Sexualidade infantil

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Imagem google

A sexualidade é um tema cercado de preconceitos.


Vivemos numa época de muitas informações, a sexualidade está cada vez mais presente nos meios de comunicação, principalmente na televisão, gerando curiosidade da criança em relação à sexualidade.

Paradoxalmente os pais se percebem inseguros na forma de lidar com as primeiras manifestações da sexualidade da criança. Tais manifestações geram angústia e ansiedade nos pais ao se perguntarem o que fazer, como fazer?

Muitos buscam uma receita, respostas, na tentativa de baixar a ansiedade diante deste momento, outros, inconscientemente, alienam-se para não ter que enfrentar o assunto. Alguns se dispõem a pensar sobre o assunto, repensar valores e refletir sobre os seus objetivos enquanto educadores. Contudo, a grande dificuldade está nos conflitos destes pais com sua própria sexualidade.

Como foram introduzidos na sexualidade? Como tiveram seus questionamentos atendidos?  Suas atitudes foram acolhidas ou rejeitadas pelos pais? Como se percebem como seres sexuados? Essas e muitas outras questões permeiam os pensamentos paternos no momento de lidar com seus filhos.

Neste sentido, o primeiro passo de uma boa educação sexual consiste na plena aceitação da condição sexual da criança.

A forma como o bebê é cuidado, o banho, a amamentação, a troca de carinho e de olhar estabelecem as primeiras sensações que servirão de base para edificar os vínculos amorosos e o despertar do desejo de aprendizado.

A descoberta do próprio corpo pelos órgãos dos sentidos ocorre durante o primeiro ano de vida. A criança olhando e brincando com as próprias mãos. As brincadeiras, os jogos sexuais e curiosidades são indispensáveis à formação do eu sexual.

No decorrer do segundo ano, as crianças se interessam em descobrir por onde saem as fezes e o xixi e assim descobrindo   as sensações agradáveis do toque nos órgãos genitais.

Na fase dos quatro anos, surgem as brincadeiras onde as crianças podem ter um contato mais direto com a diferença dos sexos, como por exemplo, brincadeiras de casinha, de médico, etc. Neste tipo de brincadeira estão satisfazendo uma curiosidade infantil e não há erotização nesse contato. Assim sendo, os pais não devem repreender, mas desviar a curiosidade da criança para outros estímulos.

Com seis anos, as crianças passam a buscar as razões, os porquês por trás de um problema ou de um fato.  Nesse momento, a curiosidade de saber como elas vieram ao mundo e a diferença entre meninos e meninas começam a ser despertadas. As perguntas surgem e a melhor maneira do adulto receber e responder a esses questionamentos é com clareza e simplicidade.

A conversa aberta, espontânea e verdadeira dos pais com os filhos e suas explicações sobre sexo contribuem para a intimidade, confiança, afetividade e criará um ambiente mais seguro para  a criança.

Norma Emiliano

Comments

  • josé cláudio – Cacá
    Responder

    Perfeito, Norma! E acho que atualmente essas medidas por parte dos pais estão merecendo uma atenção ainda maior, em função do tanto de informações a que as crianças são sumetidas (mesmo sem querer), ao apelo à sensualidade precoce e outras manifestações sociais que estimulam a curiosidade ativa desta primeira infância. Meu abraço e uma ótima semana.

  • Manuel Marques
    Responder

    Estou de volta,senti saudades.

    Beijo.

  • Valéria
    Responder

    Oi Norma!
    Embora seja uma discussão bem pertinente para os dias de hoje nem todos estão atentos a isto. Ainda existe muito tabu a ser derrubado tanto por pais como educadores.
    Excelente ponto de vista, um bom alerta, pena que poucos tem acesso a informações assim.

    Beijos e ótima semana!

  • Lizete Ferraz
    Responder

    Excelente orientação aos pais, Norma! a solução é realmente tratar com muita naturalidade e sinceridade o assunto. Desde pequenos eu comprava livros para os meus filhos de orientação sexual para crianças e já ia falando com eles. Assim, cresceram achando o sexo muito normal, natural e saudável. Mesmo vendo na tv não achavam nada demais, porque cresceram vendo e conversando sobre isso.
    Parabéns, mais uma vez pelo post!
    Beijos

  • Toninhobira
    Responder

    Norma que excelente postagem. Este tema é e creio que, ainda vai ser uma tortura nas cabeças dos pais.Pode parecer facil, mas ainda faz seus estragos, principalmente onde a instrução se faz ausente. Não sei como as escolas estão processando esta educação, mas o video é uma aula perfeita, para numa sala criar uma reflexão. Na minha infancia esta quetão era como tabu, jamais meus pais falariam sobre. E tudo se processava na curiosidade natural de cada um,com erros e mais tabus.
    Adorei o video e estarei repassando para familiares e amigos.
    Voce é meso fantastica com suas postagens, é gratificante estar aqui.
    Obrigado minha amiga.
    Meu terno abraço e boa semana com suas belas ideias generosas.
    Bju.

  • Roselia Bezerra
    Responder

    Querida
    Vc me fez lembrar o que me disse ontem à noite o meu netinho:
    Vovó, o beijo da Gabi é ruim…
    Aí eu lhe disse: Por qeu, amor???
    Porque quando ela me beija todo mundo ri (os coleguinhas)…
    Legal a inocência…
    Bjs de paz

  • Nina
    Responder

    É verdade Norma, a gente fica perdidinha qt a sexualidade dos pequenos. E ela comeca mesmo bem cedo. Meu bebê, com 1 ano, descobriu há pouco que tem algo ali embaixo, e ele só na troca da fralda tem essa oportunidade. O pai no dia que viu, deu um berro, preocupado que ele fosse se machucar. Eu pedi a ele que nunca mais fizesse isso, assustaria o pequeno e o faria talvez, ter algum trauma, nao?
    Sei lá, deixa o pequeno se descobrir, já chega de gente cheia de grilho com sexo!

    Bjs

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