“Amante a domicílio”

 

a2656c53c75e824e5cbea1edf9230639Imagem NET

Sinopse:

“Murray (Woody Allen) é um senhor de idade que, durante uma conversa sobre sexo, diz que conhece um gigolô. Ao saber o quanto poderia ganhar como cafetão, ele tenta convencer seu amigo, Fioravante (John Turturro), a entrar para o ramo. Só que ele é um pacato jardineiro e não quer se envolver em algo do tipo. Após muita insistência de Murray, Fioravanti topa fazer um programa com a doutora Parker (Sharon Stone), que está bastante insegura por ser a primeira vez que trai o marido. O sucesso do encontro faz com que a fama de Fioravanti corra entre as amigas da doutora, assim como ele mesmo passa a notar melhor as qualidades da nova profissão.” Fonte

Este filme me despertou algumas reflexões. O filme retrata o lado da mulher que anseia paixão e sedução,  mostra a solidão e desejo de afeto. Na atualidade, é frequente a queixa da dificuldade de se manter relacionamentos estáveis. Homens e mulheres trocam  constantemente de parceiros;  alguns  por não conseguirem estabelecer vínculos, outros pelo desejo de novidades constantes.  Contudo, a solidão ronda e  uma das saídas tem sido  lançar mão de prestadores de serviço, seja para serem acompanhantes (de passeios, bailes, viagens, etc.), seja para serem amantes.

Os filmes e novelas têm banalizado  este comportamento.

 Segundo Russo (2007),  o labirinto da prostituição: o dinheiro e seus aspectos simbólicos.

  (…) não há como restringir a
prostituição à relação de troca econômica,
pois esta troca é perpassada não só pelos
valores econômicos, mas também pela afetividade,
pelo encontro de duas pessoas e pelo rompimento
da solidão corporal delas.

No labirinto da prostituição: o dinheiro e seus aspectos simbólicos.

Portanto, a  pergunta que surge: como ficam os afetos de quem contrata e do contratado nesses inusitados encontros ? 

Norma Emiliano

Comments

  • chica
    Responder

    Acho que quem precisa relacionamentos assim é um pobre coitado!! Não gosto desses filmes, me irritam,sr bjs, lindo dia!chica

  • BethQ.Lilás
    Responder

    Olha, o que eu acho está escrito numa palavrinha que está no meio de seu texto – Solidão – é ela que acompanha estas pessoas sempre, pois podem se relacionar daqui e dali, em motéis, nas casas de um ou de outro, mas na verdade, estão sempre sós, acabam sós e a solidão é o que resta a eles.
    Tenho visto pessoas com companhia, mas no fundo, extremamente sós.
    beijos cariocas

  • Toninho
    Responder

    Uma situação que se arrasta na historia dos relacionamentos, a falta de criatividade que deixa os casais em distanciamentos e vulneraveis a estas modalidades de relação para suprir uma falta, para encobrir uma solidão.
    Sabe Norma nos anos 80 quando morei em Belo Horizonte fazendo universidade, li uma reportagem do jornal local, sobre mulheres que buscavam entre jovens companhia apenas para namorar, como fuga para os desejos que nao se alimentavam na relação. Segundo a reportagem era mulheres de todas as classes e todas diziam que seus parceiros jã nao demonstravam nenhum tipo de carinho e com estes amantes elas sentiam o tempo de namoro.
    Enfim a vida a dois com toda sua complexidade é preciso ser reinventada todos os dias.
    Ai os afetos “comprados” podem na realidade tornarem-se prazerosos para as duas partes inclusive evoluirem.
    Um filme do cotidiano e interessante.
    Um abração.
    Beijo.

Grata por sua visita sempre bem-vinda.

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