Eu e o outro

Uma visão sistêmica

 

fantasmasImagem NET

 

Os fantasmas nos rondam e nem sempre são percebidos.

 

 

Relacionamentos são a base da sobrevivência humana e, também, o seu maior desafio, pois consistem em confrontar diferenças e identificações positivas e negativas.  O amor e ódio habitam o mesmo espaço e atravessam por vezes os cotidianos familiares.

A aprendizagem amorosa ocorre no contexto familiar. A forma como fomos amados é o referencial de como amamos e nos sentimos amados. Nas ações e reações encontram-se o equilíbrio emocional, mola mestre dos diversos encontros na vida, seja amoroso, profissional ou de amizade.

Constituímo-nos de fios entrelaçados de interações, percepções e sentimentos que constroem a visão do si mesmo e do mundo.  Esta é a bagagem pessoal na qual se encontram os recursos que serão utilizados consciente ou inconscientemente nas escolhas, decisões e encontros. O sucesso ou insucesso na trajetória de vida fazem parte deste repertório. O ser humano, como parte de um contexto social, sofre influência e influencia. A corresponsabilidade é parte deste processo que impulsiona ao desvelamento dos fantasmas, ou seja, percepção dos conflitos não resolvidos com as relações principalmente primárias.

A tendência humana de repetição acarreta reações indevidas com pessoas ou com situações que são identificadas pelos conflitos pessoais embaçando a realidade, o aqui e agora. Por um lado, temos  cada pessoa como única em sua forma de ser e se expressar, pelo outro a condição humana de projeção e identificação que atravessam as relações em sua comunicação.

Reconhecer que cada pessoa tem sua história, vivências, forma de defesas, de organização do seu pensamento e do mundo é um grande passo para respeitar o direito do outro ser quem ele é. Dessa forma, é importante não julgar, muito menos considerar que seu projeto de vida é extensivo a todos e, possivelmente, ser mais empático, tolerante com as diferenças. Somos produtos e sujeitos da vida, temos nossos limites e aqueles dos outros seres que nos cercam; lidar com isto é complexo, mas essencial para encontros mais saudáveis.

Norma Emiliano

Comments

  • chica
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    Saber lindar com todas essas diferenças que cada um traz do seu círculo não é tarefa fácil.Mas é necessária! beijos,linda semana,chica

  • Maria Luiza Saes de Rezende
    Responder

    Vivo repetindo aqui que cada um é cada um e respeitar isso nem sempre é fácil, pois implica em muitas coisas, situações. Tento muito me colocar no lugar do: e se fosse eu! Mesmo assim as zonas de conflito existem para nos lapidarmos e ás vezes ignoramos! Feliz semana! Um abraço!

  • Maria Luiza Saes de Rezende
    Responder

    O Blogger anulou meu comentário dizendo que eu já disse isso! Impossível! Norma seu texto está perfeito. As zonas de conflitos precisam existir. Precisamos disso para os acertos finais! Um grande abraço e feliz semana!

  • RUDYNALVA SOARES
    Responder

    Norma!
    Concordo, a arte de se relacionar é complicada, entretanto importante. Temos de aprender a compreender o outro e nos colocarmos em seu lugar para a convivência ser intensa e boa.

    Desejo uma semana abençoada, cheia de luz e paz!
    cheirinhos
    Rudy

    “Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.”(Confúcio)

  • Anne Lieri
    Responder

    Oi Norma! Acredito que em todo tipo de relação devemos ser flexiveis e ter a mente aberta. Excelente seu post! bjs,

  • Yasmine lemos
    Responder

    “A forma como fomos amados é o referencial de como amamos e nos sentimos amados.”

    Boa noite querida Norma,
    vim ler seu excelente texto.Cuidadoso e nas entrelinhas a verdade sobre o amor e suas decepções as quais temos que enfrentar e conviver.A frase que escolhi ,cabe muito sobre como penso, até porque somos ensinados a amar ou odiar,somos frutos de um ambiente e suas reações.Em determinados momentos ,consegui sobreviver por amar demais.
    beijo grande e parabéns pelo post

  • Lúcia Soares
    Responder

    Sem dúvida que o respeito ao outro é a base de uma relação, Norma.
    Cada um é um, mas a convivência nos torna mais ou menos iguais, dificultando a individualidade, pois temos que seguir regras de família, depois de vida social, e nem sempre podemos nos mostrar como somos, integralmente.
    Por mais que o meio nos influencie, convém que nos encontremos conosco mesmos, afastando de nós o que é desagradável e reforçando o que nos dá prazer, do que vivenciamos na família. É preciso, sim, muitas vezes, exorcizar fantasmas…
    Beijo e boa semana.

  • marliborges
    Responder

    Oi Norma!
    Vivo dizendo que a empatia é a grande carência do mundo. Seu texto reforça isso. Sem empatia, difícil tolerar as diferenças.
    Bjs
    Marli

  • BethQ.Lilás
    Responder

    É verdade! Vivemos num mundo hoje de competições em todos os sentidos, assim como de variadas ideias e conceitos, se não tivermos esta flexibilidade, não conseguimos fazer amigos e nos distanciamos cada vez mais do relacionamento social.
    um abraço carioca

  • marilene
    Responder

    Não creio que possamos amar alguém muito diferente de nós, o que não significa que não tenhamos que respeitar as diferenças, em prol de uma convivência harmoniosa. Nossas bagagens também dificultam certas relações e só esperamos ser , da mesma forma, respeitados. Bjs.

  • Élys
    Responder

    O ser humano creio, precisa se aprimorar mais nas suas maneiras de agir. Buscar entender que cada pessoa tem seus desejos, suas carências e seus sonhos, por isso acrdito que é necessário que se esforce para ser mais tolerante e assim buscar uma convivência mais harmoniosa.
    Beijos,
    Élys.

  • Giovanna
    Responder

    Tantos sentimentos tomam conta de mim nesses tempos que as vezes sinto-me impossibilitada até mesmo de comentar textos como esse. Porém, entendi que fiz o melhor e que as escolhas dos outros, são deles. Suas vivências e experiências são diferentes e por isso tomaram caminhos opostos pra chegar onde querem chegar. Tentando me livrar de culpas…difícil, mas tentando. Bjs Norma querida.

  • Toninho
    Responder

    Que belo texto reflexivo Norma.
    Reconehcer e saber o outro como unico.
    Daí vem a tão badalada tolerancia.
    Gostei amiga.
    Um abração e bela semana a voce.
    Beijo.

  • Vera Lúcia
    Responder

    De fato, os relacionamentos são um grande desafio, além de instrumento para nossa lapidação. Se, embora do mesmo berço, já se torna difícil determinados relacionamentos, imagine entre pessoas de culturas e berços diferentes. Respeito, tolerância e flexibilidade são fundamentais para que os relacionamentos possam ser sadios e ricos em trocas. E como você salientou muito bem, “relacionamentos são a base da sobrevivência humana”.
    Ótimo texto.
    Beijo.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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