muito esta coisa em particular, em casa de minha família, cada objeto me liga a uma pessoa e vem uma saudade daquelas. Em especial, um oratório onde minha mãe colocava seus santos e onde sempre parava para uma curta oração. Um moinho de ferro preso numa porta da cozinha, que quando criança eu e meu irmão disputávamos quem moía mais café. Com esta postagem fiz agora uma viagem e andei pela minha casa, que guarda um pouco de mim.
    Quando comecei a ler pensei ser um texto de Rubem, que bem escrevia sobre esta relação. Tem uma que fala da cozinha como a parte mais interessante da casa.
    Muito boa postagem.
    Beijos

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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