Desafios

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Ser terapeuta não isenta ninguém de vivenciar momentos de tristezas, medos, perdas, doenças, entre outros que são inerentes à vida humana.

Nas palavras de Arthur Schopenhauer:

“Somos como cordeiros no campo, fazendo travessuras sob o olhar do açougueiro, que escolhe e separa um e depois outro para ser sua presa. Também é assim que, nos nossos dias bons, somos todos inconscientes do mal que o Destino pode ter reservado para nós — doença, pobreza, mutilação, perda da visão ou da razão.”

E aqui eu me recordo da última visita que fiz ao ortopedista e ele ao analisar o RX me diz:

“Sua coluna está gasta”. E eu penso, mas aos 66 anos, seria isto inédito? Ou seja, faz parte do envelhecer.

Assim sendo, o processo terapêutico é desafiante, tanto para o paciente, quanto para o terapeuta. É uma viagem que requer de ambos um mergulho no interior.

Neste percurso, muitas dores surgem algumas tocam de perto as experiências do terapeuta que precisará ter o distanciamento necessário para que não haja interferência no processo de descoberta, redescobertas e  resignificações. Desta forma, entre os diversos desafios, encontra-se ultrapassar as influências do ambiente interpessoal que cerca todo  indivíduo, incluindo o do próprio terapeuta, que molda o seu padrão de  comportamento, sua estrutura,    e que pode lhe trazer conflitos.

Portanto , é necessário entrar no mundo da paciente, escutá-lo,  entendê-lo como único  e seguir junto na transposição dos obstáculos para sua individuação  e crescimento pessoal.

Norma Emiliano

Comments

  • chica
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    O papel do médico ,assim como o do terapeuta é importante e requer muita sensibilidade. Uma palavra mal colocada, uma torcidinha de lábios, um gesto pelo paciente avistados neles, pronto! Lá se foi tudo por água abaixo,rs beijos,linda semana, tudo de bom,chica

  • Toninho
    Responder

    Oi Norma, lendo suas reflexões, lembro de ter lido sobre uma relação que muitas vezes acontece entre um sequestrador e a vitima.
    É interessante esta coisa e de como se deve proceder, para evita-la nos devidos interesses, é claro. Explica-se no caso da vitima cria-se uma aproximação e que muitas vezes leva ao relaxamento do tratamento hostil e que pode ser favorável a um final menos traumático. Já na área medica isto se torna uma faca de dois gumes como você bem coloca aqui, em não se envolver e ou se absorver, para um tratamento de sucesso, principalmente quem trata das coisas da psique.
    Uma bela postagem Norma desta nobre arte.
    Uma linda semana a você com meu carinhoso abraço.
    Beijo

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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